Superávit garante
mais 10,21% para aposentados e pensionistas
REAJUSTE É RETROATIVO A JUNHO/2003 |
Graças ao superávit de 2003, a Diretoria da PREVI pôde
conceder novo reajuste para aposentados e pensionistas, complementando
o reajuste concedido em junho/2003. Essa medida revela a responsabilidade
e o caráter eminentemente técnico com que os dirigentes
da PREVI conduziram essa questão. Em maio, quando todas as
análises indicavam a ocorrência de novo déficit
caso fosse concedido o reajuste de 30,05%, não se tratava de
querer ou não dar o aumento; o que estava em jogo era o futuro
da PREVI. Por isso, de forma responsável e acauteladora, a
Diretoria decidiu conceder reajuste de 18%, valor que preservava o
poder de compra dos benefícios. No final do ano, visto que
as previsões negativas não se confirmaram e um superávit
de desenhava, a Diretoria da PREVI reabriu a discussão para
pagar o complemento do reajuste.
O fato é
que a Diretoria da PREVI, em nome da prudência, foi capaz de
tomar uma medida impopular, mas necessária para a preservação
do equilíbrio do Plano de Benefícios e optou por tratar
assunto de tamanha gravidade com seriedade e transparência.
Reunidos os argumentos técnicos e legais, chamou os participantes
e suas entidades representativas para uma discussão franca,
quando foi dito de forma clara que, em virtude da perspectiva de um
desempenho ruim da Bolsa de Valores, o repasse do IGP-DI poderia levar
a novo déficit, que necessariamente teria que ser solucionado
com o reajuste das contribuições ou redução
de benefícios das gerações futuras. Esse sacrifício
recairia principalmente sob os participantes da ativa, que estavam
há 8 anos sem reajuste salarial.
DECISÃO DE PAGAR DIFERENÇA FOI TOMADA EM DEZEMBRO
Durante todo o segundo semestre, a economia teve um comportamento
que contrariou todas as previsões feitas no início do
ano. O mercado acionário, particularmente, teve desempenho
bem acima do projetado. Nesse período, a Diretoria recebeu
pedidos de diversas entidades de funcionários para que reconsiderasse
a decisão e complementasse o reajuste concedido no começo
do ano. Diversas ações foram ajuizadas por associados
e entidades representativas, que decidiram buscar na Justiça
o que avaliavam ser um direito. Até o fechamento desta edição,
apenas em duas dessas ações as decisões liminares
favoráveis aos associados ainda se mantinham em vigor.
Apesar de considerar justa a reivindicação, o conjunto
da Diretoria, de forma coerente, manteve a decisão de só
voltar a discutir o assunto quando tivessem a segurança de
que a adoção dessa medida não prejudicaria a
PREVI. Os resultados apurados a partir de outubro já permitiram
projetar a ocorrência de resultado positivo, uma vez que a Bolsa
apresentava surpreendente desempenho. Mas somente em dezembro, houve
segurança, possibilitando que se fizesse uma discussão
mais objetiva com relação ao impacto do reajuste nas
contas da entidade. Na ocasião, inclusive, os diretores eleitos
apresentaram proposta de pagamento do complemento. Foram então
solicitados estudos às áreas técnicas para subsidiar
a decisão final da Diretoria. Esses estudos foram concluídos
e apresentados na reunião de 15 de janeiro, quando se decidiu
formalmente pelo pagamento.
BOLSA
EM ALTA E OUTRAS MEDIDAS GARANTEM SUPERÁVIT
Apesar do trabalho que tem feito para reduzir o peso da renda variável
em seu portfólio, já tendo inclusive encaminhado Plano
de Enquadramento à SPC, as ações ainda representam
cerca de 58% do patrimônio da PREVI. Isso faz com que o resultado
da Entidade seja fortemente impactado pelo desempenho da Bolsa.
Em maio, quando foram produzidos os estudos que subsidiaram a decisão
da Diretoria, o cenário utilizado trabalhava com a perspectiva
de desempenho mediano da economia. Com isso, não se esperavam
altas significativas da Bolsa como as que ocorreram no segundo semestre.
Entre janeiro e maio/2003, quando foram feitos os estudos, a Bolsa
tinha apresentado variação de 19,11%. No segundo semestre,
graças à condução das políticas
econômica e fiscal, a Bolsa subiu 71,42%, acumulando alta de
mais de 90% no ano.
Essa forte valorização, não prevista, trouxe
reflexos positivos para os investimentos. A recuperação
de empresas participadas, trabalho que a PREVI desenvolveu fortemente
este ano, também teve impacto positivo para o superávit.
DÉFICIT PODERIA CHEGAR A R$ 8,7 BILHÕES
O
desempenho da economia e particularmente da Bolsa no segundo semestre
surpreendeu aos principais agentes do mercado, como bancos e fundos
de pensão. Principalmente nas variáveis câmbio
e inflação, todas as projeções trabalhavam
com um cenário menos otimista; a expectativa era de subida
da inflação e de câmbio valorizado. A PREVI trabalhou
com um cenário de desempenho econômico mediano, situado
entre uma visão pessimista e as projeções mais
otimistas. Nesse contexto, os estudos dos técnicos indicavam
a ocorrência de déficit de R$ 8,7 bilhões, caso
fosse concedido reajuste integral pelo IGP-DI.
Esse déficit revestia-se de caraterísticas peculiares:
pela primeira vez, desde 2001, o déficit seria maior que os
valores alocados na conta Fundo Paridade; por ser a terceira ocorrência
consecutiva de déficit, forçosamente haveria aumento
de contribuição ou redução dos valores
dos benefícios a conceder.
MERCADO TAMBÉM FOI SURPREENDIDO PELO DESEMPENHO DA
ECONOMIA
Graças à conjugação de boa gestão
das políticas econômica e fiscal com aprovação
de importantes reformas no Congresso, o cenário pessimista
com que os agentes econômicos trabalhavam não se confirmou.
O fato de o desempenho da economia ter contrariado as previsões
do mercado foi destaque na imprensa no final de 2003.
O DESEMPENHO DA ECONOMIA CONTRARIOU A MAIORIA DAS PREVISÕES
PAGAMENTO DO REAJUSTE DOS BENEFÍCIOS
Desde que se decidiu pela concessão de novo reajuste,
a Diretoria da PREVI tinha todo interesse em regularizar o mais
rápido possível a situação junto
aos seus associados aposentados e pensionistas. Para que isso
acontecesse, no entanto, além das questões operacionais
normais, a PREVI precisava também contar com a colaboração
dos associados e entidades que ingressaram com ações
e obtiveram liminares acerca do assunto. Isso porque, de acordo
com a decisão judicial, a PREVI deveria, nesses casos,
efetivar em juízo o depósito das diferenças
atrasadas. Esse procedimento retardaria e encareceria o pagamento
aos aposentados e pensionistas.
Buscou-se entendimento com as entidades representativas que
ingressaram com ações judiciais contra a PREVI,
solicitando que desistissem das ações mediante
o fato de que a decisão de pagar o complemento do reajuste
vai satisfazer os interesses de aposentados e pensionistas,
evitando assim prolongamento da pendência e demais custas
judiciais. Nem todas as entidades atenderam essa solicitação,
o que obrigará a PREVI a fazer depósitos judiciais
ao invés de efetuar o crédito diretamente na conta
dos aposentados e pensionistas, conforme previsto na decisão
da Diretoria. |
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