Foram dadas todas
as informações
Fazendo um
balanço do seu mandato, Pizzolato aborda assuntos polêmicos,
como o Opportunity, o PAI 45 e a implantação da paridade.
Segundo ele, Carim e Capec são as únicas pendências
que existem hoje. Essas questões não estão
na alçada da Diretoria Executiva. A parte que cabe à
Diretoria já está cumprida há muito tempo.
De
acordo com informações publicadas na Revista Isto
É Dinheiro e também em publicações que
circulam dentre o funcionalismo, você seria o responsável
pela condução do assunto Opportunity. Isso é
verdade?
Não tem nenhuma procedência
essa informação. A minha diretoria é a de Seguridade,
que cuida da parte do passivo. As participações acionárias
são vistas pela Dipar, cujo responsável é o
Sérgio Rosa, e a parte de investimentos é de responsabilidade
da Dirin. O que houve é que de abril/99 a agosto/2000 fui
conselheiro indicado pela PREVI na Brasil Telecom, empresa da qual
o Opportunity é gestor. Inicialmente, o relacionamento foi
tranqüilo. Houve alguma polêmica em relação
à compra da CRT, ocasião em que solicitei à
Dipar que me orientasse quanto aos votos. Pedi, ainda, ao Tarquínio
que também estivesse presente em algumas reuniões.
Depois, quando houve a decisão da PREVI, Funcef, Petros e
Telos de buscar restabelecer os direitos com relação
aos negócios com o Opportunity na Justiça, eu, por
precaução, não participei mais de nenhuma reunião
sem antes fazer reunião prévia com a diretoria da
PREVI. Os quatro votos que proferi no conselho da Brasil Telecom
foram redigidos pela assessoria jurídica da PREVI. Em setembro
de 2000, saí da Brasil Telecom. Jamais me envolvi ou chamei
responsabilidade sobre os assuntos ligados à Brasil Telecom,
muito menos ao Opportunity, que não fosse na posição
de conselheiro ou como membro do colegiado da PREVI.
Por que você
foi afastado do conselho da Brasil Telecom?
Fui afastado porque apresentei voto elaborado pela PREVI, Petros,
Funcef, Telos e outros acionistas minoritários, pedindo que
a indicação do presidente do fundo de pensão
dos funcionários da Brasil Telecom fosse de responsabilidade
do conselho da empresa. Esse foi o motivo do meu afastamento. Apesar
de não ter havido descumprimento de minha parte do acordo
da empresa ou da Lei das S.A, o Opportunity, com a maioria dos votos,
conseguiu meu afastamento com base em cláusula de acordo
que diz que os votos a serem proferidos pelos fundos de pensão
nos conselhos devem ser previamente acertados com o Opportunity.
E o Opportunity
poderia ter tomado essa atitude?
No acordo de acionistas da empresa não consta nada a respeito,
e o mais surpreendente é que o contrato que eles têm
com a PREVI, Petros, Telos, Sistel não corresponde à
decisão de Diretoria Executiva da PREVI à época.
Porém, mesmo assim, o contrato foi assinado pelo Jair Bilachi
e pelo Bosco, que estavam à frente dessa área. Portanto,
esse documento tem validade perante a Justiça já que
foi assinado por pessoas que tinham poderes para isso. O documento
é extremamente prejudicial à PREVI. Depois de discutir
com vários advogados, a PREVI e os demais fundos me orientaram
a dar o voto levando em consideração, dentre várias
questões, o fato de que a PREVI tinha aportado um grande
volume de recursos mas, na realidade, tinha ficado completamente
refém, porque nada poderia ser feito sem o consentimento
do Opportunity. No episódio do fundo de pensão da
Brasil Telecom, havia um conflito de interesse entre a ação
do Opportunity e dos demais fundos. Nós acabamos ficando
prisioneiros de uma situação imoral, que pode até
ser considerada legal, mas é oportunista e inadmissível
num relacionamento de parceria.
Pelo o que
você está falando, a divergência com o Opportunity
não era exclusividade da PREVI.
