Edição 181 Fevereiro/2015

recursos do plano

A evolução de Sauípe

Resort ganha eficiência operacional e visibilidade no mercado e está pronto para alcançar novo patamar de rentabilidade para a PREVI

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O salto da Costa do Sauípe começou em 2009, quando a gestão dos hotéis foi delegada a uma única empresa, a Sauípe S.A. Isso unificou a gestão, antes dividida entre várias redes hoteleiras, e deu maior autonomia para administração do complexo, que deixou a carteira de imóveis da PREVI em 2013 e foi incorporada à carteira de participações: ou seja, passou a ser uma empresa da qual a PREVI é acionista. Após a capitalização dos ativos imobiliários na empresa Sauípe S.A., a PREVI tomou a decisão estratégica de não realizar novos aportes.

O efeito dessa decisão está nos números apresentados pela Sauípe. “Tivemos um aumento consistente na geração de resultados, que saiu de um resultado negativo de R$ 34 milhões em 2009 para uma situação de equilíbrio operacional em 2013”, comemora Guilherme Martini, diretor-presidente do complexo hoteleiro. Isso quer dizer que a nova empresa atravessou todo o ano de 2014 sem necessidade de aportes da PREVI. Para o diretor de Participações, Marco Geovanne, “já era tempo de Sauípe assumir o seu papel de destaque no setor de turismo e lazer. E, para isso, foi fundamental permitir que a companhia deixasse de ser apenas uma arrendatária dos imóveis de Sauípe e atuasse como uma empresa que possui ativos de qualidade e capacidade de buscar financiamento no mercado para focar na expansão do seu negócio”.

Sinergia

Martini explica que o novo modelo de administração tornou possível reduzir custos e criar um padrão de serviço único para os hotéis do resort. “Isso foi fundamental para recuperar a qualidade da operação, que é extremamente complexa. São cinco hotéis e cinco pousadas e uma equipe de 1.900 funcionários”, explica. “Ao mesmo tempo, nos reaproximamos dos canais de distribuição do setor turístico, fortalecendo o relacionamento com os operadores turísticos e as agências de viagem.”

Segundo Martini, a transformação apoiada em uma boa campanha de marketing é fundamental. “Por isso conseguimos recuperar nossa credibilidade. Nós efetivamente entregamos a qualidade de serviço que prometemos. Isso é fundamental”, diz.

O resultado dessa mudança pode ser visto na ocupação dos hotéis do resort. Em 2013, o complexo recebeu 200 mil hóspedes. “Saltamos de uma ocupação média de 33% em 2009 para 53% em 2013, acima da média do segmento de resorts no Brasil, que é de 51%”, explica Martini. O fechamento de 2014 foi ainda melhor: 56% de ocupação contra 52% da média projetada para o mercado nacional. O resultado é muito bom, especialmente em 2014, quando a Copa do Mundo dificultou a performance dos hotéis não localizados nas cidades onde os jogos eram realizados.

Nessa fase de recuperação, a nova empresa também encarou o problema da ocupação na baixa temporada. Para isso, a Costa do Sauípe passou a explorar o turismo de negócios, atraindo eventos corporativos e convenções para os hotéis do resort baiano. “Hoje, 25% do nosso faturamento vêm do mercado corporativo”, diz Martini.

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