Resumo das Políticas
de Investimentos
Plano 1 deve ampliar investimentos em imóveis
O Plano 1 tem hoje cerca de 62% de seus ativos
aplicados em renda variável e pode, pela legislação,
chegar até 70%. No entanto, a Política de
Investimentos estabelece a faixa de alocação entre
60,2% e 64,4%.
O segmento de renda fixa tem hoje uma
perspectiva de redução da remuneração paga
pelos títulos públicos e, paralelamente, os títulos
privados estão ficando mais atraentes, porque
as empresas estão indo ao mercado para se autofinanciar. Esse tipo de papel tem apresentado
retorno e liquidez cada vez maiores. A Política
deste ano ampliou os limites para investimentos
em títulos de renda fixa emitidos por empresas
privadas e aprimorou os critérios e parâmetros
para investimento nesse segmento.
Atualmente, a PREVI tem cerca de 3% aplicados
em imóveis e pretende, como estabelecido pela
Política, atingir 5% até 2016. Em termos percentuais,
pode parecer pouco, mas dado o grande
volume de recursos garantidores do Plano 1, vê-se
que, na verdade, é muito. Para aumentar esses
2% ao longo dos próximos seis anos, a premissa
utilizada foi de um volume anual de compra de
aproximadamente R$ 1 bilhão.
Os investimentos em imóveis estão focados em
empreendimentos comerciais padrão A e shoppings
centers, sejam novos ou projetos de expansão.
O Plano 1 precisa ter uma carteira de imóveis estável
e robusta, que possibilite uma receita grande
com o recebimento de aluguéis, porque o plano
tem passivo previdenciário elevado. Ou seja, por
ser um plano maduro, está na fase de pagar mais benefícios do que de arrecadar contribuições. Situação
oposta a do PREVI Futuro, um plano jovem,
que está, fundamentalmente, em seu período de
arrecadação.
PREVI Futuro investirá mais em ações
A Política de Investimentos para 2010 traz,
como novidade, a alteração da faixa de aplicação
do Perfil PREVI, que antes era de 25% a 35% de
aplicações em renda variável e agora passa a ser de
30% a 40% dos recursos garantidores do Plano.
O Perfil PREVI, vale lembrar, é aquele definido
anualmente pela Política de Investimentos, no
qual todos os participantes do PREVI Futuro estão
automaticamente inseridos, a menos que façam a
opção por um dos outros três perfis: conservador,
moderado ou agressivo.
A motivação para essa elevação da faixa é
decorrente da estabilidade econômica, que possibilita
a redução da taxa básica de juros (Selic).
Aplicando um percentual maior em renda variável,
que historicamente, remunera melhor, é
possível manter o retorno para, no futuro, pagar
melhores benefícios aos participantes. É sempre
bom lembrar que se, num primeiro momento,
5% de aumento pode parecer pouco, no longo
prazo esse percentual produz significativa diferença.
E quando falamos em previdência, sempre
temos em mente o longo prazo.
Outra alteração importante é que a carteira
de renda variável não precisa mais ficar restrita
a ações de empresas que compõem o IBrx-50.
Agora, os gestores terão mais opções para a compra
e venda de papéis, podendo negociar ações
do IBrx (composto por ações de 100 empresas)
e de empresas que façam parte do ISE - Índice
de Sustentabilidade Empresarial. Além disso, o
PREVI Futuro poderá entrar em ofertas iniciais
de ações de empresas (os chamados IPO - Initial
Public Offering, na sigla em inglês).
No segmento de renda fixa, a política do PREVI
Futuro não apresenta diferenças significativas em
relação à do Plano 1. No segmento de imóveis, o
PREVI Futuro também segue o Plano 1, com o
foco em adquirir fatias menores em empreendimentos nos quais o Plano já participa , visando
chegar, até 2016, a 5% dos recursos garantidores.
O crescimento nesse segmento deve ser gradual
porque o volume de recursos é limitado. Os
investimentos tendem a ser mais pulverizados,
por segurança. Considerando o momento do
Plano, que está ainda montando sua carteira
de imóveis, e seu patrimônio, vale o raciocínio
de que é menos arriscado e mais rentável, por
exemplo, ter uma pequena fatia de um grande
empreendimento em que o Plano 1 já participa
do que 80% de um imóvel pequeno.
Plano Capec também ganha mais
opções de investimento
Em função das taxas de juros terem sido reduzidas
e manterem-se estáveis, é preciso dar
mais opções de investimento para os recursos
da Capec. Nos últimos anos, a Capec pôde reduzir
o prêmio e aumentar os pecúlios pagos,
tornando-se um dos planos mais atraentes do
mercado. Para manter essa atratividade para os
participantes, a rentabilidade do fundo tem que
ser boa.
Para isso, a Política agora permite que o fundo
Capec faça investimentos em títulos privados de
renda fixa, ou seja, aqueles emitidos por empresas.
Antes, só era possível aplicar em títulos públicos
ou emitidos por instituições fi nanceiras, considerados
de menor risco.
Ainda é cedo para investimentos
externos
Como a possibilidade de investir no exterior foi
aberta apenas recentemente pela Resolução 3.792,
ainda é preciso aprofundar os estudos no decorrer
do próximo ano antes de propor a experiência
inicial no segmento. Por isso, a Política para 2010
não contempla essa modalidade.
Veja a Política de Investimentos no site
Para conhecer a Política de Investimentos de
cada plano, você também pode acessar o site da
PREVI, clicar na aba Investimentos e depois na
opção Política de Investimentos. |