Perfis de
Investimento:
saldo na medida
Luiz Carlos Júnior tem oito anos de Banco. Aderiu ao PREVI Futuro no momento da posse, em setembro de 2002, aos 23 anos. Em fevereiro, mudou do Perfil PREVI para o Perfil Conservador. Ficou sabendo dos Perfis de Investimento por meio do encarte do Programa enviado pela PREVI para a casa dos participantes. Antes de fazer a opção, conversou com os amigos da agência Empresarial Sorocaba, onde trabalha há quase quatro anos, e tirou as dúvidas pelo site. Ele diz que quer ver como o mercado vai se comportar durante o ano para, então, decidir se trocará ou permanecerá no perfil escolhido. "Acho importante poder escolher qual vai ser a exposição em renda variável dos meus recursos. Sei que não posso escolher os papéis que compõem as carteiras de investimentos, mas também sei que a escolha desses papéis é feita com critério e isso me deu segurança para fazer uma opção", afirma Luiz, que costuma acompanhar a rentabilidade dos perfis e a cotação dos principais ativos no mercado.
Assim como Luiz Carlos, nos oito meses desde o lançamento do Programa, 2.415 participantes optaram por trocar de perfil. Do total de R$ 1,79 bilhão de recursos do Plano, até março deste ano, R$ 100,38 milhões foram migrados para outros perfis. Sem considerar aqueles que permaneceram no Perfil PREVI, o Perfil Agressivo foi o mais procurado (89,68%), seguido pelo Moderado (9,10%) e o Conservador (1,20%).
Aproximadamente 3.500 participantes enviaram, via Internet, o Termo de Autorização para Opção de Perfil de Investimento (pré-requisito), mas nem todos efetivaram a troca. A opção por perfis de investimento não é obrigatória e pode ser refeita periodicamente. Para isso, basta aguardar o período de um ano para nova escolha. Esse é o tempo mínimo de permanência em cada perfil. Aqueles que não enviaram o Termo, ou aqueles que enviaram, mas não optaram, permanecem no Perfil PREVI, exatamente como era antes.Esta tem sido a opção de 95% dos associados. Um diferencial em comparação a outros fundos de pensão é o oferecimento do Perfil PREVI como um tipo de "perfil padrão". Todos os participantes do PREVI Futuro podem alterar seu Perfil de Investimento, desde que não estejam recebendo benefício da PREVI. Participantes externos também não podem fazer opção por perfis.
O participante pode optar por um dos quatro perfis, mas quem decide sobre os ativos onde serão aplicados os recursos é a diretoria da PREVI, em conformidade com a política de investimentos definida anualmente pelo Conselho Deliberativo.
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Desempenho dos Perfis de Investimento
Considerado o período de agosto de 2009 (quando os Perfis foram lançados) a março deste ano, têm-se as seguintes rentabilidades: Perfil Agressivo com 12,13%, seguido pelo Perfil PREVI, com 10,29%, Moderado, com 9,86% e o Conservador, com 7,19%. No gráfico abaixo, é possível verificar a variação de cada Perfil mês a mês.
Rentabilidade Acumulada
A rentabilidade de cada perfil depende da proporção de alocação em cada segmento: composto e renda variável, e do desempenho de cada uma dessas carteiras. Até março deste ano, todos os Perfis tiveram desempenho positivo, com maior ou menor grau de oscilação, relacionado principalmente à exposição em renda variável. A rentabilidade de todos os perfis superou a meta atuarial, que é a rentabilidade mínima esperada para os investimentos – no caso do PREVI Futuro, INPC mais 5,5% de ganhos reais ao ano.
Como funciona
Quando se faz a opção por um Perfil de Investimento, a totalidade do saldo de conta de cada participante, ou seja, a soma das contribuições pessoais e patronais, é destinada ao perfil escolhido.
De forma simplificada, os Perfis de Investimento são formados por dois segmentos: segmento Composto – constituído pelos investimentos em renda fixa, operações com participantes e imóveis – e segmento Renda Variável. O que diferencia um perfil do outro é exatamente o percentual de alocação em cada segmento. Esses percentuais não são alterados, à exceção do Perfil PREVI, que pode ser redefinido anualmente pela Política de Investimentos do Plano, aprovada pelo Conselho Deliberativo. Para este ano, a Política de Investimentos alterou a faixa de aplicação em renda variável do Perfil PREVI de 25% a 35% para 30% a 40%. Os perfis têm hoje os seguintes percentuais de alocação:
Renda Variável: maior oscilação
Como sugere o próprio nome, o segmento se caracteriza por não possuir rendimento previsível, já que responde prontamente às oscilações do mercado. No entanto, tradicionalmente costuma trazer maiores retornos em virtude do maior risco inerente a esses investimentos.
