O presente Parecer Atuarial tem por objetivo informar sobre a qualidade da base de dados, situação financeiro-atuarial, rentabilidade alcançada, metodologia de cálculo e premissas atuariais, estado de equilíbrio, ganhos e perdas atuariais, plano de custeio e fundo administrativo dos Planos de Benefícios administrados pela PREVI - Caixa de Previdência dos Funcionários do
Banco
do Brasil.
Atende à Resolução CGPC 05 de 30 de janeiro de 2002, Anexo E - Normas e Procedimentos Contábeis, item 19 "e". Atende, ainda, ao que dispõe a IN SPC 07 de 10 de agosto de 2005, artigo 4º do parágrafo único e artigo 6º.
A PREVI administra três Planos de Benefícios, todos registrados no órgão regulador e fiscalizador por meio de reconhecimento no CNPB - Cadastro Nacional de Planos de Benefícios,
a saber:
Tabela A
1.4 -
O Plano de Benefícios 1 entrou em extinção em 24 de dezembro de 1997. O Plano de Benefícios PREVI Futuro e a Carteira de Pecúlios encontram-se em curso de novas adesões.
A PREVI possui cadastro próprio de participantes (ativos, assistidos aposentados e assistidos pensionistas) integrado aos demais sistemas de informações.
Os patrocinadores fornecem insumos regulares para manutenção dos cadastros financeiro e social dos participantes. Os dados são criteriosamente tratados e submetidos a filtros de consistência e confiabilidade.
Plano de Benefícios 1: as estatísticas relativas à avaliação atuarial do Plano apresentaram os seguintes números:
Tabela B
2.4 -
Plano de Benefícios PREVI Futuro: as estatísticas relativas à avaliação atuarial
do Plano apresentaram os seguintes números:
Tabela C
* Não foram avaliados 445 participantes ativos recém admitidos no Plano, sem base salarial.
2.5 -
Carteira de Pecúlios - Capec: a base de
dados para cálculo dos prêmios da Capec é
consistente, composta por 153.196 participantes
distribuídos pelos pecúlios garantidos (veja Tabela J).
Foram rejeitadas 54 matrículas na avaliação:
Tabela D
Plano de Benefícios 1- Plano por Benefício definido avaliado sob o regime de capitalização para todos os benefícios regulamentares. Em acordo com o item 5.1 do Anexo da Resolução CGPC 18 de 28/03/2006, o regime financeiro é de capitalização e o método atuarial empregado é o agregado.
As Premissas atuariais adotadas foram as seguintes:
Tabela E
Plano de Benefícios PREVI Futuro - por conseqüência da Resolução CGPC 16, de 22/11/2005, e da Instrução Normativa SPC 9, de 17/01/2006, o Plano está definido como de Contribuição Variável. Todos os benefícios são avaliados sob o regime de capitalização, sendo para a Parte I (relativa aos benefícios de risco) utilizado o método atuarial agregado e para a Parte II (relativa aos benefícios programados) utilizada a acumulação financeira em contas individuais.
As Premissas atuariais adotadas foram as seguintes:
Tabela F
Carteira de Pecúlios - Capec - calculada sob o método usual para seguros de vida temporário (um ano) renovável anualmente com revisão de custeio. Os planos são administrados atuarialmente sob regime de repartição simples sem contribuições patronais.
As premissas atuariais para cálculo dos compromissos relativos à Carteira de Pecúlios foram as seguintes:
Tabela G
Plano de Benefícios 1 - a avaliação atuarial dos compromissos assumidos pelo Plano em 31/12/2006 e o Ativo Líquido do Plano, apresentaram os seguintes resultados:
Tabela H - Valores em Reais
Os resultados apurados para as Provisões Matemáticas e a evolução esperada para os compromissos assumidos pelo Plano para com seus participantes demonstraram que as premissas atuariais foram definidas de forma adequada no período sob análise.
Em decorrência do desempenho dos ativos de investimentos e a normal evolução do passivo previdencial, verificou-se um superávit técnico acumulado de R$ 34.806.386.436,84 (trinta e quatro bilhões, oitocentos e seis milhões, trezentos e oitenta e seis mil, quatrocentos e trinta e seis reais e oitenta e quatro centavos).
Ilustramos a seguir a evolução das Provisões Matemáticas e do Ativo Líquido do Plano de Benefícios 1 nos últimos três exercícios:
Plano de Benefícios PREVI Futuro - a avaliação atuarial dos compromissos previdenciais assumidos pelo Plano em 31/12/2006, bem como os recursos garantidores, apresentaram os seguintes resultados:
Tabela I - Valores em Reais
Os resultados apurados para as Provisões Matemáticas e a evolução esperada para os compromissos assumidos pelo Plano para com seus participantes demonstram que as premissas atuariais foram definidas de forma adequada no período sob análise.
