PRI: TRÊS LETRAS E UM OBJETIVO
Previ concorre a uma cadeira no conselho da Iniciativa, que estimula melhores práticas de ASGI em nível global
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Mas a Previ quer mais. Desde 2019, a Entidade lidera um Grupo de Trabalho de Políticas de Integridade nos Negócios, no âmbito do PRI, dedicado a estimular o engajamento das empresas e dos investidores nas boas práticas de integridade. O objetivo é mitigar o risco de comportamentos antiéticos, capazes de gerar prejuízos financeiros, operacionais ou de reputação às empresas e à sociedade.
“Isso reforça a liderança da Previ no engajamento coletivo entre investidores institucionais na América Latina, e acreditamos ser possível exercer esse papel de forma positiva também em outros mercados emergentes”, avalia Rafael, que preside o grupo de trabalho composto por diversos investidores signatários da iniciativa.
O representante acredita que a Previ pode oferecer mais diversidade para o PRI. Por isso, a Entidade identifica a importância de ter um assento no conselho da organização. “Como uma organização de alcance global, o PRI poderia se beneficiar com maior participação de investidores de países emergentes no seu conselho”, defende Rafael, indicado para a disputa pela Previ.
Rafael destaca ainda a longa experiência da Previ como investidor institucional e seu papel de liderança no engajamento das empresas em relação aos princípios do PRI. “É essa bagagem que queremos levar para o conselho da organização, para desenvolver estratégias que ajudem o PRI a se manter efetivo em diferentes mercados e diferentes realidades”, afirma Rafael.
Conquistando ou não o assento no board do PRI, uma coisa é certa: os princípios de investimento responsável já fazem parte da Previ e vieram para ficar em todo o setor financeiro. “É um movimento irreversível”, observa Rafael. “Para exercer seu dever, os fundos de pensão, os gestores de investimento e os reguladores precisam estar atentos aos riscos socioambientais e de integridade, e usar sua influência e a força do capital para acelerar a transformação das empresas e criar um ambiente de negócios sustentável no longo prazo”.
O candidato
Rafael Castro tem mais de 30 anos de experiência no mercado financeiro, dos quais 24 na Previ, e tem especialização em Negócios Sustentáveis pela University of Cambridge, no Reino Unido. O envolvimento do executivo com o PRI existe desde a fundação da Iniciativa, em 2006, quando era o gestor responsável pelo Planejamento Estratégico e de Sustentabilidade da Previ.
Desde então Rafael atua diretamente na organização de encontros locais dos signatários do PRI, com o objetivo de buscar alinhamento das ações realizadas. Enquanto gestor responsável pelo Planejamento Estratégico e de Sustentabilidade da Previ, participou de reuniões do board junto com representantes da Previ para debater temas importantes para a agenda do Investimento Responsável. O executivo foi uma das pessoas à frente da criação e formalização da rede brasileira do PRI, que foi a primeira rede local da iniciativa. O modelo adotado serviu de base para a criação de outras redes ao redor do mundo.
Confira o currículo completo de Rafael em seu perfil do LinkedIn.
Mãos à obra
Com uma agenda extensa de ASGI, a Previ decidiu organizar as ações que façam, de fato, a diferença no mercado. Para isso, a Entidade editou o seu Plano Diretor de Sustentabilidade. Com um horizonte de 10 anos e revisões a cada triênio, o plano está focado nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e nas metas estabelecidas pelo Acordo de Paris para a redução do aquecimento global até 2030.
O Plano Diretor de Sustentabilidade é o resultado de um esforço colaborativo de todas as diretorias e gerências da Previ. Mas como garantir que ele não seja apenas um documento no papel, e tenha, de fato, consequências práticas? Para isso, foi criado um Comitê de Sustentabilidade na Previ, que reúne representantes de todas as áreas para debater a aplica1ção das ações previstas, acompanhar os resultados e apontar novos rumos.
