"A gente quer dar tranquilidade aos associados"

A partir da esquerda, Renato Chaves, Luiz Carlos Aguiar, Sérgio Rosa e os presidentes, Cassio Casseb (BB), Rubens Rogrigues Filho (Conselho Deliberativo da PREVI) e Ubaldo Evangelista Neto(Conselho Fiscal da PREVI) / Foto: PR de BrunoAs mudanças no Banco do Brasil trouxeram mudanças para a PREVI. Sérgio Rosa é o novo presidente; Luiz Carlos Aguiar assume a Diretoria de Investimentos e Renato Chaves fica à frente da Diretoria de Participações. Os novos dirigentes foram indicados pelo Banco e tiveram os nomes aprovados pelo Conselho Deliberativo da PREVI.
A posse ocorreu no dia 24/2, no Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro. No fechamento desta edição, o Conselho Deliberativo aprovou, em 7/3, o nome de Francisco Ferreira Alexandre para a Diretoria de Administração. A indicação foi feita pelos conselheiros eleitos, representantes dos associados. Alexandre é coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB desde 1997.


Procurar o diálogo e proteger o patrimônio dos associados. Esse é o compromisso que Sérgio Rosa assume pelos próximos quatro anos. Durante a solenidade de posse, o novo Presidente destacou que a prioridade é fortalecer o diálogo com os participantes e com as entidades representativas do funcionalismo. O novo presidente adiantou para o Boletim PREVI o que pensa a respeito do Estatuto e de assuntos como o PAI-45 e a reabertura da Carim.

Quais são seus planos à frente da PREVI?
Pretendo detalhar todas as metas da gestão num planejamento elaborado em conjunto pela Diretoria da PREVI. Nosso objetivo é envolver os participantes nesse processo por intermédio das principais entidades representativas. O planejamento será norteado por duas premissas: o compromisso com a rentabilidade, com a solidez da PREVI, e o fortalecimento da transparência a partir do diálogo permanente com os associados. Essas são duas premissas importantes tanto nessa fase de planejamento quanto na prestação de contas constante e freqüente que faremos. A gente quer dar tranqüilidade aos associados. Queremos que as informações sejam de fácil acesso para que o associado possa acompanhar tudo que está acontecendo na PREVI
.

Como diretor eleito você sempre procurou debater com os participantes questões relevantes. Esse tipo de postura vai continuar?
Sim. Agora com mais facilidade. Temos todas as condições de fazer uma gestão transparente, com diálogo. A PREVI é dos participantes e do Banco do Brasil e temos plena consciência de que é preciso prestar contas para esses dois universos o tempo todo.

Uma vez que agora a maioria dos dirigentes, você inclusive, têm a mesma identificação partidária, como fica a defesa dos interesses dos participantes?
Sempre soubemos separar as opções partidárias do trabalho técnico, profissional. Essa postura vai continuar. O dado novo é que com uma relação mais aberta com o Governo vamos ter algo que faltava no passado: a capacidade de dialogar e interagir com outros órgãos governamentais, seja com a Secretaria de Previdência Complementar (SPC), com agentes de crédito como BNDES ou outros fundos de pensão.

Na sua avaliação, como vai ficar o Estatuto da PREVI? Ele vai permanecer como está ou você acredita que venha a ser alterado?
O Estatuto reflete o equilíbrio de poder e de forças entre as duas grandes partes constituintes da PREVI: a patrocinadora e os associados. Acho que os dois lados devem dialogar, fazer esse debate. Tem que buscar a solução mais adequada para equilibrar os poderes e a capacidade de acompanhar, fiscalizar e ajudar a gerir o patrimônio. O melhor caminho é a conversa. E a Diretoria e o Conselho Deliberativo da PREVI têm que funcionar como facilitadores desse processo. Mas as duas grandes partes interessadas são a direção do Banco, de um lado, e as representações legítimas dos associados, do outro. Na medida em que os dois lados encontrem uma forma correta de equilibrar as forças dentro da PREVI, nós vamos executar o que ficar ajustado entre eles e ficar bastante feliz com o consenso e o equilíbrio.

