1. Investimentos
1.1 Compra da BrT pela Oi completa reestruturação das participações da PREVI no setor de telecomunicaçõesEm dezembro, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou a compra da Brasil Telecom (BrT) pela Oi/Telemar.
Com a operação, a PREVI recebe R$ 1,23 bilhão referente às ações de controle detidas em Invitel e Fundo de Investidores Institucionais. Outros R$ 400 milhões serão pagos pelas ações que a PREVI possuía diretamente em Brasil Telecom Participações, conforme tag along (extensão do prêmio de controle a minoritários) previsto em lei, de 80% do preço de venda do controle. A Oi assumiu o compromisso de pagar um total de R$ 5,37 bilhões pelo equivalente a 61% do capital votante da BrT.
A PREVI agregou valor à sua participação de 12,96% na Oi/Telemar, já que passará a integrar o bloco de controle da nova empresa, mais forte e competitiva. Como tinha ações de controle na BrT, por meio de Invitel, a PREVI não podia estar também no controle da Telemar, conforme regulação específica do setor.
Em abril, quando foi formalizada a proposta de venda do controle da BrT para a Oi/Telemar, foram assinados vários contratos que encerraram os litígios judiciais com o Banco Opportunity. A PREVI e outros cotistas, desde 2000, buscavam reparar seus direitos, de modo a preservar os investimentos realizados.
Foram anos de discussões e divergências acumuladas, até que se chegasse a esse desfecho. O resultado permitiu a superação dos conflitos societários e regulatórios e levará a PREVI a concentrar-se no esforço de valorização da Oi/Telemar.
1.2 PREVI acompanhou aumento de capital da ValeDe forma a garantir recursos para a estratégia de internacionalização de suas atividades, a Vale realizou oferta pública no mercado nacional e internacional, no início do 2º semestre, de 445.989.984 novas ações, correspondentes a cerca de R$ 19,5 bilhões. A PREVI, junto aos demais sócios, manteve sua participação no capital ordinário da Valepar e, consequentemente, no controle da Vale.
1.3 Postura firme nos casos Aracruz e SadiaEm setembro, a Sadia e a Aracruz informaram ao mercado o registro de grandes perdas financeiras em operações no mercado de derivativos. Na qualidade de acionista minoritária destas empresas, a PREVI atuou no sentido de pedir a convocação de Assembleias Gerais Extraordinárias (AGE) para obter mais informações sobre as perdas e solicitar apuração de responsabilidades.
Com base na Lei das S.A. e na condição de acionista minoritário com mais de 5% das ações ordinárias, a PREVI encaminhou correspondência à Sadia para solicitar a convocação da AGE, e foi prontamente atendida.
Na Aracruz, como não tinha mais de 5% das ações ordinárias, a PREVI liderou movimentação junto aos outros minoritários, e assim influenciou a decisão do Conselho de Administração da Aracruz de também convocar Assembleia.
1.4 Invepar amplia atuação em infraestruturaAo fi nal de outubro, com base em estratégia de crescimento e diversificação, a Invepar - Investimentos e Participações em Infraestrutura S.A, empresa que administra a Linha Amarela, no Rio de Janeiro, e a Concessionária Litoral Norte, na Bahia, arrematou em consórcio com a OAS Construtora a concessão do trecho mais longo do leilão de rodovias promovido pelo governo de São Paulo, correspondente aos 444 quilômetros do Corredor Raposo Tavares. Com estes movimentos, a Invepar pôde trazer novos sócios (Petros e Funcef), preparar-se para o crescimento e contribuir para a redução do desenquadramento da PREVI nesta empresa.
Em 29/12, a Invepar formalizou a aquisição do controle acionário direto e indireto do Metrô do Rio de Janeiro. A PREVI tinha participações nas duas pontas: em Invepar, com cerca de 83% do capital social da empresa e, indiretamente, de 12,9% no capital do Metrô Rio. O valor total dos contratos de compra e venda foi de cerca de R$ 995 milhões. A concretização da venda ainda depende de anuência do governo do estado do Rio.