No período em que estive na Brasil Telecom percebi que a
insatisfação com o Opportunity partia dos fundos de
pensão e também de outros sócios. Depois, acompanhei
pela imprensa que, na verdade, todos os que fizeram algum negócio
com o Opportunity estão tendo problemas com eles; sejam os
fundos de pensão, sejam as operadoras de telefonia, os operadores
do metrô do Rio, operadores portuários, os sócios
da Cemig. Em todos os negócios onde o Opportunity se envolveu
ele criou contenda com os sócios. Inclusive a primeira ação
litigiosa movida pela PREVI contra o Opportunity não foi
por conta da empresa em que eu era conselheiro (Brasil Telecom).
Deveu-se a problemas na Telemig Celular e Amazônia Celular.
Aconteceu sessenta dias antes do episódio do voto, em que
eles pediram o meu afastamento.
Durante o
período em que você foi conselheiro da Brasil Telecom,
mesmo depois, como eram passadas informações ao Conselho
Deliberativo relativas ao Opportunity?
O Conselho não solicitou, em momento algum, qualquer documento.
Mesmo assim foram prestadas informações tanto ao Conselho
quanto ao presidente do Banco do Brasil. Inclusive, na maioria das
vezes, o presidente da
PREVI esteve presente. Quando o Conselho Deliberativo solicitou
informações pela primeira vez, o conselheiro da PREVI
na Brasil Telecom era o Sérgio Rosa, indicado para me substituir.
Na ocasião, a Diretoria de Participações prontamente
prestou as informações, inclusive indo além
do solicitado, por meio de dossiês com todos os passos envolvendo
tanto a questão da Brasil Telecom, quanto da Telemig, da
Amazônia Celular e do Tecon (porto de Santos), todos com litígios
na esfera do judiciário. Foram dadas todas as informações.
Falam também
em promessas de campanha. Você pode fazer um balanço
do seu mandato na Diretoria de Seguridade?
Há muito o que enumerar:
Cálculo Atuarial - Hoje a PREVI tem
o melhor sistema de cálculo atuarial da América Latina
e, talvez, do mundo. A ponto de uma das maiores empresas de atuária
do mundo, a William Mercer, com sede no Canadá, querer comprar
os nossos sistemas. A PREVI montou uma tábua atuarial exclusiva
dos funcionários do Banco do Brasil, aprovada pelo Instituto
Brasileiro de Atuária (IBA) e em fase de homologação
pelo IBGE. Hoje a PREVI tem um fluxo de caixa com todos os gastos
da Instituição com aposentadoria pelos próximos
32 anos. Isso é inédito. Quando estive em um congresso
dos fundos de pensão americanos, nenhum fundo dispunha desse
fluxo de caixa.
PREVI Futuro - Na área de vínculo
empregatício e cobrança, implantamos o plano PREVI
Futuro, que começou do zero e hoje tem mais de 12 mil participantes.
Em número de participantes, o PREVI Futuro está entre
os dez maiores do País.
Devolução de reservas - Reestruturamos
a rotina de devolução de reserva matemática.
Hoje, as devoluções são pagas em datas programadas
e os valores das reservas são atualizados mensalmente, com
divulgação no Sistema de Informações
do Banco (SISBB) e no site da PREVI. Nada disso existia antes.
Benefícios - Na área de concessão
de benefícios, fizemos convênio com o Prisma. Graças
a essa iniciativa, hoje todos os processos de aposentadoria e de
pensão são encaminhados, de forma centralizada, pela
PREVI, em convênio com o Banco e o INSS, sem dor de cabeça
para o associado. Todos os processos são checados e é
feita triagem na documentação. Outro benefício
foi a possibilidade de o associado pedir a aposentadoria e permanecer
trabalhando enquanto aguarda a autorização do INSS.
Isso evita uma série de transtornos como a reintegração
aos quadros do Banco e a devolução de benefícios
pelos associados.
