Revista – Para o PREVI Futuro, o resultado foi
semelhante?
Sérgio – Em 2009, ficou bem próximo do
Plano 1, por volta de 27%.
Seguindo o mesmo raciocínio, se no final de
2007 tínhamos 100, e em 2008 a rentabilidade
do Plano foi de 2,6% negativa, chegamos ao final
de 2008 com 97,4. Portanto, se começamos 2008
com 97,4 e tivemos rentabilidade de 27%, chegamos
no final de 2009 com 123,6, o que dá uma
rentabilidade combinada maior no somatório
de 2008 e 2009.
Revista – O Plano PREVI Futuro vivenciou
algumas novidades este ano, como o direito de
o participante optar por diferentes perfis de
investimento. Que importância isso tem?
Sérgio – Acreditamos que a maioria dos participantes
tende a confiar nas escolhas que a gestão
da PREVI faz sobre a melhor combinação de investimentos.
Mas a arquitetura do PREVI Futuro,
um Plano de contribuição definida, com contas
individualizadas, permite esse tipo de variação
e de escolhas entre os participantes. Temos nos
esforçado para dar informações e embasamento
para a decisão de cada um. E deixado claro
que não existem certezas absolutas e todos nós
lidamos com riscos e algum grau de imprevisibilidade
sobre o futuro. Mas, ao mesmo tempo,
somos otimistas e acreditamos na capacidade
de discernimento dos nossos participantes, seja
quando nos delega a composição das carteiras de
investimento ou quando faz escolhas próprias.
Revista – O Plano 1 recuperou as perdas e
voltou a acumular superávit?
Sérgio – Em 2008, o Plano teve perdas expressivas,
embora tenha mantido seu superávit acumulado,
fruto dos resultados de anos anteriores.
Agora em 2009 voltou a ter resultado positivo no
próprio ano, elevando o superávit acumulado,
que vai superar R$ 40 bilhões, o que mais uma
vez revela solidez e segurança, a coisa mais importante
para um Plano de Benefícios.
Revista – O senhor fala em segurança e solidez,
mas o grande debate se dá em torno da eventual
utilização do superávit, não é mesmo?
Sérgio – Sei que existem muitas expectativas
e essa discussão será feita da maneira mais
transparente possível. Mas eu sempre falei e
continuarei a dizer que a coisa mais importante
para um fundo de pensão, especialmente para
um plano de benefício definido, é a solidez e a
segurança. Quando vejo o superávit do Plano 1,
enxergo em primeiro lugar um grande colchão
de segurança para garantir o pagamento de benefícios
pelas próximas décadas. O Plano 1 paga
cerca de R$ 6 bilhões em benefícios anualmente. É um número gigante, e a prioridade absoluta é garantir esse pagamento sem sobressaltos. Na
minha opinião, todos deveríamos ficar muito
conscientes dessa importância. Se pudermos ter
ganhos adicionais, isso é ótimo, mas a base de
tudo tem de ser a segurança.
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