A crise financeira global, deflagrada com o problema das hipotecas nos EUA, agravou-se fortemente a partir do segundo semestre de 2008. No cenário interno, em que pesem os sólidos fundamentos macroeconômicos, a crise se reflete de forma significativa no crédito e nas contas externas. O governo e a autoridade monetária vêm tomando medidas para injetar liquidez no sistema e estimular a circulação dos recursos, mas a atividade econômica dá sinais de desaceleração na produção e no consumo.
Diante dessa conjuntura desfavorável, reforça-se a importância das ferramentas de planejamento que vêm sendo utilizadas na PREVI que, na construção de cenários macroeconômicos e análises de ALM (Gestão de Ativos e Passivos), considerou diversos panoramas – otimista, básico, pessimista e de estresse – de forma a simular as condições de solvência e de liquidez do Plano de Benefícios 1 e subsidiar a construção da Política de Investimentos para o período 2009-2015.
Dessa forma, a elaboração da Política de Investimentos do Plano 1 partiu da necessidade de atender à disponibilidade de recursos suficientes para o fluxo de pagamento de benefícios e de custeio do plano e ao cumprimento do Plano de Enquadramento, aprovado pela SPC no âmbito da Resolução nº 3.121/2003. Para os anos de 2009 e 2010, foi adotada a premissa de que as obrigações previdenciárias do Plano 1 serão cobertas tanto pelo segmento de Renda Fixa, quanto pelo desfazimento de Renda Variável. A partir de 2011, tendo como referência a necessidade de cumprimento do Plano de Enquadramento e a possibilidade de recuperação do mercado acionário, as vendas serão concentradas exclusivamente em Renda Variável, de forma que esse segmento alcance em 2014 o patamar de 50% de participação dos recursos garantidores, conforme determinado pela legislação.