Continua sendo muito difícil fazer previsões sobre a economia mundial.
Diversos indicadores continuam muito ruins, com a recessão e o
desemprego liderando as más notícias na maior parte dos países. Mas,
ao mesmo tempo, alguns mercados e índices fi nanceiros apresentam melhorias.
Os analistas ainda encontram-se cautelosos e confusos com esses
sinais. Escaldados pelo que aconteceu em 2008, suas opiniões tendem
a se ancorar mais nos dados negativos, e as incertezas transformam-se
em projeções quase sempre pessimistas.
A verdade é que não há certezas e parece impossível tê-las. A recuperação
da economia mundial vai depender do sucesso dos inúmeros pacotes aplicados
pelos governos; o ritmo de retomada provavelmente será diferente
entre os países e as regiões; fatores psicológicos vão influenciar consumidores
e investidores e, além disso, poderemos ter altos e baixos pela frente,
confundindo ainda mais a difícil arte de identifi car tendências.
Deixando de lado essas dúvidas sobre o futuro, o concreto é que o início
de 2009 está sendo melhor do que se previa, especialmente no Brasil.
A partir de março houve ligeira recuperação do emprego, o consumo
manteve-se animado, os investimentos estrangeiros voltaram, o dólar
começou a recuar e a bolsa de valores reagiu com imprevisível força
(pelo menos até a data em que escrevemos este editorial).
Não são poucos os economistas que veem o Brasil saindo mais cedo e
mais forte dessa crise. Se isso ainda não é sufi ciente para sinalizar a recuperação
das perdas sofridas em 2008, pelo menos indica oportunidades
que podem ser exploradas pelo Governo e pelos investidores privados.
Esse cenário resultou em desempenho positivo para os Planos 1 e PREVI
Futuro, que tiveram seus investimentos valorizados, o que permitiu superar
a taxa atuarial nesse período. É uma boa notícia para todos nós. É cedo
ainda para nos sentirmos tranquilos, mas a recuperação veio antes do que
havíamos previsto. Vamos esperar que ela se confirme até o fim do ano e
que 2010 realmente marque uma retomada global.
Um abraço, Sérgio Rosa |