Diretoria promove mudanças e carteira de ações tem valorização

Desde o começo do ano os dirigentes destacaram a necessidade de mudanças na gestão dos investimentos. A ênfase seria o trabalho de valorização da carteira. Por isso, além do acompanhamento do desempenho das empresas que respondem pela maior parte da carteira de ações, como Banco do Brasil, Vale do Rio Doce, Ambev, Petrobras, Embraer, dirigentes e técnicos da PREVI estiveram empenhados na busca de soluções para negócios que apresentavam histórico de desempenho ruim, e para a melhoria de outros que apresentavam, por questões conjunturais, resultados abaixo do seu real potencial, como era o caso, por exemplo, das empresas do setor elétrico. Esse trabalho já apresenta resultados concretos, que se refletem na valorização da carteira da PREVI.

REESTRUTURAÇÃO FINANCEIRA RECUPERA DESEMPENHO DE EMPRESAS
A Tupy é uma das maiores fundições da América LatinaA PREVI participou ativamente junto com o (Bndes) e outros sócios do processo de reestruturação financeira de empresas. Eram situações em que empresas apresentavam bom desempenho operacional, mas tinham seu resultado comprometido pelo pagamento de juros em virtude do alto endividamento. Esta era a situação, por exemplo, da Acesita e da Tupy.

Para sanear as finanças da Acesita os sócios decidiram vender sua participação na Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST), reduzindo com isso em R$ 487,3 milhões o endividamento. A negociação foi conduzida pela PREVI em conjunto com a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), o Grupo francês Arcelor e a Petros.

No caso da Tupy, PREVI e BNDES implementaram processo de adequação do endividamento, que consistiu no alongamento da dívida de R$ 500 milhões com 14 (?) bancos. Os sócios fizeram ainda aporte de R$ 138 milhões na empresa. Com isso, a perspetiva é de que a Tupy volte a apresentar resultados positivos.


MUDANÇAS INCLUÍRAM TROCAS DE PRESIDENTES DE EMPRESAS
Em algumas empresas que não apresentavam desempenho esperado, o processo de saneamento envolveu a mudança da diretoria. Foram os casos da Tupy, Paranapanema, Sauípe, Guaraniana e Brasil Ferrovias. Em todas se buscou, junto com os demais sócios, a profissionalização total da gestão. O processo de escolha dos novos gestores foi realizado de forma técnica, com auxílio de empresas especializadas no recrutamento de executivos.


NEGOCIAÇÕES COM SÓCIOS GARANTEM ACORDOS MELHORES
Brasil Ferrovias Terminal de carga Alto Taquari (MT) / Foto: Iatã CannabravaFoi necessário que a Diretoria da PREVI promovesse entendimento com sócios para que fossem realizadas importantes mudanças na gestão de algumas empresas, como Guaraniana (holding do setor elétrico) e Invepar (holding que controla as empresas Linha Amarela (RJ) e a Concessionária do Litoral Norte (BA). Por meio de novos acordos de acionistas, foram pactuadas novas regras, que priorizam a profissionalização total da gestão e a governança corporativa, fatores que contribuem decisivamente para o sucesso e valorização das empresas.

Foi o entendimento entre os sócios que viabilizou mudanças importantes na gestão do Terminal Portuário Ponta do Félix, localizado no Paraná. Agora, PREVI e os demais acionistas negociam uma forma de reduzir o endividamento da empresa.


SETOR ELÉTRICO PASSA POR MUDANÇAS
A ameaça de apagão e o conseqüente racionamento de energia trouxeram impactos para todas as empresas de energia elétrica. Mesmo empresas que atuam em mercados importantes como é o caso da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) acumularam alto endividamento, principalmente por conta dos investimentos que fizeram na construção de novas usinas hidrelétricas. Para reverter o quadro, os sócios – entre eles PREVI, Grupo Votorantim, Bradesco e Camargo Corrêa – realizaram importantes ajustes na empresa – incluindo a venda de ativos – e conseguiram o apoio do BNDES, que aportou capital e tornou-se sócio da CPFL. Com isso, houve significativa redução no endividamento da empresa. O cenário de retomada do crescimento do País sinaliza excelentes perspectivas.