Apesar de 2008 e 2009 terem sido anos atípicos da economia, a análise desses períodos ilustra como o comportamento da carteira de renda variável está sujeito à volatilidade do mercado, e como o desempenho do segmento influencia a rentabilidade do Plano.
Em 2008, devido à crise econômica de proporção mundial, o desempenho do Plano sofreu com a depreciação dos ativos na Bolsa de Valores, ainda que tenha ficado acima da média do mercado. A carteira de renda variável fechou aquele ano com rentabilidade negativa de -41,68%, enquanto o IBrX-50 – índice que mede o retorno total de uma carteira teórica composta por 50 ações selecionadas entre as mais negociadas na BM&FBovespa – acumulou perdas de -43,14%. O Plano fechou o ano com rentabilidade de -2,60%.
Já 2009, foi um ano de rápida e forte recuperação, com rentabilidade acumulada de 27,16%, bem acima da meta atuarial de 10,10%. Os ativos de renda variável proporcionaram uma rentabilidade de 77,47% no ano, superando os 72,41% do índice IBrX-50. Do crescimento de R$ 588 milhões do PREVI Futuro no ano, quase metade foi decorrente da valorização dos ativos, especialmente das ações.
Mesmo que sejam observados períodos curtos, como um dia ou um mês, percebe-se que essa oscilação acontece o tempo todo. Por isso, a escolha por um perfil sempre deve considerar o horizonte de longo prazo.
Os papéis da Petrobras (25,6%) representam a maior fatia da carteira de ações, seguidos pela Vale (21,8%). Em 2009, Petrobras ON e PN renderam 62,6% e 73,6% respectivamente, e Vale PNA rendeu 83,29%.
Dando continuidade à gestão ativa de carteira de investimento, estratégia que busca a maior rentabilidade e o menor risco, a Política de Investimentos do PREVI Futuro deste ano ampliou as opções de investimentos em ações de mercado pertencentes ao índice IBrX e a participação em IPO – Initial Public Offerings, sigla em inglês que corresponde à oferta de ações de empresas que ainda não possuam capital aberto – e em investimentos estruturados, como fundos imobiliários e de Private Equity – chamado de capital empreendedor devido aos investimentos em empresas emergentes com alto potencial de crescimento e valorização. Foram ampliados, também, os critérios de Responsabilidade Socioambiental (RSA) e de Governança na análise dos investimentos.
Segmento Composto: imóveis integrarão carteira
Mesmo com rentabilidade mais previsível, a carteira de renda fixa busca melhores rendimentos com a diversificação dos investimentos. Além dos títulos públicos e privados, fundos de investimentos, operações com instituições financeiras e derivativos em renda fixa, integram também esse segmento as Operações com Participantes (Empréstimos Simples e Financiamentos Imobiliários). Está prevista para este ano a aquisição de participações em imóveis, especialmente prédios comerciais de alto padrão e shopping centers, que têm garantido, no Plano 1, uma rentabilidade superior aos demais ativos de renda fixa – a meta é perseguir um retorno mínimo de INPC mais 9% a.a. no segmento imobiliário.
Considerando a experiência técnica adquirida pelo Plano 1, será dada preferência para imóveis novos ou empreendimentos nos quais a PREVI já tenha participação. A alocação máxima no setor aprovada para o PREVI Futuro é de 5% das reservas do Plano.
Em 2009, a rentabilidade do segmento de Renda Fixa do Plano foi de 13,85%, representando 139,48% da Taxa Média Selic (9,93%) e superando também a meta atuarial, de 10,10%. As operações com participantes renderam 10,37%, percentual muito próximo à meta atuarial, que é o mínimo exigido pela legislação.
Acompanhamento do saldo de conta
Cada participante pode acompanhar pelo extrato a rentabilidade do perfil escolhido e a sua incorporação no saldo de conta. O Extrato Pessoal de Contribuições, disponível no Autoatendimento do site, traz dados sobre as doze últimas contribuições para o Plano e o valor do saldo de conta. Também pode ser consultada a rentabilidade obtida por sua reserva durante o período que você permaneceu em cada Perfil de Investimento. No final do extrato, você encontra o desempenho dos quatro Perfis de Investimento.
