Na trilha da Renda Variável
O lançamento dos Perfis de investimento colocou o termo Renda
Variável no dia a dia dos participantes do PREVI Futuro. Nesta
edição, a ideia é entender um pouco mais sobre algumas das
características desse tipo de investimento, como a importância
do longo prazo, a relação entre risco e retorno e as oscilações
nos valores dos ativos desse segmento.
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Mercados de ações
Os negócios no segmento de ações podem
sinteticamente ser divididos em dois mercados:
o primário, em que ocorrem ofertas públicas de
ações, pelas quais as empresas se capitalizam, e o
secundário, que apresenta transações entre compradores
e vendedores de papéis, sem alterações
financeiras de curto prazo nas empresas.
No primário, os investidores subscrevem ações,
e o produto dessa subscrição é revertido para as
companhias. Essa é uma forma pela qual as empresas
buscam recursos para executar projetos de
investimento. Mas não é só: hoje as empresas não
podem depender apenas de recursos próprios para
financiar sua expansão e há uma série de instrumentos
financeiros pelos quais elas podem captar.
Uma parte delas “abre o capital” e busca recursos por
meio do lançamento de novas ações no mercado,
que podem ser subscritas por novos acionistas.
Os gestores investem em ações com estratégias
de curto e de longo prazos, aproveitando bons
momentos de compra e venda ou carregando os
papéis por bom período de tempo, na expectativa
de que eles se valorizem com o crescimento das
empresas.
Os fundos de pensão conciliam essas estratégias
de maneira a fazer render o patrimônio dos planos
que administram e conforme as características de
cada plano. Mas, pela natureza dessas instituições,
seus compromissos são de longo prazo. Como investidores
institucionais, os fundos de pensão estão
sempre no mercado de ações. Pela lei, os limites
de suas aplicações nos segmentos, inclusive Renda
Variável, são compulsórios, e obedecem a normas
de composição e diversifi cação de suas carteiras.
Longo prazo
Em tese, uma boa empresa tende a crescer e
proporcionar a valorização de suas ações com base
nos fundamentos econômicos que constrói em
sua existência. A forma mais segura de obter bons
retornos é ter papéis de empresas bem geridas, sem
que no horizonte esteja a necessidade premente de
negociar no curto prazo. Daí a importância de um
bom gestor, que irá selecionar ações como forma
de tentar garantir resultados.
Os gráficos a seguir, demonstram melhor a importância
de se avaliar o desempenho de ativos da
Renda Variável no longo prazo:
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Essa “fotografia” mostra, em uma “janela” bem ampla, de 15
anos, a trajetória de valorização de ações da vale (vale5),
conforme valores de fechamento do último dia útil de cada
ano.observe os ganhos do investidor no prazo mais longo,
apesar das perdas em 2008 (no destaque, reproduzido abaixo).
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No trecho em destaque, com escala mensal, temos o extremo
da valorização, em meados de 2008, e a forte queda do preço
da ação no período mais agudo da crise econômica mundial.
são fotografias do desempenho da ação de uma empresa
que demonstram o ambiente de volatilidade da bolsa, com
seus altos e baixos, e o equívoco de se tentar tirar conclusões
sobre o desempenho do papel com base na leitura de um
período mais curto. |
O objetivo é demonstrar ao participante do
PREVI Futuro, o qual ainda tem um longo período
de acumulação pela frente, que podem ocorrer
distorções maiores nas análises de curto prazo. |