Como andam os investimentos
O maior interessado pelos investimentos da PREVI é, sem dúvida,
o participante. Num momento em que o mundo – e o Brasil, em menor
proporção – ainda sofre os impactos da crise que estourou no ano passado, é legítimo que os participantes queiram saber como a PREVI vai conduzir
as aplicações dos recursos do PREVI Futuro e do Plano 1 neste ano. Para
dar essa explicação, nada melhor do que falar da Política de Investimentos,
documento obrigatório, divulgado no site e no Relatório Anual
Todo o processo de gestão dos recursos
se inicia na Política de Investimentos,
uma espécie de mapa com a direção
para os próximos anos. É nesse documento
que a PREVI define qual é a
estratégia de investimentos mais indicada diante
das diferentes características de cada plano de benefícios,
de modo que os investimentos garantam
o pagamento dos benefícios de aposentadoria e
de pensão. São definidos critérios, parâmetros
e limites que devem ser observados na hora de
fazer cada aplicação. Os profissionais que lidam
com compra e venda de ativos no dia-a-dia seguem
as diretrizes determinadas nesse documento.
Plano 1 e PREVI Futuro têm políticas distintas,
assim como a Capec (Carteira de Pecúlios).
Pelo menos uma vez ao ano, as Políticas são
revistas de acordo com o comportamento da economia
e do mercado de capitais, do fluxo de entrada
e saída de recursos do Plano e da legislação,
pilares que podem mudar de tempos em tempos. É um trabalho bem dinâmico, no qual é preciso
estar atento aos movimentos da Bolsa e dos indicadores
econômicos, sem deixar de acompanhar
o mercado previdenciário e as mudanças sociais.
Em suma, mapeando fatos atuais, são simulados
cenários e medidos riscos, tudo isso em busca do
seguinte propósito: diminuir perigos e otimizar
resultados. O trabalho lembra o dito popular “seguro
morreu de velho”. A Política de Investimentos
procura evitar surpresas desagradáveis no futuro
e indica como aproveitar as boas oportunidades
de investimento do presente. Tudo o que se quer é a melhor rentabilidade e o menor risco.
O Plano 1 é um bom exemplo da importância de
simular cenários. Todos sabem que, por ter grande
aplicação em renda variável, o Plano se expõe às
oscilações da Bolsa. Na elaboração da Política de
Investimentos de 2008, foi considerado o chamado “cenário de estresse”: foram efetuadas simulações
tendo como base a maior queda do índice no
mercado de ações do Brasil ocorrida no período
de 12 meses entre os anos 1980 e 2007. O objetivo
desse tipo de projeção é avaliar as condições de
solvência (estoque de ativos versus compromissos
assumidos) e de liquidez (capacidade de honrar
as obrigações mensais) em condições adversas do
mercado. Os resultados mostraram que, mesmo
naquele contexto, o Plano teria recursos suficientes
para honrar o pagamento dos benefícios, sem ter
de se desfazer de nenhuma ação cuja venda já não
estivesse planejada. A realidade comprovou essa
simulação: o Plano enfrentou a crise mundial do
ano passado e ainda acumula superávit.
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