Quando fala das prioridades do Conselho Consultivo do Plano 1,
Antônio Gonçalves de Oliveira contextualiza as
discussões sobre uso do superávit diante da crise
mundial. Com relação ao papel do colegiado, o
atual coordenador ressalta a preocupação da
Diretoria em ouvir o Conselho, dele recolhendo subsídios
para análise e eventuais decisões.
Antônio está aposentado e preside o conselho
deliberativo da Anabb.
Revista
– Como atua o conselho?
Antônio
Gonçalves – O Conselho Consultivo do
Plano 1 se reúne a cada três meses,
ocasião em que toma contato com as mais variadas
informações e análises sobre o Plano.
Recebemos um conjunto de dados muito bem sistematizados pelas equipes
técnicas que mostram a situação do
Plano naquele trimestre. Além disso, tratamos de
vários outros assuntos ligados à PREVI propostos
pelos conselheiros. A presença atenta de diretores e de
técnicos, em todas as reuniões, demonstra que o
Conselho pode efetivamente colaborar na gestão, trazendo as
preocupações dos associados.
Revista
– Quais são as prioridades atuais? O Conselho tem
discutido a crise mundial e os impactos no Plano?
Gonçalves
– Nossa pauta, certamente, inclui a atual crise
mundial e seus impactos no Plano. Em tempos como este que estamos
vivendo, devemos lembrar o verso de Paulinho da Viola:
“faça como o velho marinheiro, que durante o
nevoeiro, leva o barco devagar.” Assim, nossa prioridade
absoluta é salvaguardar o barco, em respeito aos interesses
dos associados, mesmo que se perca algum anel. Por exemplo: houve um
truncamento nas negociações do
superávit, pois os conselheiros eleitos entenderam, e
evidenciaram essa visão em documento, que se deveria deixar
para mais adiante qualquer conversa sobre o assunto. Seria uma postura
quase surrealista insistirmos no tema da
distribuição de recursos em meio à
maior crise financeira mundial desde 1929. Por outro lado, temos como
prioridade buscar o pleno envolvimento dos conselheiros nos assuntos
referentes à crise e nos qualificarmos para que possamos
atuar como órgão consultivo. É um
Conselho novo, que só existe há dois anos, mas
que tem muito potencial para colaborar, de forma responsável
e consciente.
Revista
– Como as sugestões do Conselho são
levadas em consideração nas decisões
da Diretoria? As propostas contribuem para a melhoria do trabalho das
gerências? Há exemplos práticos?
Gonçalves
– Em nossa ainda curta experiência
– tomamos posse em junho passado – temos que
destacar a preocupação da Diretoria em ouvir o
Conselho, dele recolhendo subsídios para análise
e eventuais decisões. Nossa função
é consultiva, não envolve poder de
execução nem de
fiscalização. Com relação
ao trabalho das gerências da PREVI, ao seu corpo permanente,
devo ressaltar minha boa impressão quanto ao trabalho que
é feito em cada uma delas. Enfatizo que é
altamente estimulante esse contato entre os conselheiros e os quadros
técnicos e gerenciais, pois há uma
benéfica troca em que todos crescem e a PREVI ganha,
administrativamente. Quanto mais esse cenário se enriquecer,
novas propostas surgirão no mandato para o qual fomos
eleitos.
Revista
– De que maneira o participante pode acompanhar ou participar
dos trabalhos do Conselho?
Gonçalves
– Coloco à
disposição dos associados meu e-mail –
goncalves.antonio@ig.com.br – para que encaminhem propostas,
dúvidas e comentários. Elas serão
levadas para o coletivo dos conselheiros deliberativos ou para o setor
competente, na própria PREVI ou outras instâncias.
Se preferir, o associado também pode se dirigir à
PREVI – Gabin/Conselho Consultivo que os documentos
certamente nos chegarão às mãos. Somos
plenamente a favor de processos participativos e da
transparência.
Revista
– Como os conselheiros são capacitados para melhor
exercer suas funções?
Gonçalves
– Existe uma definição
estratégica que estimula o maior grau de
capacitação dos conselheiros. Tenho a testemunhar
que o patrocinador, o Banco do Brasil, designou para
representá-lo no Conselho Consultivo colegas com bom
currículo, experiência e vontade de colaborar. Com
isso, o grupamento está bem harmônico,
não se notando discrepâncias no padrão
de eleitos e indicados. Mas a capacitação
é uma preocupação permanente, com a
nossa presença em cursos e congressos da Abrapp, do IBGC, da
Apimec e de outras entidades. O ponto mais importante, contudo,
é a forte interação com o corpo
permanente da PREVI, com seus técnicos e gerentes, que
são altamente qualificados. Outro aspecto que merece
destaque é o fato de que os Conselhos Consultivos
– do Plano de Benefícios 1 e do Plano Futuro
– evidenciarão as características
diferentes desses dois planos. Talvez estejamos ensaiando formas de
melhor encaminhar a gestão dos planos da PREVI, que
são diferentes, com públicos diversos e que, por
isso, vão merecer acompanhamentos diferenciados. Essa
será a maior contribuição dos
Conselhos Consultivos quando estiverem a pleno vapor. |