"A
PREVI pode contribuir para um novo ciclo de desenvolvimento do Brasil"
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Aguiar
está confiante no crescimento dos fundos de pensão
no País |
Para
administrar os investimentos da PREVI, Luiz Aguiar considera indispensável
estar atento ao que acontece no outro lado da moeda, ou seja, o
desembolso com o pagamento de benefícios. Esta deverá
ser a tônica de sua gestão na Diretoria de Investimentos
onde conduz as áreas que analisam e efetivam negócios
nos segmentos de renda variável, renda fixa e imóveis.
Quais os projetos para a Diretoria de Investimentos da PREVI?
A PREVI hoje atende a uma população mais madura. Temos
em torno de sessenta mil pessoas recebendo benefícios. Sabemos
que 2005 vai ser um ano importante porque cessará o pagamento
da dívida do Banco do Brasil com a PREVI com relação
aos aposentados com posse antes de 67. Em termos de fluxo de caixa,
haverá redução de receitas. Tendo este cenário
como pano de fundo, é indispensável uma administração
em que a gestão de risco do passivo atuarial – nossas
obrigações com os benefícios – esteja em
consonância com o que a gente está fazendo com os nossos
ativos, ou seja, com os nossos investimentos. Então, meu objetivo
número um é praticar a gestão de riscos, e administrar,
no dia-a-dia, os ativos em harmonia com a necessidade de pagamento
de benefícios.
Em sua avaliação, o que é preciso para administrar
a carteira da PREVI com essa visão?
A política de investimentos e desinvestimentos precisa estar
pautada pela necessidade de aumentarmos o valor econômico e
a liquidez dos nossos ativos. Temos que buscar alinhamento com a área
de planejamento. Destaco o desenvolvimento tecnológico e o
conhecimento dos funcionários nas áreas de risco e de
investimentos como dois preciosos auxiliares que encontrei na PREVI.
Precisamos também discutir como agregar novos fatores, como
a responsabilidade social. Essa é uma discussão que
passa efetivamente pelo planejamento estratégico da PREVI.
São novos elementos para as decisões.
Nos
países economicamente desenvolvidos, os fundos de pensão
representam grande parte da poupança nacional. Que medidas
o Brasil precisa adotar para fortalecer a previdência privada
fechada?
Bom, o primeiro ponto é com relação ao aprimoramento
do mercado de capitais. Assim, teremos condições mais
eficientes de dotar o mercado de investidores com a visão de
longo prazo. Nesta questão, eu diria que são fundamentais
normas e legislação voltadas mais para a fiscalização
do que para a regulação. Essa orientação
já está sendo sendo adotada pela Secretaria de Previdência
complementar.
As
mudanças na Previdência podem contribuir para esse fortalecimento?
É
fundamental estar atento para o fato de que a previdência está
num momento particular no Brasil. Sem sombra de dúvida serão
abertas novas fronteiras para quem oferece à população
brasileira opção de ter um complemento da aposentadoria
no futuro. Essa nova fase de expansão da poupança via
fundos de pensão vai incrementar, sem dúvida, o desenvolvimento
econômico-social do País.
Qual
o papel da PREVI neste cenário?
Eu considero a PREVI um dos mais importantes investidores de longo
prazo do Brasil. A PREVI pode inclusive contribuir com políticas
de investimentos com foco na questão da responsabilidade social,
tal como vem acontecendo nos países desenvolvidos. Estamos
nos articulando com outros fundos e com o Instituto Ethos para estimular
investimentos socialmente responsáveis. Isso pode significar
valorização dos nossos ativos. Neste ponto, penso que
a PREVI pode ajudar muito nesse novo ciclo de crescimento que se desenha
no Brasil.
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"Quero consolidar a governança corporativa na PREVI"
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