A busca por liquidez orientou as decisões de 2013 para o Plano 1. Na estratégia aprovada, estavam previstos movimentos como a redução da renda variável, investimentos internacionais e ampliação da participação na área imobiliária. Por fatores de mercado e regulatórios, os cenários foram revisados, e alguns desses objetivos foram adiados. O ano registrou queda da Bolsa de Valores e alta da inflação e da taxa básica de juros (Selic). A redução da renda variável, que daria mais liquidez ao Plano 1, foi postergada por causa da performance negativa do mercado acionário. Como parte da gestão ativa dos investimentos exercida pela PREVI, esse cenário e seus potenciais impactos no longo prazo foram considerados e ajudaram a determinar as decisões de investimento.
Nesse cenário, o Plano 1 obteve rentabilidade total de 7,30%, com patrimônio de R$ 166,25 bilhões. O PREVI Futuro apresentou aumento no seu patrimônio e encerrou o ano com R$ 4,56 bilhões e rentabilidade de 3,66%.
Em 2013, com a resiliência da inflação em patamar próximo ao teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), o Comitê de Política Monetária (Copom) iniciou o ajuste na taxa de juros em patamar acima das expectativas de mercado. Do lado externo, destacou-se o início da recuperação da economia dos Estados Unidos antes do previsto, levando os analistas a considerar a antecipação na redução dos estímulos monetários naquele país, o que acarretou um aumento das taxas de juros dos títulos norte-americanos de longo prazo, influenciando também a elevação da curva de juros no Brasil.
Por conta desses fatores, o mercado de renda fixa sofreu fortes oscilações em 2013. O Plano 1 obteve uma rentabilidade de 8,07%, e o PREVI Futuro, de 5,52%. A Taxa Média Selic (TMS), um dos indicadores de mercado para o segmento, foi de 8,22%.
A estratégia de investimento em Renda Fixa da PREVI combina títulos marcados na “curva” e títulos marcados a mercado. Os títulos marcados a mercado são atualizados ao preço do dia e, portanto, são impactados pelas variações positivas ou negativas do mercado, enquanto nos títulos marcados na “curva”, também chamados de “mantidos até o vencimento”, o retorno corresponde a sua taxa de aquisição, que, em outras palavras, vem a ser a “curva” de remuneração do papel. Nesse caso, as oscilações de mercado não interferem na rentabilidade do papel, o que contribui para reduzir a volatilidade no resultado global da carteira de renda fixa.
No Plano 1, cerca de dois terços da carteira de renda fixa são compostos por títulos marcados na curva. No PREVI Futuro, dadas as características do plano de contribuição variável, com cotas individualizadas e com possibilidade de o participante definir o seu perfil de investimento, a carteira possui um percentual maior de títulos marcados a mercado, mas, ainda assim, considerando que o Plano ainda está em fase de acumulação, e, portanto, poucos participantes são elegíveis a requerer o benefício de aposentadoria, parte da carteira é de títulos marcados na curva. Essa gestão pode ser considerada mais conservadora, mas suaviza os efeitos das variações do mercado. Com essa estratégia, a PREVI busca resguardar o patrimônio dos seus associados.
Renda fixa | |
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Plano 1 | 8,07 |
PREVI Futuro | 5,52 |
Índice de referência* (INPC + 5,5%) | 11,37 |
Indicadores de mercado | |
TMS | 8,22 |
IMA-B | (10,02) |
IMA Geral | (1,42) |
* Índice de referência do segmento definido na Política de Investimentos dos Planos 1 e PREVI Futuro. |
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A estratégia de alocação significativa de recursos em ações tem se comprovado acertada. Nos últimos 10 anos, os investimentos em renda variável alcançaram rentabilidade acumulada de cerca de 414%, muito superior à do Índice Bovespa (cerca de 131%) e à meta atuarial do período (cerca de 200%).
Em 2013, a rentabilidade de renda variável do Plano 1 foi de 6,36%, enquanto o PREVI Futuro obteve rentabilidade de -2,85%. Em comparação com os índices Ibovespa, IBrX e IBrX-50, que apresentaram desvalorização de 15,5%, 3,13% e 4,41%, respectivamente, a performance da carteira de ambos os planos foi superior aos indicadores de mercado, resultado de uma gestão ativa dos investimentos da PREVI, com o acompanhamento dos cenários macroeconômicos de longo prazo, procurando antecipar tendências e minimizar os possíveis impactos negativos do mercado para os investimentos da Entidade.
