Edição 181 Fevereiro/2015

Bem-estar

Diagnóstico precoce do câncer de mama

Como o surgimento do tumor é assintomático em grande parte dos casos, o Ministério da Saúde aconselha que todas as mulheres com idade entre 50 e 69 anos façam a mamografia a cada dois anos

Os números sobre a doença no Brasil indicam o quão importante e necessária é a prevenção. “O material que o Inca distribui ao longo do ano serve para tirar dúvidas, informar e derrubar mitos sobre a doença. Com a detecção precoce, as chances de cura para a doença aumentam muito, e todas as mulheres precisam se conscientizar sobre a importância dos exames preventivos”, completa Ronaldo Correa. Como o surgimento do tumor é assintomático em grande parte dos casos, o Ministério da Saúde aconselha que todas as mulheres com idade entre 50 e 69 anos façam a mamografia a cada dois anos. “Mulheres com história de câncer em parentes de primeiro grau – o considerado grupo de risco – devem começar a fazer esses exames a partir dos 35 anos de idade”, alerta o oncologista clínico e consultor da Fundação do Câncer.

Ronaldo lembra que existem fatores de risco evitáveis e não evitáveis e, para tentar minimizar as probabilidades da doença, podemos adotar hábitos de vida saudáveis, como alimentação balanceada e a prática de atividade física regular. “Evitar o excesso de peso por meio de uma dieta balanceada e a prática regular de exercícios físicos é uma recomendação básica. O excesso de peso aumenta o risco de desenvolvimento do câncer de mama e pode dificultar seu diagnóstico. Outro fator de risco é a ingestão frequente de bebida alcóolica em qualquer quantidade, bem como o sedentarismo e a exposição às terapias de reposição hormonal e radiações ionizantes (Raios-X)”, alerta.

O histórico familiar da doença em parentes de primeiro grau, antes dos 50 anos; menarca precoce (menstruação antes dos 12 anos); menopausa tardia (após os 55 anos); primeira gravidez após os 30 anos; nuliparidade (não ter gerado filhos) e terapia de reposição hormonal pós-menopausa, principalmente se durar mais de cinco anos, são outros fatores de risco importantes a serem considerados.

A hereditariedade é responsável por 10% do total de casos. Mulheres com história familiar de câncer de mama e ovário, especialmente se uma ou mais parentes de primeiro grau (mãe ou irmãs) foram acometidas antes dos 50 anos, apresentam maior risco de desenvolver a doença. Por isso, é recomendado que conversem com o seu médico para avaliação do risco e a conduta a ser seguida.

Celso Rotstein reitera as informações de Ronaldo e afirma que aproximadamente 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de comportamentos de vida saudáveis. “No entanto, é importante destacar que 90% dos tumores de mama são chamados de tumores esporádicos, isto é, ocorrem de modo aleatório, sem que saibamos ainda suas causas”, relata.

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