Há uma grande expectativa dos associados em relação a assuntos como PAI 45 e reabertura da CARIM. Esses temas estarão na pauta?
É extremamente importante que trabalhemos tendo em vista as expectativas dos associados, mas que trabalhemos também dentro daquilo que a PREVI possa realizar com consistência. A elaboração do planejamento com a participação dos associados vai ser o espaço ideal para traduzirmos as justas reivindicações dos associados em metas concretas. Nesse processo de planejamento, queremos mostrar o que é a PREVI hoje, quais são os limites de atuação e de atendimento das demandas em função da realidade econômico-financeira da Instituição . É do encontro dessas duas informações, o conjunto de expectativas dos participantes e a realidade da PREVI, que vamos definir as metas que iremos perseguir. Se não pudermos fazer tudo agora, temos que avaliar o que podemos traçar como meta para um futuro próximo. Com certeza, o conjunto de anseios dos associados vai ser discuto pela Diretoria da PREVI e traduzido num plano consistente de ação.


Conselho Deliberativo tem novos membros indicados pelo BB

Henrique Pizzolato, Rosa Maria Said e Aldo Luiz Mendes são os novos conselheiros deliberativos indicados pelo Banco do Brasil. Pizzolato é diretor de marketing do Banco e ex-diretor eleito da PREVI; Rosa Maria é diretora de gestão de pessoas e Aldo é diretor de finanças. Os novos conselheiros foram indicados em função da renúncia dos conselheiros indicados pela antiga direção do Banco.


Foto: P.R. de Bruno
O novo presidente, Sérgio Rosa, está na PREVI desde junho de 2000, quando assumiu a Diretoria de Participações após ter sido eleito pelos participantes. No período de 3/6 a 25/7/2002, esteve afastado devido à intervenção decretada na PREVI. De volta à Diretoria, foi nomeado diretor de administração por decisão do Conselho Deliberativo em agosto de 2002. Foi vereador na cidade de São Paulo nos anos 95/96 e presidente da Confederação Nacional dos Bancários (CNB/CUT) de 1994 a 1997 e de 1997 a 2000. Fez parte da equipe de transição do governo Lula. Formado em jornalismo pela Universidade de São Paulo, Sérgio Rosa tem 43 anos de idade e está no BB desde 1980.

Francisco Ferreira Alexandre, 40 anos, desde 1997, é coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, responsável pelas negociações dos funcionários. Também é secretário de Imprensa da Confederação Nacional dos Bancários, CNB, e diretor do Sindicado dos Empregados em Estabelecimentos Bancários, Seeb, de Alagoas. Foi vice-presidente da CUT Alagoas. Tem 24 anos de Banco. É formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Alagoas, em Direito pelo Centro de Ensino Superior de Maceió e pós-graduado em Economia e Gestão das Relações de Trabalho pela PUC-SP.

Foto: Guarim de Lorena
Luiz Aguiar toma posse na Diretoria de Investimentos com 39 anos de idade e 20 anos de BB. É economista com experiência no planejamento e execução de planos de negócios internacionais. Foi representante do BB no Conselho de Administração da Seguradora Brasileira de Crédito à Exportação – SBCE. Ocupou diversos cargos na área internacional do Banco, dentre os quais o de Diretor do Brazilian American Merchant Bank, subsidiária do BB no exterior, gerente de operação em Nova Iorque e o de gerente de Produtos e Serviços de Trade Finance em São Paulo. Tem mestrado em administração pela UFRS.

À frente da Diretoria de Participações, Renato Chaves tem 37 anos de idade e 19 anos de Banco. É graduado em Ciências Contábeis, com pós-graduação pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Mestre pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em Contabilidade, Renato possui pós-graduação em Finanças/Mercado de Capitais pela PUC-RJ. Desde 1997 trabalha na área de finanças do Banco do Brasil onde desenvolveu diversos trabalhos sobre gestão de participações acionárias. Foi gerente de divisão da BB-DTVM e gerente executivo na Diretoria de Mercado de Capitais e Investimentos, na área de Governança.
Foto: Guarim de Lorena


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