|nº 142| Jul 09

Nesta Edição » Segurança nos investimentos » Redução de juros traz novos desafios

Daqui para frente

O desafio que se coloca aos gestores de todos os fundos de pensão – não apenas da PREVI – é o de equilibrar liquidez, rentabilidade e segurança. Com os juros básicos da economia abaixo dos 10% ao ano, fica mais difícil obter de retorno nos investimentos o índice atuarial de 5,75% acima da inflação.

Por exemplo, hoje a taxa Selic, que rege a economia, está em 8,75% a.a. Vamos supor que o IPCA, que mede a inflação, esteja em 5% a.a. Nosso índice atuarial é de 5,75% a.a. Portanto, temos que fazer com que nossos investimentos rendam, ao menos, 10,75% a.a., o que requer estratégia, negociação e aproveitamento pleno de oportunidades para que a rentabilidade supere os 8,75% da taxa básica.

Por isso, até mesmo o índice atuarial é revisto todos os anos. Na PREVI, houve redução da taxa de 6% em 2007 para os atuais 5,75% ao ano. Reduzir a taxa atuarial é uma medida conservadora que eleva o valor da Reserva Matemática e protege o plano. Desse modo, é preciso provisionar no Balanço um valor maior para pagamentos futuros dos benefícios e pensões. Com isso, o superávit e suas eventuais utilizações diminuem. O objetivo é assegurar a perpetuação do plano.

O cenário atual sugere mudanças nos investimentos, já propostas nas políticas deste ano. Com perspectivas de menores rentabilidades, há uma tendência generalizada de aumentar o apetite por ativos com maior teor de risco. Na dinâmica do mercado financeiro, quanto maior o risco, maior tende a ser a remuneração.

Diversificar é também decisivo. Como não oferecem a mesma remuneração de antes, não se pode concentrar os investimentos somente em títulos públicos de Renda Fixa. Opções como private equity e venture capital, que são fundos de investimento estruturados como se fossem “condomínios fechados”, além das muitas possibilidades em Renda Variável, também são estudadas.

Nesse contexto, é oportuno o lançamento dos perfis de investimento para os participantes do PREVI Futuro. Aqueles que desejarem poderão escolher os percentuais de suas reservas aplicados em Renda Variável.

Outra novidade é a ampliação do limite para investimentos em imóveis. No ano passado, com rentabilidade de 21,61%, a carteira de imóveis foi a que obteve o melhor resultado. A tendência permanece em alta para essa carteira.

Leia mais sobre as novidades nas políticas de investimento dos dois planos na edição nº 140, de maio deste ano, da Revista PREVI, que trouxe ampla matéria sobre o assunto. O conteúdo também está disponível no site.

Pronta para os desafios

Com experiência consolidada e postura inovadora ao longo de sua história, a PREVI está bem preparada para enfrentar o desafio dos novos tempos, quando a gestão do portfólio de investimentos será muito mais exigida.

Mas não pode descansar sobre louros das conquistas. A atualização deve ser constante. Nesse sentido, a PREVI realizará o 1º Fórum de Discussão sobre Políticas de Investimento, onde serão debatidos cenários macroeconômicos de longo prazo, estratégias dos fundos de pensão e até mesmo o marco regulatório que hoje estabelece como limite para investimentos em Renda Variável o patamar de 50% dos recursos garantidores de um plano de previdência.

Com os juros no atual patamar, torna-se mais do que nunca imprescindível fazer análises setoriais ainda mais profundas e projetar diferentes cenários para embasar as decisões de investimento diversificadas e, até mesmo, mais ousadas.

A PREVI continuará trabalhando em busca de boas rentabilidades e de liquidez, sem descuidar jamais da segurança. Afinal, proporcionar segurança por toda a vida aos seus participantes é razão de ser de um fundo de pensão.

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