|nº 142| Jul 09

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Renda Variável

a) Segmento representado, sobretudo, pelas ações, que são pequenas frações do capital das empresas.
b) Grande diversidade de papéis agrupados em ações ON (com direito a voto nas assembleias de acionistas) e PN (prioridade na distribuição de dividendos).
c) O desempenho dos papéis é monitorado por índices com variações diárias no mercado, e que podem oscilar bastante no curto prazo.
d) No longo prazo, as ações tendem a render mais que os juros de mercado. Mas a imprevisibilidade está na essência da Renda Variável.
e) As avaliações do desempenho da Renda Variável só fazem sentido num longo período. O longo prazo é determinante nas opções por maiores ou menores alocações nesse segmento.

Exemplos de títulos de Renda Variável

Ações
Cotas de fundos de investimento em ações
Cotas de fundos de investimento em participações, FIPs, destinados à capitalização de empresas, chamados de Private Equity (empresas de maior porte) e Venture Capital (pequenas e médias empresas emergentes)

Renda Variável

O denominador comum dos papéis desse segmento é a incerteza sobre ganhos futuros, ou seja, o risco envolvido nas operações. Não existe, como na Renda Fixa, uma rentabilidade pactuada entre investidores e emissores, em prazos conhecidos. A Renda Variável é principalmente composta de ações de empresas negociadas em bolsas de valores e é caracterizada por variações diárias nos preços dos papéis. A rentabilidade vem da valorização das ações, além dos ganhos decorrentes do pagamento de dividendos.
Quando um investidor compra ações, ele adquire uma fração do capital de uma empresa. As ações podem ser de vários tipos, sendo os grupamentos principais as ações ON (ações ordinárias, com direito a voto nas assembleias de acionistas da empresa) e PN (ações preferenciais, sem direito a voto, mas com preferência na hora de receber dividendos).

Oscilações

Uma das maneiras mais comuns de acompanhar as variações dos papéis da Renda Variável nas bolsas são os índices. Entre eles, o Ibovespa, Índice da Bolsa de Valores de São Paulo. O Ibovespa é composto pelas ações mais negociadas na Bolsa. Ao longo do dia, alguns desses papéis perdem e ganham valor nas negociações que ocorrem no pregão eletrônico.

O crescimento ou diminuição do Ibovespa é expresso em unidades chamadas pontos. Em maio de 2008, o Ibovespa atingiu um pico de mais de 72mil pontos. Em outubro, com a crise econômica mundial, essa marca tinha caído para menos de 29 mil. Ou seja, uma diferença significativa para um intervalo de seis meses. No momento em que este texto estava sendo redigido, em julho, o Ibovespa já tinha voltado ao patamar dos 52 mil pontos. O exemplo mostra como as oscilações são grandes na Renda Variável.

Mas o Plano de Benefícios 1, o maior e mais antigo da PREVI, com patrimônio de cerca de R$ 120 bilhões, tem boa parte (cerca de 60%) de seus recursos garantidores investidos em Renda Variável. Hoje, a PREVI tem participação em praticamente todas as grandes empresas do Brasil. No total, são mais de 80 empresas participadas. A Renda Variável, no Plano 1, foi a principal responsável pelos superávits registra dos pelo Plano nos últimos anos. Superávits que resistiram bem durante o período mais intenso da crise econômica.

No PREVI Futuro, cerca de 25% dos recursos estão alocados no segmento Renda Variável. A parcela investida em Renda Fixa é de mais de 66%, mas já foi quase a totalidade dos recursos do Plano durante os seus primeiros 10 anos de vida, completados em 2008. O aumento da parcela de Renda Variável deu um salto no ano passado, com base na alteração do limite de investimento em RV de 10% para limites entre 26% e 30%, conforme a Política de Investimentos aprovada pela Diretoria Executiva e pelo Conselho Deliberativo em dezembro de 2007 (veja matéria sobre a Política de Investimentos na edição de maio da Revista PREVI).

Risco é para ser administrado

O risco está associado às escolhas que fazemos. Tem a ver com a forma pela qual tomamos decisões e optamos por alternativas. Em algumas opções, é possível saber mais sobre a probabilidade de um resultado. Em outras não, e aí entra a incerteza. Quanto maior a incerteza, maior o risco.

Pessoas e instituições querem reduzir ao máximo as incertezas, quando se trata de alocar recursos. Mas nos investimentos a rentabilidade pode funcionar como espécie de “recompensa” por riscos assumidos em escolhas onde a incerteza econômica é maior. A tendência é haver recompensa pelo risco, em termos de rentabilidade, mas não há garantia de espécie alguma sobre esse retorno.

Em qualquer dos Perfis oferecidos, há um tipo de risco envolvido. O grau desse risco depende do segmento – Renda Fixa ou Renda Variável – em que será aplicado percentual maior do saldo de conta do participante. Na PREVI, uma boa gestão dos ativos, ferramentas adequadas, experiência e responsabilidade com os recursos dos participantes tendem a fazer o equilíbrio necessário entre riscos e recompensas.

Esses fatos, aliados a um bom conjunto de informações e à possibilidade de contar com o longo prazo para balancear riscos, são atributos que ajudam a dar mais tranquilidade ao participante que quiser optar.

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