Gestão Baseada em Risco
Com a criação, em 1997, da Gerência de Riscos, a PREVI reafirmou seu pioneirismo no segmento de previdência complementar. Por conta da sua exposição no mercado e de seu elevado volume de investimentos, a instituição desenvolveu metodologias de avaliação de riscos para mitigar qualquer tipo de descontinuidade que possa inviabilizar o comprometimento de sua missão: o pagamento dos benefícios. Uma das medidas adotadas pela entidade, que ganhou força em 2012, foi a implantação do projeto de Gestão Baseada em Risco (GBR), com estimativa de três anos de desenvolvimento.
A Gestão Baseada em Risco propõe identificar, mensurar e monitorar os principais riscos da PREVI e desenvolver ações para reduzi-los. Parte desse processo consiste em traçar quaisquer cenários que comprometam o pagamento dos benefícios, projetar e estimar o que pode acontecer com a PREVI em situações adversas e revisar os processos, a fim de identificar eventuais falhas de gestão.
A GBR está fundamentada no princípio de que a garantia da perpetuidade da instituição depende da sua capacidade de antever os eventos adversos e preparar-se para suas ocorrências. Com a GBR, a PREVI tem um mecanismo mais eficiente e transparente, adequado às práticas realizadas nos fundos de pensão estrangeiros, além de estar alinhado ao que se espera que o regulador – a Previc – vá cobrar das entidades de previdência.
Avaliação constante dos riscos
Para verificar a eficiência da gestão de riscos foram criados indicadores prospectivos para analisar futuras situações adversas. Um deles é o Índice de Solvência, que averigua a possibilidade de a PREVI ter alguma insolvência no longo prazo. Tal indicador é fundamental para a construção da Política de Investimentos, pois torna possível, por exemplo, avaliar qual a probabilidade de o passivo tornar-se maior que o ativo, em dado momento. Outro indicador prospectivo é o de projeção da Divergência Não Planejada (DNP), que analisa o descasamento entre a rentabilidade futura do plano e sua meta atuarial.
A gestão de riscos na PREVI tem como referência três pilares. O pilar Quantitativo trata da formulação de métricas e metodologias. É importante que todas as áreas entendam e avaliem da mesma maneira as diversas métricas de riscos existentes, com ferramentas precisas e adequadas ao processo. O pilar Processos é fundamental para a integração das áreas e para permitir a visão do todo – o chamado Risco Global da PREVI. E o pilar Comunicação diz respeito à transparência do processo e a como são reportados os riscos, seja entre as diversas áreas da PREVI, seja para patrocinadora, participantes, entidades e outros públicos.
Cultura de risco
A disseminação da cultura de risco é um dos principais objetivos da implantação da Gestão Baseada em Risco na PREVI. Em 2012, a Gerência de Risco promoveu diversas apresentações, a fim de demonstrar os principais conceitos de gestão de riscos e ressaltar a importância da análise criteriosa dos riscos aos quais a entidade está exposta, além de incentivar as pessoas a refletir sobre como elas encaram os riscos de suas atividades no dia a dia. Mais de 300 pessoas participaram (perto de 50% do quadro de colaboradores da PREVI).
Para 2013, a PREVI pretende continuar a incentivar as discussões sobre o tema em cada área por meio da criação de um curso de risco para a Grade Fundamental (cursos que os novos funcionários fazem para conhecer melhor a entidade).