A elevação dos compromissos relativos aos Benefícios a Conceder, particularmente na Parte II (benefícios programados) em relação ao exercício anterior, deveu-se às adesões ocorridas neste exercício.
Recomendamos a utilização dos valores alocados nos fundos de Gestão de Risco e de Cobertura de Oscilação de Risco para realização de ajustes operacionais no Plano, como manifestado no item 10.2.2 deste Parecer Atuarial.
Ilustramos a seguir a evolução das Provisões Matemáticas e do Ativo Líquido do Plano nos últimos três exercícios:
Carteira de Pecúlios - Capec - a avaliação dos compromissos previdenciais assumidos pela Carteira para viger a partir do exercício de 2006 apresentou os seguintes resultados:
Tabela J - Valores em Reais
O fluxo de contribuições, sinistros pagos e ganhos com investimentos relativos à Carteira apresentaram os seguintes resultados:
Tabela K - Valores em Reais
A Capec apresentou no exercício superávit técnico de R$ 21.192.345,23 (vinte e um milhões, cento e noventa e dois mil, trezentos e quarenta e cinco reais e vinte e três centavos). Quando confrontados os valores de Receitas de Contribuição com Despesas com Pecúlios, o resultado se reduz a R$ 2.182.760,49 (dois milhões, cento e oitenta e dois mil, setecentos e sessenta reais e quarenta e nove centavos),indicando a possibilidade de revisão redutora do Plano de Custeio.
Registramos o valor de R$ 17.552.868,51 (dezessete milhões, quinhentos e cinqüenta e dois mil, oitocentos e sessenta e oito reais e cinqüenta e um centavos) relativo à provisão para sinistros avisados e não pagos pela Carteira correspondente a 319 processos em curso
de liquidação.
O Fundo Capec acumulou, em 31/12/2006, a importância de R$ 134.083.367,03 (cento e trinta e quatro milhões, oitenta e três mil, trezentos e sessenta e sete reais e três centavos), já considerado (exclusive) o resultado do exercício e a provisão para sinistros avisados e não pagos, como exposto nos itens anteriores.
Ilustramos a seguir a evolução das Receitas e despesas com Pecúlios e o valor do Fundo Capec nos últimos três exercícios:
Plano de Benefícios 1 - a rentabilidade do Plano, considerando as receitas de contribuição, pagamentos de benefícios previdenciais e os ganhos de capital, alcançou em 31/12/2006 o percentual de 35,01% (2,53% ao mês), com a seguinte disposição:
Tabela L - Valores em Reais
A receita financeira líquida, ao longo do exercício, no valor de R$ 26.836.649.002,39 (vinte e seis bilhões, oitocentos e trinta e seis milhões, seiscentos e quarenta e nove mil, dois reais e trinta e nove centavos), teve o desempenho mostrado no gráfico a seguir:
A Meta Atuarial do Plano no exercício teve o resultado mostrado a seguir:
Tabela M
Plano de Benefícios PREVI Futuro - a rentabilidade do Plano, considerando as receitas de contribuição, pagamentos de benefícios previdenciais e os ganhos de capital, alcançou em 31/12/2006 o percentual de 17,93% (1,38% ao mês), com a seguinte composição:
Tabela N - Valores em Reais
A rentabilidade calculada inclui o excedente oriundo da parte não apropriada pelas cotas e registradas em fundos. A receita financeira líquida (receitas de contribuição, despesas com benefícios e ganhos de capital) obtida ao longo do exercício, no valor de R$ 35.478.493,90 (trinta e cinco milhões, quatrocentos e setenta e oito mil, quatrocentos e noventa e três reais e noventa centavos), teve o desempenho mostrado no gráfico a seguir:
Carteira de Pecúlios - Capec - a rentabilidade da Carteira, considerando o Fundo Capec,
os pagamentos com pecúlios, as receitas de contribuição e os ganhos de capital, alcançou, em 31/12/2006, o percentual de 15,08% (1,18% ao mês) com a seguinte disposição:
O Resultado líquido do exercício, no valor de R$ 21.192.345,23 (vinte e um milhões, cento e noventa e dois mil, trezentos e quarenta e cinco reais e vinte e três centavos), teve o desempenho mostrado no gráfico a seguir:
Plano de Benefícios 1 - os resultados apresentados pelo Plano quando do encerramento do exercício de 2006, corroborado pela regularidade positiva superavitária dos anos anteriores, indicam o reconhecimento do seu estado de equilíbrio atuarial, observado o que manifestamos no item 7.1.1, relativo ao Plano de Custeio.
