PREVI é reconhecida por práticas de governança

Em matéria publicada em 1º de junho, o jornal Valor Econômico registrou que os acionistas depositam na PREVI a esperança de que o Fundo faça valer sua tradição de nortear boas práticas corporativas, já que será uma figura importante dentro da estrutura da BRF. Essa percepção do mercado é um reconhecimento informal à atuação da PREVI nas questões de governança nos últimos anos.

O Diretor de Administração da PREVI, Francisco Alexandre, é, há seis anos, membro do Conselho de Administração da Perdigão e permanecerá representando a PREVI no Conselho da Brasil Foods, nova razão social da companhia pós-união. Enquanto na Perdigão a PREVI atuava por meio de um acordo de voto fi rmado entre os principais acionistas, na Sadia essa participação se dava essencialmente em ações preferenciais na condição de acionista minoritário. Mesmo com essas diferenças, a PREVI trabalhou sempre com o intuito de contribuir para o crescimento e o sucesso das duas empresas.

O momento que antecedeu a fusão, contudo, não era favorável para a Sadia. De uma oferta em 2006, quando a empresa ainda apresentava resultados melhores que a concorrente e tentou comprá-la, a Sadia viu o cenário se inverter no auge da crise econômica em 2008: acumulou uma dívida de R$ 6,8 bilhões, conforme divulgado no balanço do primeiro trimestre deste ano, e, após tentativas de se capitalizar, avaliou a proposta de fusão com a Perdigão como uma excelente oportunidade. Com isso, as famílias controladoras da Sadia deverão ficar com fatia expressiva no capital social da nova empresa (no total, a Sadia terá 32%) e permanecerão na administração do grupo, enquanto à Perdigão deverá caber cerca de 68% das ações e a gestão da companhia recém-formada.

Questões complexas foram detalhadamente negociadas entre as partes e defi niram pontos relevantes na Brasil Foods. Além dos percentuais aos quais cada companhia teria direito na nova empresa, está a escolha da cidade de Itajaí (SC) como sede da BRF – alternativa a São Paulo (sede da Perdigão) e Concórdia (sede da Sadia, no interior de Santa Catarina). A operação também foi objeto de análise jurídica aprofundada visando abranger todos os pontos necessários à sua consecução. O acordo de associação, conforme divulgado em fato relevante, será submetido à apreciação das autoridades de defesa da concorrência. Por um período de transição, foi definido que o Conselho de Administração da companhia terá uma copresidência, compartilhada entre Nildemar Secches, presidente do atual Conselho da Perdigão, e Luiz Fernando Furlan, que detém o mesmo cargo no Conselho da Sadia.

Aumento de capital

Paralelamente aos eventos inerentes à operação, a Brasil Foods realizará oferta pública de ações (OPA) para captação de recursos no valor estimado em R$ 4 bilhões. A BRF irá esforçar-se para contemplar prioridade na alocação de ações para todos os acionistas da Perdigão/BRF e, caso a Incorporação de Ações da Sadia por BRF ainda não tenha sido concluída, também para todos os acionistas da Sadia (nesta última hipótese, até o limite da participação que teriam em BRF, se a Incorporação de Ações da Sadia pela BRF já tivesse ocorrido. A PREVI pretende manter-se relevante na companhia. Para Sérgio Rosa, o mais importante nesse momento é dar o suporte necessário para que a união seja bem-sucedida: “A fusão de empresas é uma tendência mundial, que reforça sua estrutura para competir em uma arena de negócios cada vez mais aguerrida. Estamos otimistas com o futuro da Brasil Foods”.

A união inicia um capítulo na história das empresas, com grande potencial. O Brasil é um país que oferece excelentes condições para a produção de alimentos, e o fortalecimento de duas empresas com marcas e processos de produção consolidados poderá alavancar a conquista de novos mercados.

Ao juntar-se à Sadia, a Perdigão incorpora marcas prestigiosas, linhas de produtos bem posicionadas e aumenta sua capacidade produtiva com plantas industriais modernas. O objetivo é ampliar fatias em mercados estratégicos com o intuito de contribuir para a geração de receitas e a consolidação como empresa mundial de alimentação.

A PREVI demonstra confiança nos caminhos da Brasil Foods e acredita estar contribuindo em mais este passo relevante para a economia do País.

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