Daqui para frente
O desafio que se coloca aos gestores de todos os
fundos de pensão – não apenas da PREVI – é o
de equilibrar liquidez, rentabilidade e segurança.
Com os juros básicos da economia abaixo dos
10% ao ano, fica mais difícil obter de retorno nos
investimentos o índice atuarial de 5,75% acima
da inflação.
Por exemplo, hoje a taxa Selic, que rege a economia,
está em 8,75% a.a. Vamos supor que o IPCA,
que mede a inflação, esteja em 5% a.a. Nosso índice
atuarial é de 5,75% a.a. Portanto, temos que fazer
com que nossos investimentos rendam, ao menos,
10,75% a.a., o que requer estratégia, negociação e
aproveitamento pleno de oportunidades para que
a rentabilidade supere os 8,75% da taxa básica.
Por isso, até mesmo o índice atuarial é revisto
todos os anos. Na PREVI, houve redução da taxa de 6% em 2007 para os atuais 5,75% ao ano. Reduzir
a taxa atuarial é uma medida conservadora
que eleva o valor da Reserva Matemática e protege
o plano. Desse modo, é preciso provisionar no
Balanço um valor maior para pagamentos futuros
dos benefícios e pensões. Com isso, o superávit e
suas eventuais utilizações diminuem. O objetivo é assegurar a perpetuação do plano.
O cenário atual sugere mudanças nos investimentos,
já propostas nas políticas deste ano. Com
perspectivas de menores rentabilidades, há uma
tendência generalizada de aumentar o apetite por
ativos com maior teor de risco. Na dinâmica do
mercado financeiro, quanto maior o risco, maior
tende a ser a remuneração.
Diversificar é também decisivo. Como não oferecem
a mesma remuneração de antes, não se pode
concentrar os investimentos somente em títulos
públicos de Renda Fixa. Opções como private
equity e venture capital, que são fundos de investimento
estruturados como se fossem “condomínios
fechados”, além das muitas possibilidades em
Renda Variável, também são estudadas.
Nesse contexto, é oportuno o lançamento dos
perfis de investimento para os participantes do
PREVI Futuro. Aqueles que desejarem poderão
escolher os percentuais de suas reservas aplicados
em Renda Variável.
Outra novidade é a ampliação do limite para
investimentos em imóveis. No ano passado, com
rentabilidade de 21,61%, a carteira de imóveis
foi a que obteve o melhor resultado. A tendência
permanece em alta para essa carteira.
Leia mais sobre as novidades nas políticas de
investimento dos dois planos na edição nº 140,
de maio deste ano, da Revista PREVI, que trouxe
ampla matéria sobre o assunto. O conteúdo também
está disponível no site.
Pronta para os desafios
Com experiência consolidada e postura inovadora
ao longo de sua história, a PREVI está bem
preparada para enfrentar o desafio dos novos
tempos, quando a gestão do portfólio de investimentos
será muito mais exigida.
Mas não pode descansar sobre louros das conquistas.
A atualização deve ser constante. Nesse
sentido, a PREVI realizará o 1º Fórum de Discussão
sobre Políticas de Investimento, onde serão
debatidos cenários macroeconômicos de longo
prazo, estratégias dos fundos de pensão e até
mesmo o marco regulatório que hoje estabelece
como limite para investimentos em Renda Variável
o patamar de 50% dos recursos garantidores de
um plano de previdência.
Com os juros no atual patamar, torna-se mais
do que nunca imprescindível fazer análises setoriais
ainda mais profundas e projetar diferentes
cenários para embasar as decisões de investimento
diversificadas e, até mesmo, mais ousadas.
A PREVI continuará trabalhando em busca de
boas rentabilidades e de liquidez, sem descuidar
jamais da segurança. Afinal, proporcionar segurança
por toda a vida aos seus participantes é razão
de ser de um fundo de pensão. |