Chegamos ao final de 2009. Um ano que começou com uma das mais elevadas
taxas de incerteza e talvez de pessimismo que já vimos. Em janeiro havia
poucos que arriscavam uma previsão mais clara do que poderia acontecer,
e o tom predominante era de muita cautela. Os mais pessimistas falavam
na possibilidade de um aprofundamento ainda maior da recessão ou até da
recessão evoluir para uma estagfl ação. Os mais otimistas viam possibilidade
de retomada no fim do ano, de forma lenta.
Não me lembro de nenhum analista que tivesse previsto que a economia
brasileira chegaria ao final de 2009 sinalizando crescimento de 5% ou 6%
para o ano seguinte, com a criação de 1,3 milhão de novos empregos e a bolsa
batendo 68.000 pontos, rendendo quase 80% em 12 meses.
Foi um ano fantástico. Saímos do fundo do poço
para o melhor momento da economia brasileira.
Para quem precisa do reconhecimento internacional
para confirmar o que está ocorrendo, a edição
de novembro da revista The Economist (uma
das mais conceituadas entre a comunidade de
negócios no mundo) trouxe a capa com o Cristo
Redentor transformado em foguete: “O Brasil
decola”, diz a revista.
Foi uma experiência também importante
para a reflexão de todos. Assim como em 2008
saímos do 80 para o 8, ou seja, de um tremendo
otimismo para uma crise sem precedentes,
2009 também marcou uma inflexão difícil de
prever, ainda bem que no sentido inverso. A experiência desses dois anos só reforça a idéia de que devemos adotar estratégias olhando sobretudo para o
longo prazo, e que não devemos nos apavorar demais nem nos deixarmos
influenciar pelo entusiasmo.
A boa e importante notícia para esse planejamento de longo prazo é a confirmação de uma análise – esta sim feita por alguns no calor dos acontecimentos – de que o Brasil sairia mais forte ainda da crise. Essa previsão, que para
alguns parecia arrogância ou loucura, hoje é compartilhada por quase todos.
A gestão da política econômica durante a crise vem merecendo aplausos, e o
governo vem sustentando medidas que animam ainda mais os investimentos e
os negócios. Aquilo que sempre foi um desejo e uma esperança parece que vai
se transformando em realidade: o Brasil pode romper com seu atraso histórico
e transformar-se num país mais justo e próspero.
Para a PREVI tudo isso teve um efeito muito positivo. Se em 2008 conseguimos
nos equilibrar e perder menos do que uma crise daquele tamanho
poderia indicar, em 2009 nos recuperamos em linha com as oportunidades
que surgiram. Além da revalorização das ações, novos esforços foram feitos
para corrigir e incrementar empresas e carteiras, e temos certeza de que vamos
poder apresentar boas notícias quando nosso balanço do ano fi nalmente fechar.
Por todas essas razões, gostaríamos de dar o nosso abraço aos associados
e desejar-lhes Feliz Natal e um excelente Ano Novo.
Um abraço, Sérgio Rosa |