Edição 200 Novembro/2018

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Hora de um novo Código

Previ lança nova edição do Código de Governança Corporativa para estimular melhores práticas e proteger o patrimônio dos participantes.

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Um Código de Governança não é um livro para se guardar na estante e esquecê-lo. Ele é feito para ser posto em prática, servindo de guia para que empresas e profissionais exerçam melhor seu papel, de forma ética, sustentável e em perfeita conformidade legal. Para manter o documento sempre atual, devemos revisitá-lo com olhos críticos periodicamente.

É por isso que foi lançada, no Encontro Previ de Governança Corporativa, a 3ª edição do Código Previ de Melhores Práticas de Governança Corporativa. O processo de revisão acompanhou a evolução do mercado de capitais no que diz respeito às melhores práticas de governança corporativa, além de incluir novas temáticas como integridade. Dessa forma, a Previ continua a manter a dianteira quando o assunto é governança corporativa no mercado de capitais brasileiro.

A revisão começou no ano passado, depois de um processo de debates que envolveu a Diretoria de Participações da Entidade, grandes fundos de pensão brasileiros, investidores institucionais, gestores de recursos, profissionais de áreas-chave da própria Previ, além de conselheiros de grandes empresas – tanto os indicados pela Entidade nas empresas em que investe como profissionais de mercado. A minuta do documento foi examinada por mais de 100 pessoas de diferentes companhias e organizações, que contribuíram com sugestões e comentários ao texto, até que a nova versão fosse finalmente submetida à apreciação do Conselho Deliberativo.

Nessa nova versão, os princípios básicos de Governança Corporativa permanecem. Agora que os conceitos estão mais difundidos entre as empresas, o documento ganha um caráter menos explicativo e mais prático.

Integridade e Sustentabilidade

A integridade, que permeava o conteúdo do Código, ganha ainda mais destaque. Agora, ela é tratada de forma mais transparente, em resposta aos acontecimentos dos últimos anos, que aumentaram a exigência dos investidores em relação ao cumprimento da conformidade legal e ética nas empresas.

Questões ligadas à Sustentabilidade também ganharam mais espaço. Do ponto de vista dos investidores de longo prazo, é importante garantir que as empresas sejam perenes, ou seja, que sobrevivam durante longo tempo, aumentando a geração de valor aos seus acionistas. Isso exige que as empresas sejam cada vez mais bem preparadas para um cenário de negócios que passa por uma transformação acelerada. Por isso, engajar empresas em questões ambientais, sociais e econômicas é fundamental para conseguir obter melhor retorno financeiro em um horizonte de tempo mais longo.

É importante ressaltar que o documento é um orientador para as decisões de investimento no âmbito da Previ. Ele indica condições consideradas ideais pela Entidade para alocar seus recursos em algum ativo. Na prática, o Código é uma maneira de dizer ao mercado o que a Previ espera de uma empresa na qual planeja investir e quais são as melhores práticas que considera relevantes.

Quando um investidor institucional como a Previ se posiciona quanto a boas práticas, estimula as empresas a adotá-las. Sejam elas companhias de capital aberto, empresas que ainda planejam lançar suas ações na Bolsa ou novos empreendedores em busca de sócios.

Ter um investidor institucional na composição acionária é bom para as empresas, pois dá mais estabilidade à base de acionistas porque, em geral, ele permanece na empresa por um longo tempo. A presença do investidor institucional também ajuda a reduzir a volatilidade e as flutuações bruscas no preço das ações. Além disso, um investidor institucional como a Previ é uma chancela de qualidade para a gestão da companhia aos olhos do mercado. Tudo isso ajuda no processo de captação de recursos e atração de novos investidores para a empresa, com redução no custo de capital para aquisições ou inserção em novos mercados.

Referência e Segurança

O Código proposto pela Previ passa a ser uma referência para todo o mercado, não apenas para as empresas nas quais a Entidade possui participação acionária. À medida que esse conhecimento se dissemina, ele se traduz em uma gestão mais segura, com menos sobressaltos nas empresas. O resultado tende a ser mais previsível, com melhor retorno do investimento realizado no longo prazo. Em última análise, gera valor para a Entidade como acionista e benefício para os participantes.

A adoção das boas práticas cria um ciclo positivo para o mercado de capitais do país. Elas atraem novos investidores, mais recursos e crescimento de oportunidades, gerando um ciclo virtuoso que é ótimo para a Previ. Como investidor institucional de longo prazo, é importante que a Entidade tenha um mercado de capitais mais robusto, compatível com seu tamanho. Portanto, seu aprimoramento não é algo que a Previ persiga apenas por uma motivação altruísta, mas também um objetivo prático, que reflete diretamente na nossa missão de gerar benefícios de forma segura, eficiente e sustentável para os associados.

Por hora, o trabalho de revisão está encerrado. No entanto, a Previ está monitorando o cenário econômico e financeiro permanentemente. Afinal, novas mudanças certamente serão necessárias no futuro e a Previ precisa manter o Código sempre atualizado e em sintonia com o mercado, como vem acontecendo desde 2004.
 

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