Novo espelho - A folha de pagamento dos aposentados,
que estava com o Banco e tinha alto custo, veio para a PREVI e foi
reestruturada. Hoje o modelo de folha de pagamento da PREVI desperta
o interesse de outros fundos pensão. Mais de cem entidades
fazem descontos de mensalidade via folha de pagamento, o que reduz
o desconto de CPMF pelo associado. Checamos dados com a CASSI para
verificar se havia associados portadores de doenças que lhes
possibilitava isenção de imposto de renda. Esse trabalho
reduziu o pagamento de IR pelos aposentados da PREVI em mais de
R$ 6 milhões mensais. Além disso, foram firmados convênios
nacionais e regionais para venda de diversos produtos com desconto
para os aposentados. O espelho foi transformado numa fonte de receita
para a PREVI. Quando eu assumi na Diretoria de Seguridade, eram
pagas cerca de 30 mil aposentadorias e pensões; agora estamos
pagando cerca de 68 mil. Hoje, a folha da PREVI envolve recursos
maiores do que a folha do Banco.
Atendimento - Na área de atendimento,
a PREVI era embrionária; tínhamos quatro atendentes
e funcionários, com capacidade muito limitada. O site da
PREVI não tinha ainda a possibilidade do auto-atendimento.
Hoje, nós temos 36 funcionários que fazem atendimento
mensal da ordem de 40 mil consultas. Houve meses em que esse número
chegou a 70 mil, entre atendimentos pela internet, pelo 0800, pelo
SISBB, pessoais, respostas de cartas, e-mails. A duração
da espera dos associados, que antes era humilhante, hoje praticamente
não existe mais. Os associados costumam ser atendidos prontamente.
Os nossos sistemas armazenam todas as informações
que foram prestadas, o que nos permite ter histórico de quantas
vezes o associado ligou, quantas vezes ele acessou a internet, quais
foram os problemas que aconteceram com ele. Estamos iniciando uma
nova fase de atividades no site e pelo 0800, preparando, inclusive,
a venda do plano PREVI Futuro e da Capec para os novos funcionários
do Banco. Depois de os funcionários aderirem à Capec
ou ao PREVI Futuro, nós procuramos saber se eles estão
satisfeitos.
O site da PREVI hoje é um site de padrão internacional.
Dentre os dos fundos de pensão é sem sombra de dúvida
o melhor, de mais fácil acesso, e que fornece todas as informações.
Ainda pode melhorar muito, mas já tem padrão que permite
ao associado ter acesso, a qualquer hora, a informações
básicas sobre o empréstimo simples, dados pessoais
e assim por diante. Logo, logo, quando vencermos alguns padrões
de segurança, vamos poder fazer consultas, votações,
pesquisas, tanto pelo 0800 quanto pela internet.
Empréstimo Simples - conseguimos manter
e agilizar o empréstimo simples, e melhorar um pouco os valores.
Já temos, há muito tempo, decisões na Diretoria
de aumentar mais os valores, mas não podemos fazer isso em
função dos limites de aplicação impostos
pelo Banco Central.
Você
destacaria alguma outra medida?
Destaco o novo empréstimo simples
para o pessoal do PREVI Futuro e para todos os associados que estão
em disponibilidade, o que antes não existia. Na realidade,
temos prontas outras modalidades de empréstimos que poderiam
ser oferecidas ao associado, mas infelizmente já estamos
com 10% dos recursos garantidores praticamente ocupados pela Carim
e pelo empréstimo simples, o que não nos permite lançar
novas modalidades de empréstimo.
Qual a situação
atual dos projetos desenvolvidos na área de seguridade em
relação à Carim?
