Por que a Carim mudou

Os antigos problemas

SUSPENSÃO DE NOVOS FINANCIAMENTOS
Os desequilíbrios que existem na Carim foram provocados por situações externas. As dificuldades na economia do País e a Legislação diminuíram os limites de operação da PREVI para investimentos imobiliários com seus associados. No início dos anos 90, o limite para concessão de financiamento era de 17% do patrimônio. Hoje, esse limite caiu para 10% e inclui também as operações de Empréstimo Simples. Essas reduções inviabilizam concessões de novos financiamentos.

CRESCIMENTO DO SALDO DEVEDOR
Esse problema deu-se em virtude do descolamento significativo entre taxas de reajuste de saldos devedores e prestações. A correção destas estava limitada à variação salarial dos mutuários. Os saldos devedores, por sua vez, continuaram a sofrer correções com base na TR-r ou IGP-DI.

PRESTAÇÕES ACIMA DE 30% DA RENDA BRUTA
Hoje, para 2.500 mutuários, as prestações comprometem mais de 30% de sua renda bruta. Se não for feito o Ajuste, quase a metade dos mutuários terão esse problema nas prestações recalculadas no financiamento.

RESÍDUO NO FINAL DO PRAZO DE FINANCIAMENTO
A prestação do financiamento compõe-se de duas parcelas: encargos e amortização do principal. No valor total da prestação, parte paga juros e parte abate o saldo devedor. No caso dos contratos da Carim, como os saldos devedores crescem mais do que as prestações, as projeções indicam resíduos altos no final do prazo original de financiamento.

PRESTAÇÕES ELEVADAS NO REFINANCIAMENTO
Como conseqüência dos altos resíduos, o recálculo projetado das prestações no início do prazo de refinanciamento (120 meses) aponta para valores que em muitos casos ultrapassariam o valor do salário ou subiriam até 300%. Mantida a situação atual, 42% dos mutuários teriam reajustes projetados de mais de 100% nas prestações.

RENTABILIDADE INFERIOR AO MÍNIMO EXIGIDO POR LEI
A rentabilidade mínima legalmente exigida nos investimentos da PREVI é medida pelo mesmo índice usado para corrigir os benefícios: IGP-DI + 6% a.a. A mudança dos indexadores atuariais ao longo da última década e o desequilíbrio dos contratos comprometeram a rentabilidade mínima exigida por lei para fazer frente aos compromissos com o pagamento dos benefícios.

FALTA DE FUNDO PARA CONTINGÊNCIAS
Se não fosse encontrada uma solução para os problemas da Carim, muitos mutuários poderiam deixar de pagar seus financiamentos e o Fundo de Liquidez não seria suficiente para fazer a cobertura. A PREVI precisaria utilizar recursos da reserva de aposentadoria, o que seria injusto para com os associados que não são mutuários e poderia afetar sensivelmente os recursos que garantem o pagamento dos benefícios.


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