Edição 181 Fevereiro/2015

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Renda Fixa e Variável

Na Renda Fixa, a tendência é de aumento nos investimentos, tanto no Plano 1 quanto no PREVI Futuro. Em relação à Renda Variável, deve haver uma redução na alocação de recursos

Com os parâmetros das Políticas ajustados, é hora de rever as posições em ambos os planos. Na Renda Fixa, a tendência é de aumento nos investimentos, tanto no Plano 1 quanto no PREVI Futuro. “Os juros dos títulos públicos estão em um patamar alto, mas não ficarão assim para sempre”, diz o diretor de Planejamento, Décio Bottechia Júnior. Márcio Hamilton, diretor de Investimentos, acredita que “há uma boa janela de oportunidade para a compra de títulos de longo prazo com boa rentabilidade e baixo nível de risco”.

Como geralmente os investimentos de Renda Variável (ações) têm uma relação inversamente proporcional com a Renda Fixa, deve haver uma redução na alocação de recursos no mercado acionário, em uma migração natural para Renda Fixa para dar suporte ao pagamento de benefícios. O ritmo dessa redução será diferenciado, no entanto. Para Marco Geovanne, “em 2015, haverá muito pouca diferença em termos de alocação nas classes de ativos. Em um horizonte de sete anos, como o das Políticas de Investimentos, é possível estimar uma redução de 10% dos recursos aplicados em Renda Variável e o consequente aumento de ativos de Renda Fixa na carteira”, a depender de conjuntura e oportunidades.

“No PREVI Futuro, o investimento em Renda Variável é mais tático e deve considerar as janelas de oportunidade na Renda Fixa”, diz Décio. Já no Plano 1, essa redução é mais estratégica. Como a Renda Variável é um investimento de maior risco, deve perder peso no portfólio do Plano nos próximos anos. No entanto, a segurança não é o único fator nessa tomada de decisão. A liquidez também conta muito. Quando se tem um grande volume de benefícios para pagar, é preciso contar com ativos que podem ser facilmente convertidos em caixa.

Cabe mencionar que o Plano 1 também conta com um mecanismo de proteção ao risco de liquidez, que é o Caixa Mínimo. Esse aparato significa um colchão monetário capaz de fazer frente aos pagamentos de benefícios mesmo em condições adversas do mercado financeiro.

O investimento em Renda Fixa também traz para o Plano 1 estabilidade e melhor ‘casamento’ com a reserva matemática. Como isso funciona? A reserva matemática ‘cresce’ em função da inflação e de uma taxa atuarial que hoje se encontra em 5% ao ano. Por outro lado, a Renda Fixa é indexada à inflação acrescida de uma taxa (cupom) que tem remunerado mais do que 5% ao ano atualmente. Esta é a mencionada janela de oportunidade na Renda Fixa. Portanto, investir em Renda Fixa é exatamente aplicar nas mesmas taxas (ou até mais altas) que são utilizadas para atualizar a reserva matemática. Isso estabiliza a diferença entre ativo e passivo e, por isso, recebe o nome técnico de ‘casamento’.

Como grande parte do portfólio de ações do Plano está investida em blocos societários ou de controle de grandes empresas, será preciso vender gradualmente essas participações para cumprir os compromissos com os participantes.

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