Inicialmente, as reuniões deveriam ser trimestrais. Mas a agenda é tão extensa, e os encontros tão produtivos, que acabaram se tornando mais frequentes. E com resultados importantes: foi nas discussões do Comitê de Sustentabilidade que surgiram melhorias no rating de ASGI, para tornar mais clara a sua aplicação na avaliação dos investimentos. E foi lá que surgiu a ideia de aplicar o rating à própria Previ. Afinal, em casa do ferreiro, em tempos de sustentabilidade, o espeto também deve ser de ferro.
Desde os anos 1990, a Previ produz relatórios sobre o impacto social e ambiental de seus investimentos e promove as melhores práticas de governança. Mas, em 2006, o conceito de investimento responsável ainda era relativamente limitado na América Latina. Foi quando a instituição foi convidada pela ONU (Organização das Nações Unidas) a fazer parte de um grupo internacional, dedicado a usar a força dos grandes investidores institucionais para fazer a diferença e tornar o mercado financeiro um indutor de boas práticas nas empresas.
A ideia tinha eco na filosofia da Previ. Com isso, a Entidade, ao se tornar parte do grupo fundador da Iniciativa, tornou-se a primeira investidora institucional da América Latina a aderir ao PRI (Princípios de Investimento Responsável, na sigla em inglês), organização que hoje reúne mais de 3,4 mil signatários, que controlam uma carteira de investimentos total de mais de US$ 103 trilhões em todo o mundo.
O contato com outros investidores internacionais, com a mesma mentalidade voltada para o investimento responsável, só reforçou na Previ a convicção de que a Entidade já caminhava na direção certa. “O peso do nosso pioneirismo tem uma importância direta no resultado dos nossos investimentos”, afirma Rafael Castro, gerente de Conformidade e Controles Internos da Previ, e candidato da Entidade para ao conselho diretor do PRI.
Missão
Rafael lembra que o investimento responsável, em todos os seus aspectos – ambiental, social, de governança e também de integridade (ASGI) –, é um conceito alinhado à responsabilidade de uma Entidade como a Previ. Ou seja, ele melhora a rentabilidade do patrimônio e garante a sustentabilidade dos investimentos, para que a Previ possa cumprir sua missão de pagar benefícios a todos nós, associados, de maneira eficiente, segura e sustentável.
“Estar presente em um fórum como o PRI permite nos envolvermos em debates sobre mudanças de regras, normas e práticas de mercado em nível global”, acrescenta Rafael. “E, nesse movimento, temos tanto a ensinar quanto a aprender”.
Desde a adesão ao PRI, muita coisa mudou. “A ideia de que a sustentabilidade entra em conflito com o dever fiduciário do fundo de pensão foi superada, pois, sem sustentabilidade, o retorno no longo prazo não existe.”.
Evolução
Desse modo, o Programa de Integridade da Previ, assim como outros princípios de investimento responsável, foram incorporados formalmente às Políticas de Investimento da Entidade. Um I de Integridade também foi acrescentado à sigla ASG, de ambiental, social e de governança, para mostrar a ênfase dada ao tema dentro da Previ.
Os critérios de sustentabilidade passaram a fazer formalmente parte do processo de tomada de decisão de investimentos na Previ. “Antes, tínhamos um filtro negativo para algumas categorias de ativos. Não investimos há muito tempo em setores como armas e tabaco”, explica Rafael.
“Hoje, contamos com um rating de ASGI que classifica os ativos com base nos aspectos ambientais, sociais, de governança e de integridade, além de critérios objetivos a serem considerados na escolha de gestores terceirizados. Nossa Política de Governança de Investimentos dispõe sobre a necessária avaliação dos riscos ASGI nas diversas etapas do processo de investimentos”.
Todas essas mudanças levaram a Previ a revisar a Política de Sustentabilidade para mantê-la atualizada. Além disso, foram criados um Comitê de Sustentabilidade e um Plano Diretor, num processo colaborativo entre todas as diretorias da Entidade, com o objetivo de desenvolver ações efetivas que fizessem a agenda de sustentabilidade avançar.
Conheça Rafael Castro, candidato nas eleições do Conselho do PRI