"Precisamos
retomar a discussão do Estatuto"
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Alexandre
coordenou a Comissão de Empresa dos Funcionários
do Banco de 1997 a 2003. |
Com
a experiência que traz do mundo sindical, Francisco Alexandre
faz profissão de fé no diálogo e na negociação.
“É possível encontrar uma solução
que equacione os anseios dos funcionários e do Banco”,
afirma. À frente da Diretoria de Administração,
Alexandre vai se dedicar à discussão do Estatuto,
tema que ele considera fundamental.
Você era coordenador da Comissão de Empresa e hoje é
diretor de Administração da PREVI. O que mudou?
São universos distintos. No mundo sindical, o trabalho é
calcado nos anseios e desejos do funcionalismo. Com base nesses anseios,
elabora-se uma proposta para tentar chegar a um acordo com a empresa.
Agora na Diretoria de Administração, há uma mudança
de foco, contudo o mais importante é que possamos aproveitar
a experiência anterior para encontrar as melhores soluções
para problemas que envolvam as relações de trabalho
na PREVI.
São anos de movimento sindical. Como essa experiência
pode ajudar na condução da Diretoria de um fundo de
pensão?
O mundo sindical é também uma escola de relações
do trabalho. Muitos não sabem, mas lá nos preocupamos
bastante com a formação nessa área, até
porque conhecer esse tema é uma obrigação para
todos que discutem contratos de trabalho. Do ponto de vista interno,
o desafio é utilizar essa experiência no gerenciamento
de pessoal e, em relação aos negócios da PREVI,
vou procurar incorporar a experiência negocial de bancários
e de outras categorias, além do aprofundamento nas questões
novas que são postas nessa missão.
A
visão que você tinha da PREVI mudou agora que conhece
a Instituição por dentro?
Sim. As informações divulgadas pela PREVI sempre me
interessaram, já que eu era um sindicalista que negociava os
problemas dos empregados com a direção da empresa. Eu
pensava que conhecia bastante, mas agora vejo que há muito
por conhecer. Lá fora, a gente analisa a PREVI a partir dos
dados que são divulgados oficialmente. Agora passamos a ter
o complemento das informações, já que alguns
dados não são divulgados pela PREVI por serem estratégicos.
E
os planos para a Diretoria de Administração?
Nos
primeiros dias, me dediquei ao conhecimento da Diretoria. Agora começo
a ter uma visão da PREVI como um todo e vejo que há
assuntos relevantes como o contrato de cessão dos funcionários
ao Banco, a formação do quadro próprio da PREVI
e o desenvolvimento de possíveis parcerias com a patrocinadora.
Caberia
à sua área elaborar proposta de alteração
estatutária que, num primeiro estágio, seria apresentada
à Diretoria Executiva e, em seguida, ao Conselho Deliberativo.
Como está esse trabalho?
A competência para elaborar é da nossa área, mas
não quer dizer que a partir da decisão do diretor de
Administração o projeto tenha curso. Antes é
necessário envolver os interessados - banco e associados -
por meio de suas entidades representativas. Nossa intenção
é retomar a discussão do Estatuto com a patrocinadora
e com os representantes das associações representativas
do funcionalismo. Um dos pontos é restabelecer o poder dos
participantes, garantido pelo Estatuto que vigorava antes da Intervenção.
Com o novo Estatuto, os participantes perderam o direito de eleger
os diretores executivos. O interventor promoveu alterações
no Estatuto que extrapolaram o que determinava a Lei Complementar
108.
Continua »
"A PREVI pode contribuir para um novo ciclo de desenvolvimento
do Brasil"
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