Todo Fundo de Pensão tem a obrigação de adotar as melhores práticas
possíveis para gerir os recursos dos seus participantes. Isto envolve algumas
habilidades diferentes de outros gestores de recursos, como bancos e fundos
de investimento.
A primeira diferença é que a poupança previdenciária é de longo prazo, e
essa característica deve ser explorada em favor dos participantes. Enquanto
gestores de fundos comuns precisam se preocupar em manter liquidez quase
diária (pois os cotistas desses fundos podem resolver sacar o dinheiro de uma
hora para outra), um fundo de pensão pode buscar alternativas sem tanta
liquidez, almejando, em troca, mais rentabilidade ou mais segurança. A liquidez
precisa ser monitorada apenas para os prazos de vencimento dos passivos
previdenciários, ou seja, para o pagamento de aposentadorias.
Outra diferença é que normalmente os fundos de investimentos são especializados
em algum segmento do mercado, tais como fundos de Renda Fixa, de
ações, de empresas específicas (embora haja alguns classificados como multimercados,
que têm possibilidade de investir em diferentes classes de ativos).
Já um Fundo de Pensão tem entre suas diretrizes a busca da diversificação dos
investimentos. A diversifi cação funciona como uma das principais ferramentas
de gestão de risco (ao investir em diferentes segmentos do mercado tenta-se
fugir do risco de que um segmento específico apresente problemas e quebre o
fundo por excesso de concentração em um único lugar) e também como uma
forma de buscar maiores retornos, ao identificar diferentes segmentos que
apresentam atratividade adequada.
Para gerir os recursos dos participantes, os administradores dos fundos de
pensão devem também observar uma regra de natureza geral, que se chama “dever fiduciário”. É um conceito que traduz o seguinte: o administrador deve
cuidar do dinheiro dos outros (os participantes) com a mesma cautela e nível
de atenção com que cuidaria dos seus próprios recursos, sabendo, no entanto,
que os recursos não são seus. Portanto, as suas ações não podem emergir de
simples atos de vontade, mas do uso das melhores práticas e metodologias de
investimento, a fim de preservar o capital “dos outros”.
Baseado nestes conceitos – longo prazo, diversificação, gestão de risco, busca
de rentabilidade, liquidez nos prazos previstos e dever fiduciário – é que a PREVI
discute a cada ano a sua Política de Investimento para cada Plano de Benefício
que administra, definindo onde e como alocar os recursos.
Tudo que foi dito acima tem o intuito de reafirmar nosso compromisso
com a boa gestão dos recursos dos participantes, que entendemos ser uma
das nossas maiores obrigações. Isso significa que, ao apresentarmos aos participantes
do Plano PREVI Futuro o direito de escolher entre diferentes Perfis
de Investimento (como vocês verão nesta edição), não estamos abrindo mão
de nossa responsabilidade, mas apenas oferecendo mais uma alternativa aos
participantes que queiram orientar a aplicação do seu saldo de conta de forma
mais próxima às suas próprias características de investidor.
Leiam com atenção, pensem bem e, se desejarem, façam suas escolhas.
Um abraço, Sérgio Rosa |