Edição 174 Outubro/2013

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Inovar para competir

14º Encontro PREVI de Governança discute inovação, fundamental para a longevidade das empresas participadas

Foto de abertura - 174 - CAPA -encontro de governan_a.jpg“Inovação e competitividade são características fundamentais em empresas que buscam evoluir e se manter em destaque no mercado.” A afirmação foi feita pelo economista Maxwell Wessel, vice-presidente de Inovação da SAP North America – empresa de softwares referência mundial em inovação –, durante a 14ª edição do Encontro PREVI de Governança Corporativa, realizado nos dias 26 e 27 de agosto, no Rio de Janeiro. A frase marcou o tom do evento, que contou com a participação de mais de 400 pessoas entre analistas de mercado, conselheiros, executivos de empresas participadas e funcionários da PREVI.

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O tema do encontro, Inovação e Competitividade, não foi escolhido por acaso. “É a inovação que vai fazer a diferença na longevidade das empresas”, afirmou o presidente da PREVI, Dan Conrado, na abertura do evento. “Existem transformações acontecendo ao redor do mundo que podem mudar a geopolítica mundial, e as empresas precisam se reinventar e se preparar para se situarem no cenário nacional de forma competitiva. Temos cerca de 200 mil famílias que dependem de nós e precisamos pensar de que forma rentabilizar nossos investimentos no longo prazo, a fim de cumprir nosso compromisso de pagar benefícios a essas pessoas.”

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Para quem ainda duvida desse dinamismo, Wessel lembrou que, em meados do século passado, o tempo médio de permanência de uma empresa no S&P 500 (que reúne as 500 maiores empresas listadas no Índice Standard & Poor’s da Bolsa de Nova York) era de 60 anos. “Hoje, é de apenas 20 anos”, alertou. Segundo o economista, essa mudança de paradigma tem a ver com a velocidade de informação, e os conselheiros das empresas devem estar preparados. “A primeira coisa a fazer é admitir que toda indústria se apaga”, disse. “Então, é preciso ao mesmo tempo administrar o negócio hoje e se posicionar para aquilo que a companhia ainda não está preparada para fazer. Tentar antecipar a geografia do negócio, a tecnologia que vai revolucionar todo o setor no futuro.”

Em resumo: inovar. É o que a PREVI tenta estimular em suas empresas participadas por meio dos conselheiros que indica. “A inovação é um tema prioritário porque vai permitir que as companhias se adaptem aos novos tempos”, afirmou Marco Geovanne, diretor de Participações da PREVI. Ele lembrou que longevidade é a raiz da Entidade. “E a responsabilidade não é apenas dos executivos, mas também nossa, dos administradores das empresas.”

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O papel dos conselheiros

O presidente do Conselho Deliberativo da PREVI, Robson Rocha, por sua vez, observou que o principal objetivo do Encontro é fortalecer a coesão dos “atores” responsáveis pela gestão dos ativos, promovendo a interação entre os membros de Conselhos de Administração e Fiscal das empresas – eleitos com apoio institucional da PREVI. “É importante que as empresas tenham em sua essência a inovação e a competitividade. Esses são fatores decisivos no processo de escolha para investimento”, afirmou.

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Segundo Sergio Nazaré, membro do Conselho de Administração da Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina), esse objetivo foi alcançado. “A troca de experiências foi muito rica”. Nazaré defende que os conselheiros de administração se envolvam mais na elaboração de estratégias, se quiserem estimular inovação nas empresas. “Não podemos limitar nossa atuação apenas ao operacional e a processos”, afirmou.

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Para Paulo Penido Marques, presidente do Conselho de Administração da Usiminas, esse novo cenário exige uma postura cada vez mais ativa dos conselheiros. “Há 20 anos, os conselhos existiam apenas para aprovar os atos dos executivos, mas hoje é preciso que eles desafiem, no sentido positivo, o corpo técnico das empresas”, afirmou.

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Essa tarefa, no entanto, depende de um conhecimento profundo da cultura empresarial, ressaltou Fabiano Félix, presidente do Conselho Fiscal da PREVI. Ele destacou que os conselheiros devem ter uma visão ampla das empresas e do setor em que atuam e conhecer profundamente a cultura dessas companhias. “Só assim poderão suscitar nos conselhos o espírito inovador.”

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