Oferecer perfis de investimento é uma flexibilidade típica dos planos de Contribuição Definida (CD) e Contribuição Variável (CV), caso do PREVI Futuro, já que nesses planos, cada participante tem sua reserva individual de poupança durante a fase contributiva. Segundo dados da Secretaria de Previdência Complementar (SPC), os planos de Contribuição Definida ou Variável já são maioria no Brasil, tendo saltado de 84 em 1998, para 391 em 2009.
Neste modelo, o benefício do participante dependerá do saldo de conta individual acumulado até a data da aposentadoria, e, por isso, vai depender do valor das contribuições e da rentabilidade da aplicação dos recursos. Conforme demonstrado na Revista PREVI de maio de 2009, a rentabilidade dos recursos pode representar ao final do período contributivo cerca de 60% do total acumulado. Os Perfis de Investimento são uma forma de buscar a otimização da rentabilidade, de acordo com seu grau de aversão ao risco.
Planos de previdência mais flexíveis, que ofereçam possibilidade de personalização da exposição dos investimentos ao risco, são adequados aos tempos de hoje, entre outros motivos, devido ao universo heterogêneo e numeroso de participantes desses planos.
Se você tem dúvidas, acesse a página dos Perfis de Investimentos no site da PREVI. Lá você encontra textos já divulgados sobre o assunto, bem como o Regimento do Programa, que detalha as regras de funcionamento dos perfis. Se alguma dúvida persistir, entre em contato por meio do Fale Conosco do site. |
Uma escolha pessoal
Decidir por um Perfil de investimento pode não
ser uma decisão fácil, pois envolve conceitos que
já vêm taxados como 'complicados'. Diagnosticar
seu apetite pelo risco é talvez a principal variável
a ser considerada. Mas existem outras, como a
sua idade, tempo de contribuição e o tempo que
falta para aposentar, ou seja, o prazo em que suas
contribuições ficarão aplicadas.
Prazo
O PREVI Futuro é um plano jovem. Aberto em
1998, o Plano tem a maioria dos participantes, cerca
de 60%, com idade de até 34 anos. Ou seja, falta
ainda um tempo considerável de contribuição até
a aposentadoria, o que significa que a contribuição
ficará investida também por um tempo razoável.
No entanto, em um universo de mais de 52 mil
participantes, existem muitas realidades diferentes:
pessoas com mais ou menos tempo de Banco e/ ou
de Plano; com diferentes idades e perspectivas de
quando vão se aposentar.
A relação de prazo X risco costuma ser diretamente proporcional, se valendo da seguinte análise:
quanto maior o tempo que os recursos ficarão aplicados, mais risco se pode correr, pois, em caso de
eventuais perdas, haverá tempo para recuperação. É
como se os grandes picos de oscilação negativa pudessem ser neutralizados, ou até mesmo superados,
por picos positivos e vice-versa. Seguindo a mesma
linha de raciocínio, quanto mais perto da aposentadoria menos agressivas, ou mais conservadoras,
tendem a ser as escolhas de alocação dos recursos.
Como você lida com o risco?
Cada um tem uma forma de lidar com o risco, ou,
em outras palavras, com a possibilidade de perda.
O risco é intrínseco a todos os investimentos, em
maior ou menor grau. Por ser extremamente pessoal, essa é uma questão que deve ser muito bem
analisada e combinada com outras variáveis. Por
exemplo, um participante pode migrar para o Perfil
Agressivo e permanecer nele durante anos, pois lida
bem com a exposição ao risco. No entanto, em uma
fase mais próxima da aposentadoria, é possível que
se torne mais cauteloso e mude de perfil.
Diferentes Perfis para Diferentes
Expectativas
A oferta de Perfis de Investimento é estratégica
por se adequar às diferentes expectativas e particularidades de cada participante. A oferta de perfis
também tende a fazer com que o participante acompanhe mais de perto a gestão dos seus recursos,
incentivando dessa forma a transparência e as boas
práticas de governança corporativa. Além do mais,
o acompanhamento do mercado e da economia
torna-se fundamental e, aos poucos, a tendência é de
que esse assunto passe a ser cada vez mais familiar. |
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