1.5 Liquidação da dívida da ParanapanemaEm novembro, a holding Paranapanema concluiu o seu processo de reestruturação financeira. A PREVI passou a deter 24% do capital total de uma holding sem dívidas e com boa posição de caixa. No início da reestruturação, o endividamento da companhia superava seu valor econômico.
1.6 Kepler Weber retoma liderançaA reestruturação financeira da companhia, encerrada em 2008, repercutiu muito bem no mercado: a participação de minoritários no capital cresceu de 2% para mais de 40%. De maneira a ampliar a comunicação com esses novos acionistas, a Kepler Weber contratou profissional para ocupar o cargo de diretor Administrativo Financeiro e de Relações com Investidores. A empresa, na qual a participação da PREVI é de 17,67%, retomou a liderança no mercado de equipamentos para armazenagem de produtos agrícolas.
1.7 Mudanças na TupyCom a conclusão do processo de reestruturação financeira da empresa, na qual a PREVI tem 35,61% de participação, a estrutura de capital da Tupy passou a ser compatível com o mercado e a abrangência de sua atuação.
1.8 PREVI põe em prática estratégia de aluguel de açõesEm julho, a Diretoria Executiva aprovou estratégia de aluguel de parte das ações da carteira de mercado da PREVI para aumentar a rentabilidade dos ativos de Renda Variável. O aluguel é por prazo certo, a PREVI continua recebendo dividendos, juros sobre capital próprio e outros rendimentos do papel, e a transação é necessariamente revertida antes de assembleias das empresas.
No serviço de empréstimo de ações, quem faz o empréstimo cauciona títulos em valor equivalente a 100% do preço do lote de ações, acrescido de adicionais em função da volatilidade do preço dessas ações.
1.9 Oportunidade na crise: private equity e venture capitalO Plano 1 deu sequência ao investimento em fundos de private equity e venture capital. Foram assumidos compromissos no montante de R$ 280,42 milhões em cinco novos fundos. São selecionados investimentos em empresas com grande potencial de valorização e de diversos setores da economia.
1.10 Imóveis em altaO mercado imobiliário brasileiro passou por expressivo crescimento a partir de 2007, o que se refletiu no portfólio da PREVI. A carteira imobiliária do Plano 1 atingiu, em dezembro de 2008, o patamar de R$ 3,2 bilhões, com rentabilidade acumulada no ano de 21,61%, a maior entre os investimentos da Entidade. Este percentual superou bastante o índice atuarial acumulado de 12,60%.
1.11 Em prol da acessibilidadeA PREVI tomou iniciativas junto aos condomínios dos imóveis em que participa para prover os prédios comerciais dos mecanismos de acessibilidade para pessoas com deficiência. Os administradores são orientados, por exemplo, a criar vagas de garagem especiais, instalar rampas de acesso, adaptar banheiros e elevadores. Alguns condomínios já implementaram parte das medidas necessárias, outros estão em fase de elaboração de projetos.
1.12 Shoppings revitalizadosA PREVI tem participação em 14 shopping centers, num investimento total de cerca de R$ 1,06 bilhão. Este valor representa 33% da carteira de Imóveis do Plano 1. Em 2008, foram realizadas muitas obras de revitalização, e a PREVI investiu na expansão de quatro shoppings. Com alguns projetos em desenvolvimento e outros já em implantação, os aportes foram da ordem de R$ 48 milhões.
1.13 Plano PREVI Futuro investe em ações do IBrX-50Desde o final de 2006, o Plano PREVI Futuro vinha alocando recursos em Renda Variável, porém somente na compra de cotas do PIBB Fundo de Índice Brasil-50. O PIBB é um fundo com cotas negociadas na Bovespa que visa refletir as variações e as rentabilidades do IBrX-50 (carteira composta pelas 50 ações mais negociadas na Bovespa).
A partir de fevereiro de 2008, o Plano PREVI Futuro passou a investir diretamente em ações pertencentes ao Índice IBrX-50. Os principais ativos adquiridos foram: Bradespar PN (R$ 50 milhões), Petrobras PN (R$ 44,2 milhões), Petrobras ON (R$ 30,4 milhões), Bradesco PN (R$ 22,3 milhões), Itaubanco PN (R$ 20 milhões), Gerdau (R$ 12,5 milhões) e Vale PNA (R$ 9,1 milhões).