|nº 147| Jan/Fev 10

Nesta Edição » Entrevista » 2009, ano de recuperação

Revista – Para o PREVI Futuro, o resultado foi semelhante?

Sérgio – Em 2009, ficou bem próximo do Plano 1, por volta de 27%. Seguindo o mesmo raciocínio, se no final de 2007 tínhamos 100, e em 2008 a rentabilidade do Plano foi de 2,6% negativa, chegamos ao final de 2008 com 97,4. Portanto, se começamos 2008 com 97,4 e tivemos rentabilidade de 27%, chegamos no final de 2009 com 123,6, o que dá uma rentabilidade combinada maior no somatório de 2008 e 2009.

Revista – O Plano PREVI Futuro vivenciou algumas novidades este ano, como o direito de o participante optar por diferentes perfis de investimento. Que importância isso tem?

Sérgio – Acreditamos que a maioria dos participantes tende a confiar nas escolhas que a gestão da PREVI faz sobre a melhor combinação de investimentos. Mas a arquitetura do PREVI Futuro, um Plano de contribuição definida, com contas individualizadas, permite esse tipo de variação e de escolhas entre os participantes. Temos nos esforçado para dar informações e embasamento para a decisão de cada um. E deixado claro que não existem certezas absolutas e todos nós lidamos com riscos e algum grau de imprevisibilidade sobre o futuro. Mas, ao mesmo tempo, somos otimistas e acreditamos na capacidade de discernimento dos nossos participantes, seja quando nos delega a composição das carteiras de investimento ou quando faz escolhas próprias.

Revista – O Plano 1 recuperou as perdas e voltou a acumular superávit?

Sérgio – Em 2008, o Plano teve perdas expressivas, embora tenha mantido seu superávit acumulado, fruto dos resultados de anos anteriores. Agora em 2009 voltou a ter resultado positivo no próprio ano, elevando o superávit acumulado, que vai superar R$ 40 bilhões, o que mais uma vez revela solidez e segurança, a coisa mais importante para um Plano de Benefícios.

Revista – O senhor fala em segurança e solidez, mas o grande debate se dá em torno da eventual utilização do superávit, não é mesmo?

Sérgio – Sei que existem muitas expectativas e essa discussão será feita da maneira mais transparente possível. Mas eu sempre falei e continuarei a dizer que a coisa mais importante para um fundo de pensão, especialmente para um plano de benefício definido, é a solidez e a segurança. Quando vejo o superávit do Plano 1, enxergo em primeiro lugar um grande colchão de segurança para garantir o pagamento de benefícios pelas próximas décadas. O Plano 1 paga cerca de R$ 6 bilhões em benefícios anualmente. É um número gigante, e a prioridade absoluta é garantir esse pagamento sem sobressaltos. Na minha opinião, todos deveríamos ficar muito conscientes dessa importância. Se pudermos ter ganhos adicionais, isso é ótimo, mas a base de tudo tem de ser a segurança.

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