Muitas agendas na atuação
dos conselheiros
A existência de padrões na atuação dos conselheiros é um debate que sempre mobiliza os participantes
dos encontros. Em pauta estão a diversificação
das agendas das empresas – que passam a incorporar
questões ambientais e de responsabilidade
social, por exemplo – e a complexidade das informações
e demonstrações financeiras, que cresce na
mesma medida em que aumenta a responsabilidade
dos administradores. Para o consultor Fernando
Lohmann, da Fesa Consultoria, palestrante do
Encontro, “não é possível manualizar papéis” de
conselheiros e não existe uma ciência exata para
lidar com a atuação deles nas empresas. Para Lohmann, “os conselheiros devem amadurecer seus
olhares sobre a contribuição que podem oferecer
para o futuro do planeta, em detrimento do restrito
aspecto financeiro-econômico”.
No encerramento do Encontro, Sérgio Rosa,
presidente da PREVI, lembrou que a governança é
discutida na PREVI há 10 anos. Destacou a importância
crescente do tema, mas disse que a ideia não
é pedir aos conselheiros que assimilem e se tornem
especialistas em todos os campos do conhecimento
debatidos no Encontro. Porém, é importante saber
como os assuntos se complementam e como exigem
atenção permanente por parte de quem participa da
vida das organizações.
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Algumas linhas mestras
da governança corporativa
- Uma ação, um voto: o mercado evolui no sentido
de que as empresas tenham bem mais ações ordinárias,
com direito a voto, do que preferenciais – ou tenham somente ações ordinárias. Passo
importante para que minoritários tenham direitos
semelhantes ao do acionista controlador, na hora
das decisões.
- Maior equilíbrio entre participação econômica dos
investidores no capital e poder de controle.
- Qualidade e transparência das informações nas
pautas das assembléias
Instalação de órgãos importantes de controles
internos: conselhos fiscais e auditorias com grau
elevado de independência.
- Conselhos de administração atuantes, com composição,
autonomia e capacidade de exercer em
plenitude os seus objetivos. Os conselhos de
administração são obrigatórios em companhias
de capital aberto.
- Existência de instrumentos que garantam divulgação
ampla, igualitária e simultânea das informações
a todos os acionistas.
- Garantia, para os minoritários, de direitos de venda
conjunta com o controlador, nos casos de transferência
de controle da companhia. O comprador
fará oferta pelas ações ordinárias de minoritários,
correspondente a 80% do valor oferecido pelas
ações do controlador. É o chamado tag along.
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