Durante 1998 trabalhamos para implantar o GT Carim 1, que era a
opção de o associado alterar o contrato de TR para
IGP-DI, que foi a famosa repactuação. Aproximadamente
30% dos associados que tinham Carim aderiram ao plano. Na implantação
do GT, detectamos que a Carim precisava de ajustes para não
se inviabilizar. A Diretoria autorizou estudo, que foi feito junto
com o Conselho dos Economistas aqui do Rio, apoiado por técnicos
do antigo BNH, para encontrarmos uma solução que permitisse
resolver os principais problemas da Carim, que eram a inadimplência
e a questão da abertura de novos empréstimos para
quem ainda não teve acesso. Concluído, o projeto foi
aprovado pela Diretoria Executiva no 1º dia de agosto de 2000
e remetido ao Conselho Deliberativo. Infelizmente, ele não
logrou aprovação no Conselho, que nos solicitou estudo
com mais algumas informações sobre capacidade de pagamento,
localização e valor dos imóveis. Tudo isso
foi feito e apresentado aos Conselhos Deliberativo e Fiscal e à
diretoria do Banco, que elogiou muito o trabalho.
Depois de aprovar o trabalho, a diretoria o remeteu novamente ao
Conselho. Mas lá, infelizmente, não houve consenso
para aprová-lo. Assim, nada pode ser feito, uma vez que a
Diretoria Executiva não tem alçada para implantar
ajustes como a redução do saldo devedor para quem
quitar empréstimo, o alongamento do prazo para quem quiser
reduzir prestação, a transferência de imóveis
de contrato para quem não mais quiser.
Outra medida seria um convênio com a Caixa Econômica
Federal para que através de operação conjunta
em letras hipotecárias ou algo semelhante, reabríssemos
o financiamento da Carim para os associados que não foram
atingidos.
Essas são as principais propostas que gostaríamos
de implementar. Estamos no aguardo que o Conselho tome alguma decisão
há um ano e meio. Infelizmente, a inadimplência cresce
e os associados têm cada vez mais dificuldades de pagar. A
Diretoria já fez tudo que era possível fazer. O Conselho
não nos pediu mais informações, mas também
não decidiu.
E a situação
da Capec como está?
O mesmo acontece com a Capec. A Diretoria já aprovou a reestruturação
da Capec e a implantação de novo modelo que desse
sobrevida e aumentasse o valor das indenizações. Incluindo-se
aí a possibilidade do plano dotal misto que é um modelo
de seguro optativo que assegura o recebimento de parte da indenização
em vida. Mesmo a Diretoria aprovando a reestruturação
em março de 1999, o Conselho Deliberativo solicitou pareceres
jurídico e atuarial externos. Os pareceres, favoráveis
às mudanças propostas, foram fornecidos pela Diretoria.
Depois foi solicitado plano de implantação, também
apresentado pela Diretoria. A última decisão do Conselho
foi de agosto de 2001 pedindo para que nada fosse feito sem a sua
prévia autorização. Então, estamos de
mãos amarradas porque não conseguimos implantar a
nova Capec.
Para que a Capec não ficasse em situação de
debilidade, fizemos novo cálculo atuarial que permitiu que
aumentássemos as indenizações até o
limite definido pela lei. Estamos com problema grave no pecúlio
invalidez porque o número de associados com essa opção
de pecúlio, que são aqueles funcionários que
estão na ativa, vem diminuindo, enquanto o número
de acidentes cresce assustadoramente. Hoje, estamos com um pouco
mais de 50 mil associados da ativa no Plano 1, dos quais apenas
cerca de 35 mil têm seguro invalidez. A PREVI paga aproximadamente
370 indenizações por ano, a maioria motivada pela
DORT (Doença Osteomuscular Relacionada ao Trabalho). Essas
pessoas recebem hoje R$ 57 mil de indenização quando
se acidentam. O custo do seguro está ficando cada dia mais
alto.
Quanto ao seguro vida, ele não tem a indenização
maior do que os R$ 57 mil porque a lei não nos permite aumentar.
O seguro vida tem um custo equivalente a 1/3 do custo do mercado.
Ele não tem nenhum acréscimo; é um rateio simples
das mensalidades que, por sua vez, pagam as indenizações.
Além disso, nós conseguimos recuperar alguns rendimentos
da Capec que haviam sido aplicados em conjunto com os recursos do
plano de benefícios, mas cujo rendimento completo não
havia sido repassado para a Capec. Esse valor foi da ordem de R$
27 milhões, que, com mais o replanejamento, nos dá
reserva técnica de aproximadamente R$ 50 milhões.
