Destituição do Opportunity faz parte da luta para preservar investimentos

No começo de outubro, a quase totalidade dos cotistas (investidores) do Fundo CVC Opportunity decidiram destituir o administrador deste Fundo. Votaram pela destituição 11 dos 14 cotistas (um estava ausente e outros dois são controlados pelo próprio Opportunity). A destituição ocorreu com base em voto preparado pela PREVI, que organizou amplo e consistente levantamento de informações que demonstrou a quebra do dever fiduciário do gestor. Atos praticados pelo Opportunity causaram prejuízos aos investidores os quais ele deveria representar e defender.

A disputa com o Banco Opportunity ocorre há cerca de três anos, desde quando a PREVI e outros fundos de pensão perceberam que este Banco vinha operando segundo seus próprios interesses, colocando em risco o retorno do investimento. Os fundos de pensão e mais o BNDES-Par aplicaram recursos como cotistas do Fundo CVC, que, por sua vez, adquiriu participação em seis diferentes empresas. A PREVI e outros fundos também realizaram investimentos adicionais nestas empresas, através de um mecanismo denominado “co-investimento”. A idéia era que as empresas fossem geridas com o objetivo de serem valorizadas e vendidas, com a devolução do recurso aos investidores.

O que acontecia é que o Opportunity atuava de forma a concentrar o controle das empresas em suas próprias mãos, por meio de uma estrutura societária complexa, ancorada em empresas com sede nas Ilhas Caymman. Dessa forma, evidências cada vez mais fortes mostravam o risco de que a venda das empresas viesse a beneficiar apenas os investidores estrangeiros.

A destituição do Banco Opportunity não resolve todos os problemas. Ainda há um caminho a ser percorrido. Mas a atitude foi necessária e fundamental para manter nossas chances de recuperar o patrimônio aplicado. A PREVI vem tomando todas as providências necessárias, junto com os demais cotistas do fundo, para reverter a situação.


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