|nº 139| Jan/Fev 09

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Investimentos no olho do furacão

Renda Variável
Ações foram as maiores vítimas da crise

De 8 a 80. Melhor dizer: de 80 a 8, refletindo melhor o que aconteceu no ano. A Bolsa de Valores de São Paulo bateu seu recorde histórico em meados de maio (atingindo 73.516 pontos), para depois cair e cair e cair até seu ponto mais baixo em outubro, com 29.435 pontos.
Entre dezembro de 2007 e dezembro de 2008, o Índice Bovespa desvalorizou 41,22%. Algumas empresas sofreram ainda mais, perdendo até 90% do seu valor. Mesmo as gigantes Petrobrás e Vale perderam.
Muitos analistas acreditam que o preço das ações já caiu demais e que hoje está refletindo um excesso de cautela e falta de liquidez dos investidores. Certeza ninguém tem, mas neste começo de ano parece ter havido certa estabilização.

Plano 1

A carteira de ações do Plano 1 teve rentabilidade negativa de 24,04% no ano, perda menor que a média do mercado, conforme reflete o índice Bovespa. Isso aconteceu porque a PREVI detém participações que são avaliadas pelo método do valor econômico e que já vinham sendo contabilizadas de forma conservadora nos balanços anteriores. Apesar disso, a Renda Variável ainda representa 57% de todos os ativos do Plano 1.

PREVI Futuro

A rentabilidade do PREVI Futuro em Renda Variável ficou mais próxima do desempenho do Ibovespa, com rentabilidade negativa de 41,68%. Boa parte da carteira era formada por papéis denominados PIBB, um mix das principais ações negociadas na Bolsa que, portanto, reflete muito diretamente a média do mercado. Como a participação em Renda Variável estava limitada a 30% pela Política de Investimento do plano, o impacto no conjunto foi menor.

Renda Fixa
Incertezas quanto aos juros futuros

Embora diferente da Renda Variável, o segmento de Renda Fixa também passou por momentos distintos durante o ano. Na primeira metade, o mundo e o Brasil ainda viviam o temor da alta da inflação, puxada por forte demanda de consumo e investimentos. Com base nisso, o Banco Central puxou a taxa Selic para cima e o mercado andou especulando sobre elevações ainda maiores.
Essa situação levou os títulos mais longos (NTN-Bs e NTN-Cs), que têm taxa de juros prefixada, a sofrerem desvalorização no mercado secundário, pois a avaliação foi que os juros de curto prazo iriam superar a taxa desses títulos. Como as regras contábeis determinam que os títulos de renda fixa sejam registrados pelo seu valor de mercado (mesmo que a PREVI não esteja negociando), em alguns meses do ano houve rentabilidade baixa ou negativa para esse segmento da carteira. A exceção foi para parte da carteira do Plano 1 que estava registrada na categoria “títulos até o vencimento”, que não precisam refletir os preços praticados no momento. Já no final do ano, com o temor da inflação sendo substituído pelo temor da recessão, as perspectivas sobre as taxas de juros começaram a se inverter, revalorizando os mesmos títulos prefixados.

Plano 1

Com 12,23%, a carteira de Renda Fixa teve rentabilidade ligeiramente abaixo da Taxa Média Selic (TMS), que ficou em 12,48%. A diferença reflete a estratégia da carteira de possuir títulos com prazo de vencimento longo, projetando juros considerados bons (ou seja, acima das projeções de juros futuros), mas que não conseguem acompanhar as altas de curto prazo, como ocorreu este ano.

PREVI Futuro

Com rentabilidade de 11,64%, o PREVI Futuro refletiu basicamente a mesma história do Plano 1, com a diferença de não ter tido em 2008 carteira registrada como “títulos até o vencimento”. Dessa forma, sofreu um pouco mais com o descolamento entre os juros de curto prazo e os dos papéis prefixados. Para 2009, uma parte dos títulos será marcada até o vencimento, e espera-se também a recuperação de valor dos demais títulos da carteira em função da diminuição dos juros de curto prazo.

Imóveis

A carteira de imóveis do Plano 1 teve ótimo desempenho em 2008, atingindo rentabilidade de 21,61%. O desempenho dos shoppings e edifícios comerciais respondeu muito bem ao aquecimento da economia, ao maior consumo e à expansão das empresas.

Operações com participantes

Nesse Segmento, o foco é oferecer as melhores condições aos associados. Dessa forma, a rentabilidade ficou dentro do parâmetro atuarial 12,60%, atingindo 12,97% no Plano 1 e 14,14% no PREVI Futuro. A diferença entre a rentabilidade dos dois planos decorre do fato de o Plano 1 apresentar em sua carteira de financiamento imobiliário contratos atrelados ao índice TR.

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