Parcela PREVI
Quais seriam as soluções?
Elas têm custo?
Existem, técnica
e teoricamente, muitas soluções. E o primeiro fato a
ponderar é que todas têm um custo. Mas que custo é
esse? Se as aposentadorias foram reduzidas, não teria sobrado
dinheiro na PREVI? A melhoria do cálculo do benefício
não representaria apenas uma volta às condições
normais?
Uma coisa importante a considerar é que a PP também
é utilizada para calcular as contribuições à
PREVI. Portanto, se a PP está elevada e a expectativa é
que os benefícios serão menores, isto também
provoca redução nas contribuições. Por
isso, não houve arrecadação que hoje suporte
naturalmente a mudança da PP.
O custo imediato de qualquer melhoria de benefício é
refletido na necessidade de aumentar as Provisões Matemáticas
(ou Reservas Matemáticas). É esta a maior “conta”
da PREVI, que reflete todos os compromissos futuros com seus associados.
Uma solução sempre imaginada é a simples eliminação
da PP. Se esta fosse a saída escolhida, a PREVI assumiria o
compromisso de complementar integralmente o salário de aposentadoria,
independente do valor do benefício do INSS. Como a PREVI não
tem qualquer tipo de controle sobre o valor do benefício do
INSS (e este pode aumentar ou diminuir), a PREVI teria que cobrir
este risco com um saldo maior de Reserva Matemática e, eventualmente,
aumentar o valor das contribuições para equilibrar o
Plano.
Outra solução é manter a fórmula de cálculo
com o conceito da PP e ajustar o seu valor, de forma a restabelecer
as condições econômicas existentes em 1997, ponto
de partida do Plano atual. Abaixo, apresentamos uma tabela com as
simulações de “custo” das mudanças.
COMO O CUSTO PODE SER COBERTO?
O aumento da conta de Reservas Matemáticas pode
ser coberto pelo aumento das contribuições ou pela utilização
de superávits acumulados.
Em qualquer hipótese, a alteração tem que contar
com a anuência explícita do Banco do Brasil (o patrocinador)
e do órgão fiscalizador do Banco (o Governo, através
do Departamento de Coordenação e Controle das Empresas
Estatais - DEST). No fim de tudo, a Secretaria de Previdência
Complementar tem que aprovar as mudanças, desde que a PREVI
comprove que, após as alterações ocorridas, o
Plano se manteve em equilíbrio atuarial.
CONCLUSÕES
Solução e disposição para
enfrentar o problema da Parcela PREVI existem. No entanto, embora
seja um tema discutido há bastante tempo, é um assunto
complexo, cuja solução efetiva depende da combinação
de vários fatores.
Até 2003, a PREVI vinha vivenciando uma situação
de déficits durante dois anos consecutivos. Em 2003, o superávit
realizado permitiu que a discussão da PP fosse efetivamente
pautada.
Outro problema do Plano era a indexação pelo IGP-DI.
Este índice, muito distante dos demais, estava provocando uma
instabilidade na PREVI, pois tornou-se impossível realizar
aplicações que atingissem a rentabilidade daquele índice
(acrescido de juros atuariais de 6% ao ano). A mudança para
o INPC trouxe o plano para novo patamar de equilíbrio.
Durante o primeiro semestre de 2004, a PREVI enfrentou novamente um
período de instabilidade na Bolsa de Valores, com diminuição
de seu superávit (um movimento até certo ponto normal,
que apenas mostra que há uma variação dos ativos
totais da PREVI).
Agora, parece que estamos muito próximos da solução.
O Banco aceita a redução do valor da PP e admite a utilização
do Fundo Paridade para custear a elevação das Reservas
Matemáticas, condicionada, no entanto, à solução
das pendências judiciais sobre este Fundo. Mais uma vez, o debate
será aberto com todos os participantes da PREVI. Desta vez,
no entanto, com chances efetivas de solução.
Continua
»
Nova CARIM tem balanço positivo
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