Edição 181 Fevereiro/2015

Bem-estar

Prevenção para o ano todo

Quanto mais cedo o câncer de mama é identificado, maiores são as chances de cura

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Para reforçar a importância do diagnóstico precoce, algumas cidades iluminaram seus principais edifícios e monumentos históricos com luzes cor-de-rosa e azul. No Brasil, o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e a Catedral de Brasília, entre outros, receberam a iluminação, assim como o Palácio de Buckingham, em Londres, e a Torre de Tóquio, na capital japonesa.

“É verdade que devemos fazer a prevenção todos os meses. Mas esta campanha em outubro é essencial. Colorir o Brasil para lembrar a importância do exame preventivo e detecção precoce do câncer de mama é muito relevante e deve ter o apoio masculino”, destacou a secretária executiva do Ministério da Saúde, Ana Paula Menezes.

Quanto mais cedo o câncer de mama é identificado, maiores são as chances de cura. Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta faixa etária a incidência cresce rápida e progressivamente. Estatísticas indicam aumento de casos do câncer de mama tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento. Segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. Se diagnosticado e tratado oportunamente, o prognóstico é relativamente bom.

De acordo com o último levantamento de óbitos realizados no Brasil, 13.225 mulheres morreram em 2011 em decorrência de tumores nas mamas. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%.

“Apesar de ser um câncer de bom prognóstico, as taxas de mortalidade no país continuam elevadas, provavelmente porque a doença ainda está sendo diagnosticada em estágios avançados”, alerta Celso Rotstein, oncologista clínico e consultor da Fundação do Câncer.

Segundo o especialista, campanhas como Outubro Rosa são muito importantes, pois ajudam a disseminar informações sobre a doença e sua prevenção de modo adequado. “A prevenção diz respeito, sobretudo, aos hábitos de vida, além da identificação de grupos familiares mais predispostos por alterações genéticas. A questão do diagnóstico precoce é extremamente importante, pois visa descobrir a doença em fases iniciais, favorecendo a cura. Aí está o maior impacto de campanhas como esta.”

Oncologista clínico da Área de Epidemiologia, Prevenção e Vigilância do Inca, Ronaldo Correa lembra que o Outubro Rosa teve início no Brasil na década de 1990 e se intensificou nos últimos dez anos. O instituto participa ativamente com ações de comunicação, informação e educação em saúde. “Produzimos conteúdo e divulgamos informações no hotsite da entidade, distribuímos cartilhas, panfletos e cartazes; realizamos exposição itinerante e evento técnico-científico para profissionais de saúde e para a população em geral”, explicou o médico, lembrando que as ações de informação e de prevenção acontecem também nos outros meses do ano.

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