Destaca-se no Plano como componente de expressiva volatilidade dos resultados a alocação dos ativos de investimentos no segmento de Renda Variável, que atingiu ao final do exercício 64,13% - RV/AI (1) - possibilitando o desenquadramento passivo em relação à Resolução CMN 3.121, de 25/09/2003, que fixou 50% (em relação ao conjunto dos investimentos) como limite para aplicação nesse segmento.
(1) RV/AI: razão entre Renda Variável e Ativo de Investimentos, ambos relativos ao Plano de Benefícios 1.
Ressalte-se, entretanto, a vigência do Plano de Enquadramento dos investimentos da PREVI relativo ao Plano de Benefícios 1, ainda em curso de execução.
Plano de Benefícios PREVI Futuro - o Plano apresentou resultados estáveis de evolução atuarial e financeiro, indicando o reconhecimento do seu estado de equilíbrio nas Partes I (risco) e II (programada).
Carteira de Pecúlios - a Carteira apresentou resultado superavitário no seu fluxo financeiro (receitas e despesas previdenciais). A alteração ocorrida no exercício passado, com a mudança da forma de cobrança de prêmios, fez retornar o equilíbrio técnico à Carteira.
Plano de Benefícios 1 - o Plano, pela sua natureza - Benefício Definido, em extinção e sob o método de financiamento agregado - deve, permanentemente, flexibilizar o custeio em direção ao equilíbrio atuarial.
Déficits e superávits no Plano exigem a revisão do Plano de Custeio (2) de modo a garantir de forma fluida os benefícios futuros e em manutenção e o estoque de capitais necessário à cobertura da Provisão Matemática.
(2) Segundo o método atuarial de financiamento, déficits e superávits devem ser compensados pela revisão do Plano de Custeio. Adicionalmente, para déficits - §3º do artigo. 18 da LC 109 - e para superávits - §§1º, 2º e 3º e caput do art. 20 da LC 109 - há previsão legal de procedimento.
Como abordado no item 6.1.1, a volatilidade dos resultados pode levar a administração atuarial a não optar pela igual volatilização do custeio, vis-à-vis as impróprias conseqüências relativas aos ganhos salariais líquidos dos participantes contribuintes, que tenderão a perder a uniformidade.
O resultado produzido pelo Plano no exercício - terceiro ano consecutivo de superávit técnico, com geração de Reserva Especial nos dois últimos exercícios -, deve requerer a opção pela revisão da forma de custeio.
Considerando o que apresentamos, recomendamos a suspensão das contribuições para o Plano de Benefícios 1, a partir de fundo a ser constituído com base no orçamento anual relativo às contribuições de participantes e patrocinadores, fazendo-se anualmente a reconstituição do valor alocado, sem repercussão no Plano de Custeio.
Ressaltamos, ainda, que o valor atual das contribuições futuras brutas (participantes e patrocinadores) está calculado em R$ 6.220.923.367,42 (seis bilhões, duzentos e vinte milhões, novecentos e vinte e três mil, trezentos e sessenta e sete reais e quarenta e dois centavos).
Plano de Benefícios PREVI Futuro - o Plano tem custeio global fixado em Regulamento, não podendo exceder a 7% do total da folha de salários-de-participação dos funcionários nele inscritos. Avaliamos como satisfatória a manutenção do atual Plano de Custeio, ao tempo em que ressaltamos a necessidade permanente de revisão da taxa de risco relativa à Parte I (benefícios de risco) para manutenção do equilíbrio. Solicitamos considerar, para este tópico, o que foi abordado nos itens 10.2.1 e 10.2.2 deste Parecer Atuarial.
Carteira de Pecúlios - Capec - recomendamos a revisão do Plano de Custeio, conforme estudos apresentados pela área atuarial, que observou o fluxo de novas adesões, cancelamentos, perfil da população da Carteira e o valor atingido pelo Fundo Capec.
O Balanço de Ganhos e Perdas Financeiro- Atuariais levantado com base no comparativo entre os valores realizados e esperados para o Plano de Benefícios 1, apresentou os seguintes resultados em 31/12/2006:
Tabela P - Resumo de Balanço - Valores em Reais
Os resultados obtidos conforme o item anterior se devem, principalmente, a três fatores, com as seguintes observações:
a) Receitas e Despesas Previdenciais -
as contribuições geraram um ganho atuarial de R$ 2,67 milhões e as despesas geraram uma perda atuarial de R$ 366,4 milhões;
observamos haver um expressivo contingente de participantes que, mesmo após o cumprimento das exigibilidades para aquisição do benefício programado (particularmente o benefício sob a forma antecipada), permanecem no Plano na situação de participantes ativos. Essa rubrica gerou um ganho atuarial de R$ 344,4 milhões.
os ativos de investimentos superaram em R$ 22,46 bilhões as necessidades atuariais para equilíbrio do Plano.
