Todos os participantes do Plano 1 votam, de 21 a 29 de novembro,
se aceitam ou não proposta de redução da Parcela PREVI, usando
recursos do Fundo Paridade |
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Neste mês de novembro, todos os participantes do Plano 1, da ativa e aposentados, pensionistas, participantes externos e contribuintes externos votam, entre os dias 21 e 29, se aceitam ou não a proposta para a redução da Parcela Previ de R$ 2.200,02 para R$ 1.468,21, usando para isso recursos do Fundo Paridade. A proposta surgiu depois de negociações entre PREVI, Banco, Comissão de Empresas e Sindicatos, que são autores das ações que bloquearam na Justiça os recursos do Fundo.
Pela proposta, serão beneficiados cerca de 70 mil associados, pessoas que se aposentaram desde dezembro de 1997, depois da criação da PP, e todos que ainda se aposentarão pelo Plano 1, já que a PP incide diretamente no cálculo da complementação da aposentadoria (veja mais detalhes nas páginas seguintes). Outro ponto importante é a correção do Benefício Mínimo que atualmente é de R$ 440,00 (20% sobre R$ 2.200,02) e passaria para R$ 587,28 (40% de R$ 1.468,21). |
O custo da alteração é de cerca de R$ 3,7 bilhões, valor necessário para aumentar as reservas matemáticas para pagamento de benefícios. Esses valores sairiam dos aproximadamente R$ 5,8 bilhões do Fundo Paridade. Como contrapartida, o BB usaria os R$ 2,1 bilhões que sobrarem para diminuir contribuições futuras ao plano, sem retirar os recursos da PREVI. A proposta só poderá ser implementada se houver aprovação dos associados na consulta e caso os Sindicatos de São Paulo e Brasília façam acordo para abrir mão de suas ações na Justiça para que os Fundo Paridade seja liberado e entre no caixa da Previ.
A correção dos benefícios depende de quanto a pessoa foi afetada pelo descasamento entre o valor da PP e o salário de contribuição. Como regra, o aumento é pequeno para quem se aposentou perto de dezembro de 1997 e até pouco mais de R$ 700 mensais para os que começaram a receber o benefício há pouco tempo ou vão ainda se aposentar, mas o valor varia caso a caso. |
Comissão de Empresa e Direção do Banco do Brasil: negociação resultou em nova proposta da Parcela PREVI |
É o caso de Márcia Macieira, funcionária do BB desde janeiro de 1976, quando tomou posse como escriturária na Ilha do Governador (RJ). Aposentou-se quando completou 29 anos de Banco e pouco mais de 31 anos de contribuição ao INSS. “Quando me aposentei, perdi cerca de R$ 900 e pouco do rendimento líquido da ativa. Atualmente essa perda está em quase R$ 600, porque no meu caso existe uma situação meio pontual – tenho prestação habitacional da Previ e, quando tive perda salarial, a prestação também foi reduzida entre 13% e 14%”, diz.
Márcia lembra que no ano passado ficou aguardando alguma mudança na PP, que poderia ter ocorrido na campanha salarial, quando a redução foi discutida. “Daí surgiu a greve, foi ajuizado dissídio no TST e a PP saiu da pauta”, diz. Márcia afirma que se surpreendeu quando veio a nova proposta de PP na campanha salarial deste ano. |
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“Deve ter milhares de pessoas para se aposentarem e que estão esperando por isso. Mas tenho uma preocupação: alguns colegas que estavam na minha situação saíram e levaram a reserva matemática, para controlar o próprio salário. E se houver uma debandada de gente tirando essa reserva, o plano vai agüentar?”, comenta Márcia.
Paulo Roberto Gomes, 53 anos, casado, quatro filhos, mora e trabalha em Ituiutaba (MG) e é um desses casos de quem já tem assegurado o direito, mas ainda não resolveu se aposentar. Trabalha desde 1976 no BB, começou como escriturário, depois foi caixa e chegou a gerente. Já tem 35 anos e 8 meses de contribuição ao INSS, 29 anos somente no Banco do Brasil. “Estou aguardando a resolução da Parcela Previ porque, se me aposento agora, vou ganhar menos”, afirma. “Espero que com a mudança proposta do valor da PP, na aposentadoria pelo menos iguale meu ganho atual”, conclui. |
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