Os sócios alteraram o Estatuto da CPFL para adequá-lo às exigências do Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), já tendo em vista um projeto maior de realização de uma oferta pública de ações no mercado nacional e também na Bolsa de Nova York (NYSE).


“A atuação harmônica das áreas relacionadas com os investimentos da PREVI para a solução de questões complexas - envolvendo reestruturações financeiras e societárias por exemplo - foi o fato merecedor de destaque no ano de 2003.
Além disso, a participação de entidades sindicais e de diversas associações de aposentados na discussão do Planejamento Estratégico 2004/2008 (vide pág. 14) marcou o início de um novo modelo de gestão na PREVI, mais transparente e comprometido com o associado”.

Renato Chaves
Diretor de Participações


VALE DO RIO DOCE
PARTICIPAÇÃO DA PREVI DOBRA O VALOR


Toda expectativa que se tinha com relação à Companhia Vale do Rio Doce vem se cumprindo. Desde a privatização em 97, a empresa simplesmente dobrou seu valor. Foi para beneficiar-se dessa valorização que a PREVI optou por não vender para a empresa japonesa Mitsui as ações que, por obrigação contratual, adquiriu do consórcio Sweet River, que saiu da Vale no começo do ano. A Vale é hoje a maior pagadora de dividendos para a PREVI. Em 2003, a empresa distribuiu cerca de R$ 1,664 bilhão em dividendos a seus acionistas. Couberam à PREVI R$ 246 milhões.


PROJETO DE TERCEIRIZAÇÃO VAI AUMENTAR LIQUIDEZ DA CARTEIRA
A PREVI segmenta suas mais de 100 participações em 6 carteiras. Uma delas reúne papéis, que por motivos diversos, têm baixa liquidez no mercado. Para melhorar a atratividade dessas ações, os técnicos desenvolveram projeto que prevê a terceirização dessa carteira. Será realizada a seleção de empresa de gestão de ativos que seja capaz de agregar valor a essas participações acionárias por meio do incentivo às práticas de governança corporativa. O objetivo é criar condições para que a PREVI possa, pouco a pouco, se desfazer desses papéis.


VENDA DE AÇÕES OBEDECE POLÍTICA DE INVESTIMENTOS
Em consonância com a Política de Investimentos que prevê a redução da carteira de ações, foi desenvolvido esforço de venda de participações acionárias. Esse trabalho foi realizado com muito critério de modo que as operações ocorressem no melhor momento, preservando a rentabilidade dos ativos. Isso exigiu, por parte dos técnicos, constante acompanhamento das condições de mercado e da situação de cada empresa. Graças a esse esforço, foram vendidos um total de R$ 506 milhões, cujas operações mais relevantes envolveram as seguintes empresas: Tigre Tubos e Conexões, Tele Centro Oeste Celular Participações, Solae do Brasil Holdings S.A e Companhia Suzano de Papel e Celulose.

Mesmo com essas vendas, o percentual do patrimônio comprometido com renda variável permaneceu praticamente inalterado. Isso em virtude da própria valorização da carteira de ações em decorrência do excepcional desempenho da Bolsa de Valores e do trabalho realizado pelos técnicos da PREVI.


PREVI AFASTA OPPORTUNITY DA GESTÃO DO FUNDO CVC

A destituição do Opportunity do Fundo CVC foi uma das medidas mais importantes tomadas pela PREVI em 2003. A disputa com o banco já ocorria há anos, quando a PREVI e outros fundos de pensão cotistas do CVC perceberam que o Opportunity estava agindo de acordo com seus próprios interesses e poderia colocar em risco o retorno dos investimentos. No início de outubro deste ano, quase que a totalidade dos cotistas, liderados pela PREVI, mais o BNDES, decidiu destituir o administrador do fundo. A estrutura montada pelo Opportunity prejudicava os cotistas desde o início porque o CVC possuía regras que traziam vantagens ao administrador em detrimento dos investidores. O Banco cobrou, por exemplo, taxas consideradas indevidas. Dos 14 cotistas do CVC, 11 votaram a favor da destituição do banco, sendo que um dos cotistas não participou da reunião e os outros dois são controlados pelo próprio Opportunity.



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