Renda fixa | |
---|---|
Plano 1 | 6,36 |
PREVI Futuro | (2,85) |
Índice de referência * (IBrX) | (3,13) |
Indicadores de mercado | |
Ibovespa | (15,50) |
IBrX-50 | (4,41) |
* Índice de referência do segmento definido na Política de Investimentos dos Planos 1 e PREVI Futuro. |
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Em 2013, a PREVI realizou operações com derivativos de ações e de índices da Bovespa, em conformidade com o disposto nas políticas de investimentos dos Planos 1 e PREVI Futuro e na Resolução CMN 3.792, de 24 de setembro de 2009.
As políticas de investimentos do Plano 1 e do PREVI Futuro preveem a realização de operações com derivativos por meio de contratos futuros de Ibovespa e de opções sobre ações e índices da Bovespa, com o objetivo de proteger posições e, no caso do Plano 1, também para antecipar decisões alocativas. Além disso, estabelecem o limite para as operações de até 10% do total financeiro do segmento de renda variável do Plano 1 e de até 30% do PREVI Futuro.
Os ativos do segmento imobiliário somaram R$ 9,14 bilhões em 2013, ante R$ 8,32 bilhões contabilizados no ano anterior, consolidando-se como a maior carteira de ativos imobiliários do setor de previdência complementar brasileiro. Esse crescimento se deve à valorização do estoque. Dos imóveis que compõem a carteira da PREVI, 32 foram reavaliados em 2013, com base em laudos de empresas especializadas, o que gerou variação patrimonial positiva na carteira de R$ 827 milhões.
Em termos de crescimento de carteira, houve acréscimo de 5,75%, menor do que em 2012, que foi de 26,27%. Por causa das oscilações do mercado no ano, a PREVI foi cautelosa na realização dos investimentos previstos para o setor. Para os próximos anos, a Entidade investirá em projetos de grande porte. A PREVI estabeleceu, em 2009, uma Política de Desinvestimentos, para tornar mais estratégica a sua participação no segmento imobiliário e aperfeiçoar sua atuação no setor. Com efeito, a Instituição pôs à venda imóveis de sua carteira com valor abaixo de R$ 50 milhões.
Quando foi estabelecida a política, 26 imóveis foram incluídos na carteira de desinvestimentos. Os investimentos em empreendimentos imobiliários têm apresentado grande valorização e constituem, hoje, uma das melhores rentabilidades da carteira de investimentos da PREVI.
Segmento | Plano 1 | PREVI Futuro | Índice de referência* (INPC + 10% a.a.) |
Investimentos imobiliários | 17,51 | 12,49 | 16,12 |
* Índice de referência do segmento definido na Política de Investimentos dos Planos 1 e PREVI Futuro. |
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Em 2013, os investimentos estruturados tiveram rentabilidade expressiva: de 30,91%, no PREVI Futuro, e de 20,60%, no Plano 1. Os investimentos estruturados são formados, basicamente, por fundos de private equity, que investem em empresas emergentes com potencial de crescimento e valorização. No Plano 1, o segmento representa 0,56% do total de investimentos e, no PREVI Futuro, 1,56%. Os investimentos estruturados devem continuar crescendo nos portfólios do Plano 1 e do PREVI Futuro, tendo em vista os retornos recentes desse segmento e a contínua busca pela maior diversificação possível na alocação dos recursos dos planos.
Segmento | Plano 1 | PREVI Futuro | Índice de referência* (IPCA + 8,5% a.a.) |
Investimentos estruturados | 20,60 | 30,91 | 14,82 |
* Índice de referência do segmento definido na Política de Investimentos dos Planos 1 e PREVI Futuro. |
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O mercado de renda fixa sofreu fortes oscilações em 2013. A gestão dos ativos da PREVI no setor foi feita de modo a suavizar os efeitos das variações e resguardar o patrimônio do associado