Isso representa sobrevida para a Capec por mais um bom período,
mesmo na situação atual. A Capec não mais apresenta
déficit. Em 1998, ela apresentou um pequeno déficit.
As indenizações estão sendo pagas em dia. Estamos
implantando a última fase dos sistemas para que o processo
de pagamento seja mais ágil.
Esperamos poder implantar a nova Capec para satisfazer a demanda
de muitos associados e eliminar o risco de inviabilização
da Carteira de Pecúlios. Porém dependemos de uma decisão
do Conselho. Acreditávamos na implantação da
nova Capec até final de 2001, mas, infelizmente, em agosto,
o Conselho nos solicitou que sustássemos qualquer ação
e nós estamos aguardando a orientação/autorização
do Conselho. Basicamente as duas únicas pendências
que existem são a questão da Carim e da Capec, que
não estão na alçada da Diretoria Executiva.
A parte que cabe à Diretoria já está cumprida
há muito tempo.
E a questão
do PAI 45?
O PAI 45 não depende da PREVI. A PREVI já fez a sua
parte: forneceu os números, preparou a base de dados e estruturou
o produto. Mas é um plano que depende do Banco; quem autoriza
é o Banco.
Qual a sua
análise da implantação da paridade?
O modelo de implantação
da paridade na PREVI está sendo estudado por uma universidade
americana como um caso sui generis na história dos fundos
de pensão. Um grupo de professores de uma universidade americana,
a Universidade de Sta. Bárbara, manteve contato comigo para
estudar como foi que a PREVI conseguiu implantar a paridade com
a redução da contribuição do patrocinador,
sem reduzir o benefício dos aposentados, sem aumentar contribuições
e sem gerar déficit. A prova de que o modelo da paridade
é correto do ponto de vista atuarial está no fato
de termos hoje, em função de ações dos
sindicatos de Brasília e de São Paulo, provisão
de aproximadamente R$ 3 bilhões na conta paridade e o déficit
técnico da PREVI em 2001 ser da ordem de R$ 2 bilhões.
O que mais motivou os americanos a estudar o caso é que,
mesmo com a instabilidade econômica que caracterizou o ano
de 2001, o modelo de implantação da paridade mostrou-se
sólido. Se o litígio for resolvido, a PREVI terá
superávit, já que R$ 3 bilhões que estão
provisionados voltariam para as reservas da PREVI. E mais: não
existe nenhuma pendência quanto à paridade. Todos os
associados já estão com suas reservas corrigidas na
proporção 1 X 1.
Com relação
à gestão da PREVI, que mensagem o senhor deixaria
para os associados?
O modelo de gestão compartilhada é uma das experiências
mais ousadas que se pode ter num plano de previdência e eu
diria também que é o mais próximo da perfeição.
Com esse modelo você dá transparência, confiabilidade
e oportunidade de participação, tanto nos riscos quanto
nos benefícios. Mais que tudo, você faz com que a responsabilidade
do patrocinador se dê de forma conjunta com a dos associados.
Não há modelo melhor do que esse. No exterior, esse
modelo é reconhecido. Mas é claro que há pré-requisitos
essenciais: a competência, a dedicação, a abnegação
pelo trabalho, pela missão. Se o patrocinador, os associados
e as autoridades públicas não convergirem para a busca
do melhor, nada será factível. O autoritarismo e a
prepotência são os maiores inimigos das coisas boas.
E reputo à PREVI uma importância ímpar no que
diz respeito à missão e ao propósito, no âmbito
do Brasil e da América Latina. Os trabalhadores brasileiros
têm pouquíssimas coisas para se vangloriar. O exemplo
que mais deu certo foi a PREVI. Talvez por isso, esse exemplo gere
tanta inveja, oposição e descontentamento. A PREVI
é o exemplo materializado de que é possível
fazer previdência de forma honesta e séria, numa ação
conjunta entre trabalhadores e empresas em benefício dos
próprios trabalhadores, da empresa e da sociedade.
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