Empréstimo Simples: Plano 1 tem novo teto e nova carência
Aumento do teto de contratação, extensão do prazo de pagamento e redução da carência para renovação são algumas das novidades. Revisão das condições para o previ futuro está em andamento
Aumento de teto para R$ 75 mil
Desde o dia 15 de setembro, os associados do
Plano 1 podem contratar Empréstimo Simples
(ES) em novas condições. Está em vigor o novo
teto de R$ 75 mil, o prazo máximo de pagamento
foi estendido para 72 prestações mensais e a
carência para renovação baixou de doze para
seis prestações pagas. Os associados que haviam
contratado empréstimo antes das alterações
podem solicitar nova concessão sem obedecer
qualquer carência, passando a ser observado o
novo prazo de seis meses somente a partir da
nova operação.
Continua em vigor o ES curto prazo, lançado
no final do ano passado, com prazo de pagamento
de doze meses, não renovável, e que pode ser
solicitado a qualquer momento, sem considerar
a carência do outro empréstimo. Assim, o associado,
observando a margem consignável, pode
acumular duas operações, desde que a soma das
duas atinja no máximo o teto de R$ 75 mil.
Em 31/8, 60.353 associados do Plano 1 acumulavam
67.038 operações, cujo saldo devedor
total era de R$ 1,66 bilhão. Nos primeiros quinze
dias de vigência das novas condições, 11.927
associados renovaram seus empréstimos, com
a concessão líquida de R$ 229,4 milhões.
Linhas de crédito
e principais mudanças
Linhas de crédito |
Mudanças |
ES Série 12 – 12 prestações anuais |
Elevação do teto de R$ 50 mil para
R$ 75 mil (50% de aumento) |
ES Série 10 – prestações de março
a dezembro |
Aumento do prazo de pagamento
de 60 para 72 meses |
ES Finimob – exclusiva para
liquidação de financiamentos
imobiliários |
Redução da carência de 12 para
6 prestações pagas |
ES Curto Prazo – prazo de 12
meses, não renovável |
Mantido o teto de R$ 5 mil |
ES tem as melhores
condições possíveis
A legislação de previdência complementar
estabelece que, nas operações com os próprios
participantes, as entidades de previdência devem
ser remuneradas no mínimo pelo seu índice
atuarial. Este índice é utilizado para calcular as
reservas matemáticas do plano de previdência e
para projetar a rentabilidade de longo prazo dos
investimentos, necessária para o equilíbrio do plano
de benefícios. O Plano 1 adota o índice atuarial
de 5,75% ao ano mais INPC. Estes também são os
encargos cobrados de quem contrata empréstimos simples e financiamento imobiliário na PREVI – o
mínimo permitido por lei.
Outros fundos de pensão adotam políticas diferentes,
e boa parte deles cobra de seus associados
encargos maiores que o mínimo atuarial, tornando
seus empréstimos um pouco mais onerosos que
os da PREVI. É o que se vê na tabela 1.
Na tabela 1, você pode comparar as
condições dos Empréstimos Simples da
PREVI com as de outras três entidades
de previdência de grande porte
Tabela 1 – Comparativo PREVI e Entidades |
Contratação no valor de R$ 70 mil para pagamento em 72 meses |
|
PREVI |
Entidade “A” |
Entidade “B” |
Entidade “C” |
Taxa de administração |
0,2% (1) |
0,35% a.a. |
0,60% (1) |
0,45% a.a. (2) |
Atualização |
INPC+5,75% a.a. |
IPCA+7,31% a.a. |
INPC+7,90% a.a. |
INPC+11,75% a.a. |
Fundo de Quitação por Morte |
1,00% a.a. |
1,38% a.a. |
1,00% a.a. |
– |
Fundo de Liquidez |
– |
0,25% a.a. |
– |
– |
Custo total do empréstimo |
6,96% + INPC |
9,32% + IPCA |
9,27% + INPC |
13,52% + INPC |
Prestação Inicial |
R$ 1.330,89 |
R$ 1.920,72 |
R$ 1.405,93 |
R$ 1.490,80 |
Diferença pró-PREVI |
– |
R$ 586,24 |
R$ 71,45 |
R$ 156,32 |
(1) Taxa cobrada sobre o valor de concessão. (2) Já incluída nos encargos totais
Outra exigência da legislação é que os custos
administrativos com as operações de empréstimos
e financiamentos devem ser cobertos pelos
próprios mutuários. Nos planos da PREVI, a taxa
de administração é de 0,2% sobre o valor bruto
de concessão, percentual também menor do que
o cobrado por outras entidades. O associado arca
ainda com 1% ao ano para quitar o saldo devedor
dos associados que falecem (o FQM) e arcava com
0,1% para cobrir eventuais inadimplências (o FL),
que teve a cobrança suspensa nas novas concessões.
Se compararmos os empréstimos da PREVI com
os de bancos, as condições são ainda mais discrepantes.
Enquanto no CDC Salário a taxa anual é
da ordem de 20%, nos empréstimos consignados
as taxas cobradas anualmente pelos bancos são da
ordem de 27,31%.
A PREVI só pode oferecer condições tão vantajosas
porque não visa ao lucro e empresta aos seus
associados os recursos que compõem as reservas
desses mesmos associados.
A PREVI é um dos raros fundos de pensão brasileiros
que concede financiamentos imobiliários
aos seus associados. Dos R$ 2,18 bilhões em operações
de financiamento disponibilizados pelos
360 fundos de pensão brasileiros em dezembro
de 2008, R$ 1,63 bilhão é do Plano 1.
Nos últimos anos, a entidade trabalhou no sentido
de melhorar as condições, reduzir os encargos
ao mínimo possível e oferecer mais recursos aos
seus associados. Somados
empréstimos e financiamentos,
a PREVI disponibiliza
em média R$ 20
mil para cada associado,
enquanto nos demais fundos
de pensão essa média é de R$ 2,7 mil.
Em dezembro de 2008,
a PREVI havia concedido
2,7% dos recursos garantidores
do Plano 1 para
seus associados, havendo
ainda margem para aumentar as operações de ES e
conceder novo financiamento imobiliário àqueles
que já quitaram o anterior.
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