Fusão da
é questionada pela PREVI
As ações
da Ambev sempre foram consideradas um dos principais ativos da PREVI.
O potencial de crescimento aliado à boa distribuição
de dividendos fizeram dos papéis da empresa um dos mais procurados
por investidores no Brasil e no exterior. Por isso, a forma como foi
apresentada a operação de fusão com a empresa
Interbrew surpreendeu a PREVI e os demais acionistas minoritários.
A operação traz perdas consideráveis para os
detentores de ações preferenciais, como é o nosso
caso. Os ganhos decorrentes serão quase todos apropriados pelos
detentores das ações ordinárias, com significativa
diluição da participação dos minoritários.
A PREVI possui cerca de 3,3 bilhões de ações
preferenciais e 73,3 milhões de ações ordinárias
da Ambev, empresa que resultou da fusão das cervejarias Brahma
e Antarctica em 2000.
Como investidor de longo prazo, a PREVI não tem a intenção
de vender de imediato sua participação na empresa. Até
o anúncio da recente fusão, os ganhos da PREVI –
que possui 14% das ações preferenciais e 8% do capital
total – com a Ambev superavam a Selic (taxa básica do
mercado) em mais de R$ 1 bilhão. Depois disso, apesar de continuar
superando a taxa Selic, os ganhos da PREVI passaram para cerca de
R$ 400 milhões.
A Diretoria da PREVI abriu processo administrativo na Comissão
de Valores Mobiliários, no qual solicita informações
sobre determinados pontos da operação de fusão
entre a Ambev e a Interbrew. A PREVI examina também medidas
contra a Revista Isto É Dinheiro que, em matéria da
edição de 17/3/2004, afirma que a gestão atual
da PREVI teria aumentado a sua participação na Ambev
com a compra de 3,5 bilhões de ações. Isto não
é verdade. A PREVI não só é detentora
das ações há mais de uma década como também
vendeu, desde janeiro de 2001, cerca de 192 milhões de ações
preferenciais, o que envolveu valores em torno de R$ 132 milhões.
Continua
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Fundos de Pensão discutem PPP
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