|nº 142| Jul 09

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Renda Fixa

Os títulos de Renda Fixa remuneram o investidor em condições (taxas, prazos) que podem ser definidas previamente. A Renda Fixa pode ser entendida como uma espécie de empréstimo que o investidor faz para o agente emissor do título: um banco, uma empresa ou o próprio Tesouro Nacional. Os títulos mais negociados no Brasil e nas carteiras do PREVI Futuro são os títulos públicos federais, emitidos pelo Tesouro.

Exemplos de títulos de Renda Fixa

Públicos
Títulos públicos federais

Privados
CDB
Debêntures
Notas Promissórias
FIDC – Fundos de Investimento em Direitos
Creditórios

Renda Fixa

Segurança, facilidade e previsibilidade são os pilares da Renda Fixa. No entanto, apesar de conceitualmente parecer simples, a Renda Fixa envolve uma grande variedade de opções entre classes de títulos, prazos e modalidades de pagamento dos juros.

É possível dizer que a Renda Fixa se equipara a um empréstimo. No caso dos títulos públicos, quem investe “empresta” ao Governo. Os governos precisam captar recursos para fi nanciar ações previstas no orçamento público. Para isso, pagam juros aos investidores que colocam títulos públicos no seu portfólio.

Debêntures e notas promissórias são exemplos de títulos de dívida privados, de emissão das empresas (as tomadoras do “empréstimo”) quando essas precisam refi nanciar dívidas, por exemplo, ou levantar recursos para grandes projetos. Já os CDB (Certificados de Depósitos Bancários) são uma forma dos bancos se financiarem.

O risco na Renda Fixa está basicamente na possibilidade de não receber o montante investido, caso os bancos, empresas ou o próprio Governo não honrem seus compromissos. Ou seja, um risco pequeno, especialmente no caso dos títulos públicos federais, de emissão do Tesouro Nacional, muito demandados pelos investidores brasileiros.

Pré e pós-fixados

Uma das diferenças principais entre os títulos da Renda Fixa é a possibilidade de que eles sejam remunerados a taxas pré ou pós-fixadas. Nos prefixados, o investidor sabe antecipadamente o rendimento que poderá receber após o prazo em que “emprestará” os seus recursos.

Quando as taxas são pós-fixadas, os rendimentos normalmente estarão atrelados a algum índice que não pode ser definido previamente como, por exemplo, o CDI (ou DI, na nomenclatura mais corrente) – Certificado de Depósito Interbancário – referente às taxas praticadas nos empréstimos que os grandes bancos fazem entre si. O CDB de um grande banco, por exemplo, pode pagar bem mais que 100% do CDI para um investidor institucional, como a PREVI. Ou a remuneração dos títulos pode ser composta de juros, acima da inflação medida por um indicador que varia, como o IPCA, por exemplo.

O Relatório Anual 2008 da PREVI traz os relatos sobre a gestão das carteiras de Renda Fixa dos planos de benefícios, em dois momentos que marcaram 2008. No primeiro, com a inflação no horizonte, o Copom iniciou um movimento de alta da taxa Selic, fato que influenciou de forma negativa o valor de títulos prefi xados. No segundo momento, com a perspectiva de recessão que veio no rastro da crise, a expectativa de queda dos juros, no curto prazo, valorizou os títulos com taxas prefixadas.

Hoje, no Plano PREVI Futuro, cerca de 70% dos recursos estão investidos em Renda Fixa, principalmente títulos públicos. Eles são divididos em carteiras com títulos que podem ser vendidos antes do vencimento, conforme as oportunidades do mercado (títulos públicos para negociação) e carteiras de títulos de longo prazo, que serão mantidos até o vencimento, e remuneram com base em um índice de infl ação mais juros. No último trimestre, a queda das taxas de juros valorizou títulos públicos que foram comprados anteriormente e que pagam taxas melhores à PREVI, definidas antes do movimento de queda.

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