|nº 146| Nov/Dez 09

Nesta Edição » Capa » Políticas de Investimentos definem grandes linhas a serem seguidas

Resumo das Políticas de Investimentos

Plano 1 deve ampliar investimentos em imóveis

O Plano 1 tem hoje cerca de 62% de seus ativos aplicados em renda variável e pode, pela legislação, chegar até 70%. No entanto, a Política de Investimentos estabelece a faixa de alocação entre 60,2% e 64,4%.

O segmento de renda fixa tem hoje uma perspectiva de redução da remuneração paga pelos títulos públicos e, paralelamente, os títulos privados estão ficando mais atraentes, porque as empresas estão indo ao mercado para se autofinanciar. Esse tipo de papel tem apresentado retorno e liquidez cada vez maiores. A Política deste ano ampliou os limites para investimentos em títulos de renda fixa emitidos por empresas privadas e aprimorou os critérios e parâmetros para investimento nesse segmento.

Atualmente, a PREVI tem cerca de 3% aplicados em imóveis e pretende, como estabelecido pela Política, atingir 5% até 2016. Em termos percentuais, pode parecer pouco, mas dado o grande volume de recursos garantidores do Plano 1, vê-se que, na verdade, é muito. Para aumentar esses 2% ao longo dos próximos seis anos, a premissa utilizada foi de um volume anual de compra de aproximadamente R$ 1 bilhão.

Os investimentos em imóveis estão focados em empreendimentos comerciais padrão A e shoppings centers, sejam novos ou projetos de expansão. O Plano 1 precisa ter uma carteira de imóveis estável e robusta, que possibilite uma receita grande com o recebimento de aluguéis, porque o plano tem passivo previdenciário elevado. Ou seja, por ser um plano maduro, está na fase de pagar mais benefícios do que de arrecadar contribuições. Situação oposta a do PREVI Futuro, um plano jovem, que está, fundamentalmente, em seu período de arrecadação.

PREVI Futuro investirá mais em ações

A Política de Investimentos para 2010 traz, como novidade, a alteração da faixa de aplicação do Perfil PREVI, que antes era de 25% a 35% de aplicações em renda variável e agora passa a ser de 30% a 40% dos recursos garantidores do Plano.

O Perfil PREVI, vale lembrar, é aquele definido anualmente pela Política de Investimentos, no qual todos os participantes do PREVI Futuro estão automaticamente inseridos, a menos que façam a opção por um dos outros três perfis: conservador, moderado ou agressivo.

A motivação para essa elevação da faixa é decorrente da estabilidade econômica, que possibilita a redução da taxa básica de juros (Selic). Aplicando um percentual maior em renda variável, que historicamente, remunera melhor, é possível manter o retorno para, no futuro, pagar melhores benefícios aos participantes. É sempre bom lembrar que se, num primeiro momento, 5% de aumento pode parecer pouco, no longo prazo esse percentual produz significativa diferença. E quando falamos em previdência, sempre temos em mente o longo prazo.

Outra alteração importante é que a carteira de renda variável não precisa mais ficar restrita a ações de empresas que compõem o IBrx-50. Agora, os gestores terão mais opções para a compra e venda de papéis, podendo negociar ações do IBrx (composto por ações de 100 empresas) e de empresas que façam parte do ISE - Índice de Sustentabilidade Empresarial. Além disso, o PREVI Futuro poderá entrar em ofertas iniciais de ações de empresas (os chamados IPO - Initial Public Offering, na sigla em inglês).

No segmento de renda fixa, a política do PREVI Futuro não apresenta diferenças significativas em relação à do Plano 1. No segmento de imóveis, o PREVI Futuro também segue o Plano 1, com o foco em adquirir fatias menores em empreendimentos nos quais o Plano já participa , visando chegar, até 2016, a 5% dos recursos garantidores. O crescimento nesse segmento deve ser gradual porque o volume de recursos é limitado. Os investimentos tendem a ser mais pulverizados, por segurança. Considerando o momento do
Plano, que está ainda montando sua carteira de imóveis, e seu patrimônio, vale o raciocínio de que é menos arriscado e mais rentável, por exemplo, ter uma pequena fatia de um grande empreendimento em que o Plano 1 já participa do que 80% de um imóvel pequeno.

Plano Capec também ganha mais opções de investimento

Em função das taxas de juros terem sido reduzidas e manterem-se estáveis, é preciso dar mais opções de investimento para os recursos da Capec. Nos últimos anos, a Capec pôde reduzir o prêmio e aumentar os pecúlios pagos, tornando-se um dos planos mais atraentes do mercado. Para manter essa atratividade para os participantes, a rentabilidade do fundo tem que ser boa.

Para isso, a Política agora permite que o fundo Capec faça investimentos em títulos privados de renda fixa, ou seja, aqueles emitidos por empresas. Antes, só era possível aplicar em títulos públicos ou emitidos por instituições fi nanceiras, considerados de menor risco.

Ainda é cedo para investimentos externos

Como a possibilidade de investir no exterior foi aberta apenas recentemente pela Resolução 3.792, ainda é preciso aprofundar os estudos no decorrer do próximo ano antes de propor a experiência inicial no segmento. Por isso, a Política para 2010 não contempla essa modalidade.

Veja a Política de Investimentos no site

Para conhecer a Política de Investimentos de cada plano, você também pode acessar o site da PREVI, clicar na aba Investimentos e depois na opção Política de Investimentos.

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