A PREVI constitui Fundo Administrativo agregado para todos os planos sob sua responsabilidade. Em 31/12/2006 foram apurados os seguintes valores:
Tabela Q - Valores em Reais
Plano de Benefícios 1
Parcela PREVI - PP - no exercício de 2006, após estudos desenvolvidos pela área atuarial da PREVI, foi reduzido o valor da Parcela PREVI - PP a R$ 1.468,21, com vigência a partir de 01/12/2005, com as seguintes distribuições de custos atuariais:
custo relativo à atualização de benefícios já concedidos (aposentadorias iniciadas a partir de 24/12/1997 e pensões decorrentes - concedidas e a conceder - desse mesmo grupo);
custo relativo a participantes em benefícios a conceder - aposentadorias e pensões.
Ressaltamos que a utilização do Fundo Paridade não trouxe desequilíbrio conjuntural ou estrutural ao Plano.
Redução de Contribuições - com vigência a partir de abril de 2005, o Plano de Custeio foi reduzido em 40%, elevando as provisões matemáticas e R$ 3.862.859.824,67 (três bilhões, oitocentos e sessenta e dois milhões, oitocentos e cinqüenta e nove mil, oitocentos e vinte e quatro reais e sessenta e sete centavos).
Redução da Taxa de Juros Atuariais - o cálculo das provisões matemáticas para 31/12/2006 contemplou a redução da Taxa de Juros Atuariais de 6,00% ao ano para 5,75%
ao ano, provocando o crescimento do compromisso do Plano para com seus associados em
R$ 1.572.610.323,48 (um bilhão, quinhentos e setenta e dois milhões, seiscentos e dez mil, trezentos e vinte e três reais e quarenta e oito
centavos).
Reserva de Contingência - o fechamento de balanço de 2006 apresentou pelo quarto
ano consecutivo resultado superavitário no Plano de Benefícios 1. Conforme artigo 20 da Lei Complementar 109, de 29/05/2001, foi constituída a Reserva de Contingência no valor de
R$ 14.264.322.729,30 (quatorze bilhões, duzentos e sessenta e quatro milhões, trezentos e vinte e dois mil, setecentos e vinte e nove reais e trinta
centavos), disponível para fazer frente a eventos de risco não determinados no momento.
Reserva Especial - o Plano de Benefícios 1 apresentou, ainda, valor excedente à Reserva de
Contingência neste exercício. Sob o comando do §1º do artigo 20 da citada Lei Complementar, foi constituída a Reserva Especial no valor de R$ 20.542.063.707,54 (vinte bilhões, quinhentos
e quarenta e dois milhões, sessenta e três mil, setecentos e sete reais e cinqüenta e
quatro centavos).
Tábua de Mortalidade - mantivemos o processo de transição entre as Tábuas GAM-71 (M/F) Modificada - origem - e GAM-83 (MF) Pura - destino -, com agravamento de custeio (aumento da longevidade) em 40% - 2º ano.
Plano de Benefícios PREVI - Futuro
Após ajustes em processos e sistemas foram criados em outubro de 2005 os fundos a seguir e neles alocados os valores apropriados:
alocados R$ 8.405.233,54 (oito milhões, quatrocentos e cinco mil, duzentos e trinta e três reais e cinqüenta e quatro centavos) relativos à soma do saldo de contas (pessoais e patronais) da Parte II (programada), dos participantes que estavam sob as rubricas "aposentado" - Parte I, "Encerrado", "Credor" e "Pensão".
alocados
R$ 5.245.213,96 (cinco milhões, duzentos e quarenta e cinco mil, duzentos e treze reais e noventa
e seis centavos), relativos a valores necessários a recompor as provisões matemáticas
de participantes que podem retornar ao Plano e têm tal direito reconhecido pelo Regulamento
do Plano.
alocados R$ 13.362.489,54 (treze milhões, trezentos e sessenta e dois mil, quatrocentos e oitenta e nove reais e cinqüenta e quatro centavos), relativos a fazer frente a oscilações de compromissos e ajustes operacionais do Plano.
Fundo de Cobertura de Oscilação de Risco - foi mantido o valor de R$ 8.465.556,86 (oito milhões, quatrocentos e sessenta e cinco mil, quinhentos e cinqüenta e seis reais e oitenta e seis centavos) nessa rubrica com base no item 10.2.1 do Parecer Atuarial de 01/02/2006.