Quanto vale a Vale
Em
1997, a PREVI participou do consórcio vencedor do leilão
de privatização da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD)
e com isso aumentou a participação acionária
que detinha na mineradora. Na ocasião, PREVI, Petros, Funcef
e Funcesp criaram uma Sociedade de Propósito Específico
– a Litel – com o objetivo de participar do leilão.
Anos depois, em 2001, a PREVI voltou a ampliar sua presença
na CVRD.
Esse
aumento foi provocado pelo descruzamento das participações
acionárias entre a Vale e a Companhia Siderúrgica Nacional
(CSN). Por intermédio dessa operação, PREVI e
Bradespar venderam a participação acionária na
CSN para o Grupo Vicunha e, em contrapartida, a CSN vendeu suas ações
da Vale para a PREVI e Bradespar. Com o descruzamento, a PREVI saiu
da CSN, empresa na qual tinha pouca influência, e passou a ser
o principal acionista da Vale.
A VALORIZAÇÃO DA EMPRESA
Desde sua privatização, a Vale tem passado por mudanças
que fizeram aumentar o seu valor. Foram feitas importantes aquisições
de empresas nacionais no setor de minério de ferro, o que contribuiu
para a consolidação da Companhia como a maior exportadora
mundial do setor. Além disso, a desvalorização
cambial contribuiu para o aumento da receita em reais já que
grande parte da receita da empresa está atrelada ao dólar.
Paralelamente, a Vale desfez-se de ativos que não estavam no
foco do negócio da empresa, como as participações
no setor de papel e celulose. Esses fatores explicam o crescimento
do lucro e da distribuição de dividendos da Vale.
DECISÃO DE REAVALIAR
Existem diferentes critérios para avaliar uma participação
acionária. O valor de mercado corresponde à cotação
do papel em bolsa de valores e o valor patrimonial se refere ao que
está registrado no Balanço. Já o valor econômico
é obtido em função da perspectiva de resultado
apresentada pela empresa.
Por não terem cotação em bolsa de valores, as
ações da Litel –sociedade pela qual a PREVI participa
da Vale – estavam contabilizadas pelo valor patrimonial ou custo
de aquisição, o que fosse menor. Esse critério,
adotado porque assim determinava a legislação, não
espelhava a valorização da Vale. Havia uma defasagem
entre o que estava contabilizado na PREVI e o valor atual do investimento.
Após o surgimento de novas normas de contabilização
de ativos e a realização de estudos técnicos,
a PREVI decidiu reavaliar os papéis sem cotação
em bolsa de valores pelo valor econômico. Na prática,
representa contabilizar o investimento pelo provável valor
de venda. Desta maneira, em outubro do ano passado, foi aprovada a
reavaliação econômica da participação
acionária da PREVI na Vale. Realizada por consultoria internacional
especializada, a reavaliação gerou aumento no patrimônio
da PREVI de cerca de R$ 5 bilhões: o valor da participação
na Vale passou de R$ 2,5 bilhões para R$ 7,5 bilhões,
em números redondos. A PREVI teve postura conservadora e decidiu
assumir o menor valor entre os sugeridos pela consultoria que realizou
o estudo.
Evolução
do lucro líquido e do valor de mercado |
(em
mil reais) |
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2002 |
2001 |
2000 |
Lucro
líquido |
2.043.000 |
3.051.000 |
2.133.000 |
Valor
de mercado |
39.249.660 |
20.776.253 |
15.592.875 |
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Valor Econômico mostra a capacidade de gerar caixa
Diferentemente do valor de mercado, que corresponde à
cotação do papel em bolsa de valores, o valor
econômico é obtido em função da perspectiva
de resultados futuros a serem gerados pela empresa. Em processos
de fusão e aquisição é comum usar-se
o valor econômico como parâmetro para determinar
o correto valor da empresa. Em linhas gerais, representa o valor
presente dos fluxos futuros de caixa, estimados por metodologia
própria de avaliação. |
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PREVI amplia participação no controle da Vale
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