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Seu voto define o futuro

Comício das Diretas, na Praça da Sé, em São Paulo, em 1984

Nas democracias representativas, como é o caso do Brasil, o voto é o principal meio de participação nos rumos de entidades como a PREVI, da cidade ou do país. É por meio da eleição de seus representantes na PREVI, em outras associações ou mesmo para cargos do poderes executivo e legislativo que o cidadão influi nas decisões que irão afetar diretamente seu coditiano atual e futuro.

Na PREVI, que possui uma gestão compartilhada, metade dos diretores e conselheiros é eleita. Essa representação, que foi conquistada pelos associados antes mesmo de se tornar lei, garante que suas vozes sejam ouvidas e respeitadas na hora de definir as ações da entidade. E também é importante na fiscalização de todos os atos da gestão e na publicação de relatórios e informativos. Tudo para aumentar a participação, que é indispensável.

"Alexis de Tocqueville já falava no século XVII sobre o caráter pedagógico da participação nas eleições", comenta a professora da UERJ e especialista em mídia e política Alessandra Aldé. "É participando de pleitos mais próximos, em entidades ou empresas, nos quais podemos acompanhar de perto a gestão dos dirigentes, que entendemos melhor as consequências de nossas escolhas e nosso papel em eleições maiores, como para prefeitos, deputados, governadores etc.". Ela destaca ainda a importância dos meios de comunicação nas democracias representativas.
Para Márcia Ribeiro Dias, professora da PUC do Rio Grande do Sul e especialista em comunicação política e imagem partidária, a qualidade de uma democracia pode ser medida pelos índices de participação política da população em associações, sindicatos e outras entidades civis. "Isso permite uma multiplicação de agentes para o que chamamos de 'conversação social' e potencializa as fontes para a interpretação do mundo ao nosso redor", diz. "Se uma pessoa se informa por um único meio, por exemplo, a televisão, ela fica 'refém' de um ponto de vista. Mas se trava conversações com outras pessoas com interesses convergentes ou não, e dentro de sua categoria profissional, agremiação esportiva, igreja, clube, etc., tem mais ferramentas para exercer um voto consciente".

Márcia acredita que este é um bom momento para aumentar ou aprofundar a atividade política. "Obviamente, nos períodos de eleições nacionais, o chamado 'tempo da política', as conversas sobre o assunto acabam impregnando nosso dia a dia, seja no trabalho, seja no lazer, seja na família ou mesmo na mídia. Contudo, é importante que as conversações sociais sobre política não se restrinjam ao calendário eleitoral, até mesmo para mantermos a fiscalização e o controle cidadão sobre os eleitos, de modo a verificar se eles fizeram jus a seus votos", comenta. Se o conselho vale para os pleitos governamentais, também é válido para as eleições dentro das associações.

Alessandra Aldé acrescenta outro elemento fundamental para o momento pelo qual passa o mundo hoje: a Internet. "Nas eleições gerais, a mídia (principalmente o rádio e a TV) e o horário eleitoral gratuito ainda são as principais fontes de informação dos eleitores, mas nos últimos anos a Internet tem crescido em importância por ter uma dinâmica diferente", analisa. "Sem os filtros das empresas de comunicação e as regulamentações da legislação, a Internet permite uma circulação mais livre de informações entre as pessoas e municia os interessados em política a um debate mais distribuído, qualificado e plural". Ela cita ainda que as empresas e entidades têm-se beneficiado desse novo meio para uma comunicação direta com seus públicos e até mesmo para, por vezes, contrapor informações divulgadas pela grande mídia, obrigando a imprensa a um diálogo e à tomada de posições mais claras.

A PREVI e seus associados sempre estiveram na vanguarda desse processo de participação política mais ampla. Primeiro fundo privado de previdência do País, fundado em 1904 como Caixa Montepio dos Funccionarios do Banco da Republica do Brazil, já em 1988, na esteira da redemocratização e junto com a regulamentação das primeiras eleições diretas para Presidente da República depois da ditadura, um grupo de associados decidiu quebrar a 'tradição' de chapa única e disputar no voto as eleições para três vagas com poder de veto na diretoria deliberativa da entidade.

Esse movimento foi fundamental para conquistas posteriores, como maior transparência na entidade e a reforma dos estatutos em 1997, quando passaram a ser eleitos diretores executivos e representantes nos Conselhos Deliberativo e Fiscal. A ação dos associados também foi decisiva nas discussões, inclusive no Congresso Nacional, para assegurar direitos dos trabalhadores na Reforma da Previdência, votada em 1998. Além das vitórias na formulação das leis, o processo acabou ainda estimulando o debate entre diferentes categorias e despertou muitos associados para a necessidade de uma organização mais forte para enfrentar os grandes temas que envolvem a Previdência Complementar no País.

Ano de eleições na PREVI

Participantes e assistidos escolhem seus representantes para os cargos de Administração e Fiscalização e nos Conselhos Consultivos de ambos os Planos.

  • Para mandatos de quatro anos, que vigorarão de 1/6/2010 a 1/6/2014, serão eleitos:
  • Conselho Deliberativo: 1 titular e 1 suplente
  • Conselho Fiscal: 1 titular e 1 suplente
  • Diretoria Executiva: Diretor de Administração e Diretor de Planejamento
  • Conselho Consultivo do Plano 1: 2 titulares e 2 suplentes
  • Conselho Consultivo do PREVI Futuro: 2 titulares e 2 suplentes

Votação
A votação será realizada em maio, no período de 17 a 27/5. Participantes em atividade no Banco do Brasil, na PREVI, Cassi e Fundação Banco do Brasil, em afastamentos regulamentares ou em quadro suplementar, votam pelo Sisbb. Assistidos e demais participantes votam pelo telefone 0800-729-0808. Para votar pelo 0800 é necessário utilizar a senha cadastrada na PREVI, a mesma senha de seis dígitos utilizada para acessar o Autoatendimento do site. Podem votar participantes e assistidos maiores de 18 anos, inscritos nos Planos de Benefícios da PREVI até o dia 31 de janeiro. O participante vota em uma chapa e não em candidatos, individualmente.