|nº 145| Out 09

Nesta Edição » Melhores Práticas » Governança corporativa também para imóveis

Condomínios e convenções

As relações entre os coproprietários são reguladas por convenções, nas quais também devem estar claras, conforme orienta o código, as regras para realização de expansões, reformas e prestações de contas.

O código também dispõe sobre a necessidade de se formalizar acordos para que questões como vendas em conjunto sejam plenamente informadas a todos os coproprietários. Àquele que se sentir prejudicado por alguma regra vigente, sugere recorrer à assembleia, com as devidas fundamentações de sua demanda, para requerer alterações na convenção.

São exemplos de sugestões do código que estão fundamentadas na necessidade de planejamento, aplicáveis aos casos de reformas ou de investimentos para modernização, por exemplo. Sugere que a periodicidade mínima dos planejamentos seja de dois anos, de forma a não comprometer os fluxos de caixa dos coproprietários.

Conselhos

Os shoppings estão em destaque no exemplo porque uma parte daqueles em que a PREVI detém participação direta está passando ou passou por reformas. Em 2008/2009, por exemplo, os aportes para expansão de empreendimentos do gênero alcançaram R$ 69,16 milhões. A esse valor somam-se cerca de R$ 30 milhões destinados à revitalização neste ano.

O código também sugere a previsão de órgãos de governança, a exemplo de conselhos consultivos ou fiscais, não deliberativos, que podem prestar assessoria aos proprietários nas assembleias de condôminos. A esses conselhos caberia fiscalizar atividades dos síndicos e administradores, por exemplo, com exames de contas, relatórios e comprovantes. Os conselhos também podem ser acionados para dar pareceres no caso de despesas extraordinárias, bem como sobre os orçamentos apresentados pelos administradores.

Seletividade

Para muitos analistas, um novo boom do mercado imobiliário está às portas, já nos anos de 2010 e 2011. Previsões podem não se concretizar, mas o próprio movimento de grandes investidores institucionais indica que esse é um setor que acena com bons retornos.

Na ressaca da crise, o volume ainda é menor que no ano passado, mas a tendência é promissora. Também como decorrência da crise, os investimentos deverão ser mais selecionados e mais bem avaliados do ponto de vista do risco. Nesse sentido, o código da PREVI é um aceno positivo para o mercado, uma vez que propõe boas referências de governança corporativa para os empreendimentos. “O setor imobiliário precisa se capitalizar”, lembra o diretor Joilson Ferreira. “É necessário não apenas trazer novos investidores, mas também dar segurança a eles nas decisões sobre investimentos. Essas podem ser contribuições importantes do Código da PREVI”.

Para conhecer a íntegra do Código acesse o site da PREVI seção Investimentos>Governança e no menu lateral direito clique em Códigos de Governança

A responsabilidade socioambiental no código da PREVI
Práticas recomendadas

  • Utilizar tecnologias na construção dos imóveis que evitem maior consumo de água e energia
  • Utilizar material construtivo obtido por meio de reciclagem
  • Prever cada vez mais áreas verdes nos projetos de construção
  • Promover a diversidade na seleção e contratação de funcionários dos empreendimentos
  • Promover boas condições de trabalho e segurança
  • Combater o trabalho infantil, o assédio, a corrupção e a propina na gestão dos investimentos de base imobiliária

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