Você é um dos que não aguentam mais ouvir falar “na Crise”? Então, desculpe,
porque vamos começar por esse assunto. E vamos começar porque a
Crise ainda está aí, provocando recessão na maior parte do mundo e incertezas
maiores do que o normal para o futuro.
Como você já sabe, a Crise teve seus impactos na PREVI e afetou a rentabilidade
de 2008 tanto no Plano 1 quanto no Plano PREVI Futuro.
No caso do Plano 1, houve redução forte do superávit. Mas, apesar disso,
nenhum direito dos associados foi afetado: a suspensão das contribuições
continuou e a segurança do Plano ficou intacta.
No caso do Plano PREVI Futuro, houve queda da rentabilidade, mas, considerando perspectivas de longo prazo, esses efeitos devem ser compensados
no decorrer do tempo.
Em resumo, poderíamos dizer que a Crise, apesar da sua intensidade e
duração, não gerou impacto real e imediato para nossos associados. Talvez o
principal impacto tenha ocorrido no terreno das expectativas, especialmente
quanto à utilização do superávit do Plano 1. Mas, nesse caso, é bom lembrar
que tivemos também a edição da Resolução 26 (com novos parâmetros para
a discussão do superávit, praticamente eliminando a parcela disponível para
uso imediato), que foi objeto de contestação por meio de ações judiciais.
Olhando para a frente, as perspectivas continuam muito positivas para nós.
Não que a Crise já tenha se dissipado totalmente. Pelo contrário, achamos
que ainda ocorrerão idas e vindas em termos de indicadores econômicos.
Mas acreditamos que o pior, em termos de impactos nas nossas carteiras
de investimento, já tenha ficado para trás. E, se passamos pelo teste de um
cenário de estresse, que chegou a ser quase de pânico, acredito que podemos
ser razoavelmente otimistas em relação ao nosso futuro.
O Brasil, conforme havíamos previsto, vem mostrando força e bons fundamentos
para sair bem desta Crise. O volume de investimentos estrangeiros
que voltou para o País e a opinião dos investidores são favoráveis. E, mais
uma vez, a PREVI pode beneficiar-se da segurança e da retomada da economia
brasileira.
Como já dissemos também, não temos contato apenas com a evolução passiva
da economia em geral. Temos buscado e conseguido valorizar nosso portfólio
com ações estruturadas, como as que envolvem a Perdigão, a Invepar, a Oi e
outros ativos da nossa carteira, além da compra e venda de ações e imóveis.
Por outro lado, uma vez demonstrada nossa resistência à Crise, sei que muitos
associados gostariam de uma resposta objetiva para algumas perguntas,
como, por exemplo: quando vamos voltar a discutir o superávit? O problema é que nem sempre existem respostas simples e objetivas para temas complexos.
A retomada de discussões em torno do superávit depende, de um lado,
da dinâmica econômica; de outro, da dinâmica jurídica e política (depende
tanto das decisões no âmbito da Justiça quanto de eventual rediscussão ou
aceitação da própria Resolução 26). Coisas desse tipo não acontecem de uma
hora para outra. Por isso, vamos continuar trabalhando.
Um abraço, Sérgio Rosa |