No dia 19 de maio, foi anunciada a operação
que promove a união entre as empresas Perdigão
e Sadia, criando a Brasil Foods (BRF).
O desfecho de uma das maiores negociações
dos últimos tempos entre empresas nacionais
confere à Brasil Foods um lugar entre as 10 maiores do
mundo e a liderança, em faturamento, no segmento de
alimentos industrializados no País.
A PREVI – que já detinha 14,16% do capital da Perdigão
e 8,6% da Sadia – será um dos maiores acionistas
da nova empresa, com 12,3% de participação no capital,
levando-se em conta a pulverização do capital da
empresa no Novo Mercado da Bovespa (somente ações
ordinárias – ON).
Quinta maior exportadora brasileira
A companhia já nasce como a maior processadora de
carne de frango do mundo e a quinta maior exportadora
de produtos brasileira, menor apenas que Petrobras, Vale,
Embraer e Bunge. Sadia e Perdigão atuavam, antes da
fusão, em mais de cem países. Em termos de faturamento
líquido anual, seus R$ 22 bilhões lhe asseguram a terceira
posição entre as maiores empresas privadas nacionais,
atrás da Vale e da Oi – que incorporou recentemente a
Brasil Telecom – ambas com signifi cativa participação
acionária da PREVI.
Bom negócio para a PREVI
A PREVI acredita na criação de uma empresa campeã
e com forte capacidade de crescimento, sobretudo no
mercado internacional. O nome, em inglês, foi adotado
pela necessidade de posicionamento em uma economia
global.
“A conclusão do negócio entre Sadia e Perdigão traz
benefícios para ambas, com ganho de escala na produção
e distribuição dos produtos, além de maior competitividade
tanto no mercado interno como no exterior,
onde as marcas já são fortes. Consequentemente, os
investimentos que realizamos nas duas empresas serão
valorizados também”, acredita Sérgio Rosa, presidente
da PREVI.
A criação da Brasil Foods é mais uma história de sucesso
em que a PREVI tem presença destacada. A trajetória da
Perdigão representou um excelente exemplo de governança,
superação e criação de valor. Fundada em 1934,
a Perdigão chegou a viver uma grande crise antes de ser
adquirida por um grupo de fundos de pensão, por volta de
1996. Sob o controle dos fundos, a empresa foi reformulada
e gerida por uma equipe liderada por Nildemar Secches,
ex-funcionário do BNDES. Desde então, a empresa
expandiu produtos e fábricas pelo Brasil e teve crescimento
contínuo, a uma taxa média de 13% ao ano nos últimos
10 anos. Em 2008, a Perdigão e a Sadia equiparavam-se
em termos de participação no mercado.
Outro aspecto relevante foi a adesão da Perdigão ao
Novo Mercado da Bovespa, em 2006, momento em que
a empresa incorporou os mais elevados padrões de governança
corporativa, fazendo-a diferenciar-se de seus
concorrentes. Em função disso, a empresa vinha sendo
melhor avaliada entre os investidores e, consequentemente,
isso se refl etia no valor de suas ações.
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