Imóveis em alta
Rentabilidade em 2008 foi de 21,61%, a maior entre os ativos da PREVI, bem superior à meta atuarial de 12,60% ao ano
O ano de 2008 ficou marcado como
o ano da crise, em que bolsas de
valores de todo o mundo trouxeram
perdas aos investidores.
No entanto, em meio a essas águas turbulentas, um investimento navegou
em mares mais favoráveis e obteve
crescimento ao longo do ano passado. A
carteira imobiliária da PREVI - formada
por participações em shopping centers,
edifícios comerciais, hotéis e outras unidades
- atingiu, em dezembro de 2008, o
patamar de R$ 3,2 bilhões. A rentabilidade
acumulada no ano foi de 21,61%, a maior
dentre os investimentos da Entidade.
Esse percentual superou bastante a meta
atuarial acumulada de 12,60%, que é o
rendimento mínimo que se espera das
aplicações, conforme estabelecido pela
Política de Investimentos.
O momento é positivo não apenas para a
carteira da PREVI. O mercado imobiliário
brasileiro passou por expressivo crescimento
a partir de 2007 e ainda mantém
uma tendência de expansão.
Para o Diretor de Investimentos, Fábio
Moser, o resultado de 2008 na carteira de
imóveis se deve, principalmente, à excelente
performance dos shoppings e à demanda
pelo aluguel de espaços comerciais para
empresas em instalação ou ampliação.
A expansão dos shoppings
Dentre os destaques dos investimentos da PREVI
está a participação em catorze shopping centers,
num investimento total de cerca de R$ 1,06 bilhão,
valor que representa 33% da carteira de Imóveis
(números do balanço de dezembro 2008).
Esses empreendimentos foram beneficiados
pelo aumento do poder de compra das famílias e
alcançaram rentabilidade de 38% no ano passado.
Um dos atrativos adicionais desses investimentos é
que uma parcela dos aluguéis cobrados é variável,
vinculada às vendas. A crise econômica mundial
não afetou o consumo nos shoppings brasileiros,
que continuam apresentando bom volume de
vendas. Outro fator importante é que, sobretudo
nas cidades médias, a relação shopping / habitante
ainda é pequena e há margem para crescer.
No ano passado, a PREVI investiu na expansão
do Barra Shopping, no Rio de Janeiro, do MorumbiShopping,
em São Paulo, e do Park Shopping,
em Brasília. Revitalizados, esses shoppings atraem
mais público consumidor, têm incremento em
suas vendas e consequente aumento no retorno.
De acordo com Moser, “a PREVI está atenta a
novas oportunidades de investimentos em shoppings.
Estamos sempre estudando o mercado,
porque esse é um dos nossos focos na carteira
de imóveis, junto com os prédios comerciais. A
intenção não é concentrar os investimentos, mas
sim dar continuidade ao que temos feito com ótimos resultados”.
A legislação permite que os fundos de pensão
apliquem até 8% dos recursos garantidores em
imóveis. No Plano 1, a PREVI vem investindo cerca
de 3% dos recursos nesse segmento. Ou seja, há
boa margem para intensifi car os aportes.
No caso dos shoppings, a filosofi a de atuação
também tem sido importante para acompanhar
a rentabilidade: a PREVI se faz presente em todas
as assembleias de proprietários/condôminos, buscando
a adoção de boas práticas de gestão, transparência
e valorização dos empreendimentos. |
PREVI Futuro
passa a investir
em imóveis
O momento favorável pelo qual passa o segmento
de imóveis, especialmente se comparado às incertezas
maiores que pesam sobre o mercado de ações,
motivou uma importante alteração na Política de
Investimentos do plano PREVI Futuro aprovada para
2009: ela estabelece que poderão ser investidos em
imóveis até 5% dos recursos garantidores (leia mais
na matéria de capa).
A Diretora de Planejamento da PREVI, Cecília
Garcez, responsável pela área que elabora as políticas
de investimento, explica o porquê da novidade
para este ano:
“Em um cenário de queda das taxas de juros, como
o que estamos vivendo atualmente, o segmento imobiliário
se torna uma boa oportunidade de investimento,
proporcionando ao mesmo tempo uma entrada
previsível de receitas (aluguéis) e estabilidade para a
rentabilidade do plano, contrapondo-se aos ativos de
maior risco (renda variável). Essa maior diversifi cação
minimiza os efeitos da volatilidade da renda variável,
casando com uma boa rentabilidade, fundamental para
que os colegas do PREVI Futuro, quando se aposentarem,
tenham um benefício melhor.” |