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O ano de 2009 representou um momento muito especial para a PREVI. Depois do abalo provocado pela crise mundial de 2008, havia dúvidas naturais sobre o ritmo de recuperação da economia e, consequentemente, sobre o desempenho dos investimentos da PREVI.
No entanto, se o começo do ano exigiu cautela e planejamento para uma eventual recessão prolongada, já a partir de meados do ano os sinais positivos começaram a se consolidar, especialmente no que diz respeito à economia brasileira. A partir daí todos os dados começaram a surpreender: o mercado interno sustentou o consumo que, por sua vez, provocou a retomada do emprego e dos investimentos.
Vale a pena citar o papel dos bancos públicos, com destaque para o Banco do Brasil, que cumpriram à risca as orientações do governo e sustentaram a oferta de crédito nos momentos mais críticos, funcionando como alavanca para a recuperação.
No ambiente de negócios, três fatores se destacaram.
O primeiro foi a estabilidade da inflação e a manutenção da taxa de juros mais baixa da nossa história recente. Este elemento, se por um lado segurou a rentabilidade da renda fixa em níveis historicamente baixos, por outro, foi fundamental para a retomada do crédito e dos investimentos.
O segundo fator foi a recuperação da Bolsa de Valores. Poucos analistas (para não dizer nenhum) previram que o índice Bovespa sairia dos 30 mil pontos para a casa dos 68 mil em apenas 12 meses. O desempenho foi uma recompensa para as empresas que estavam em boas condições para enfrentar a crise, e um sinal muito forte de confiança dos investidores, especialmente os estrangeiros, no futuro da economia local.
O terceiro fator foi a crescente atratividade do mercado imobiliário. Com taxas de juros mais baixas (que facilitam os financiamentos de longo prazo e alteram o valor percebido dos aluguéis), os imóveis se valorizaram. Além disso, a perspectiva de um futuro de crescimento sustentado anima os investidores, que percebem a demanda crescente por novas habitações, escritórios e lojas.
A combinação desses fatores trouxe alívio para todos. E a estratégia de alocação de longo prazo adotada pela PREVI mais uma vez foi recompensada, com rentabilidade média bem superior à nossa meta atuarial. Para o Plano 1, isto representou a recuperação substancial do superávit. Para o Plano PREVI Futuro, representa a valorização da poupança acumulada em níveis superiores ao esperado, projetando no longo prazo aposentadorias melhores.
Por essas e outras razões que serão apresentadas neste Relatório Anual, a Diretoria sente-se recompensada pelos resultados de 2010. Esta é nossa maior responsabilidade: entregar bons resultados.
A Diretoria
