|nº 144| Set 09

Nesta Edição » Empréstimo Simples: Plano 1 tem novo teto e nova carência

Quanto maior o prazo, maior o montante de juros pagos

O ES é a melhor linha de crédito disponível. No entanto, é sempre conveniente que o associado reflita sobre sua capacidade de endividamento, para não comprometer o equilíbrio de seu orçamento. Essa foi a preocupação ao estender as operações pelo prazo de 72 meses e não para um prazo maior.

Os valores são concedidos de acordo com a margem consignável, que é a capacidade de pagamento do tomador. As prestações não devem ultrapassar 30% da renda do aposentado, pensionista ou associado da ativa, para não comprometer sua capacidade de pagamento e seu orçamento mensal.

É sabido que a dilação do prazo reduz o valor da prestação, mas faz crescer o montante dos juros pagos. Isso acontece porque o capital emprestado é remunerado durante todo o tempo em que fica disponível para o participante. Com a redução do valor da prestação, o saldo devedor é amortizado mais lentamente e, desta forma, se paga um montante maior de juros, mesmo mantida a taxa de juros anual sem alterações. Dilatando o prazo de pagamento, o montante de juros pagos aumenta em ritmo mais acelerado que a redução da prestação, conforme demonstrado na simulação da tabela 2. Assim, um aumento muito grande no prazo pode comprometer o orçamento do associado.

Tabela 2 – Aumento dos juros versus redução da prestação
Valor ES: R$ 75 mil – Série 12
Prazo (meses) Prestação Juros
Valor inicial Redução Valor (R$) Aumento
60 1.629,12 13.311,21
72 1.425,96 12,47% 15.842,4 19,02%
84 1.282,54 21,27% 4 18.323,12 37,65%
96 1.176,45 27,79% 20.742,41 55,83%

PREVI Futuro: operações perto do limite da margem disponível

Estão em andamento estudos para rever as condições do Empréstimo Simples do Plano PREVI Futuro. Como se sabe, a legislação proíbe emprestar recursos de um plano de benefícios para os associados de outro plano. Assim, o PREVI Futuro tem disponível para emprestar a seus participantes somente 15% dos recursos garantidores do próprio Plano, que é o teto defi nido por lei. A política de investimentos do PREVI Futuro estabelece os subtetos de 14% para ES e 1% para financiamentos imobiliários.

O PREVI Futuro tem apenas dez anos de criação e um patrimônio bem menor que o Plano 1, pois ainda está em fase de acumulação de reservas. A margem de recursos disponível para operar com os participantes é bem menor. Por essa razão, tanto o teto de concessão (R$ 30 mil) quanto o prazo para pagamento (50 meses) são menores que os do Plano 1, para evitar a extrapolação do teto legal de 15%. Em outubro de 2008, o volume de ES neste plano chegou a ultrapassar a barreira de 14%, levando à interrupção das concessões.

O limite para Empréstimos e Financiamentos disponível para o Plano tem variado conforme são feitas novas concessões, amortizações, liquidações e aporte das contribuições mensais. Além disso, existe a influência do próprio contexto econômico, já que com o aumento da alocação dos investimentos em Renda Variável, o total dos recursos do Plano pode sofre variações maiores, em decorrência das oscilações do Mercado.

Dicas

  • Verifique se é uma boa saída trocar altas taxas de juros de outros empréstimos por taxas mais baixas do ES. Exemplo: casos de pagamento mínimo ou parcelado do saldo de cartão de crédito.
  • Some todas as dívidas para saber quanto será necessário para sanar suas pendências.
  • Tente compatibilizar o valor desejado com o menor prazo de pagamento e prestação que caiba no seu bolso, sem difi cultar o pagamento de outras despesas.
  • Para antecipar aquisição de bens de consumo, ou para pagar dívidas, o ideal é que a prestação do empréstimo não comprometa mais de 30% da renda familiar.

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