Riscos sim, surpresas não
Controlar riscos não quer dizer deixar de aproveitar oportunidades. no dia a dia, a Previ procura conciliar desempenho e segurança, sempre de acordo com o conjunto de leis e normas que envolvem as atividades
Imagine a seguinte situação: falta luz num
hospital, imediatamente o gerador começa
a funcionar e as operações prosseguem normalmente
no centro cirúrgico. A sala dos
médicos, no entanto, permanece sem luz.
Enquanto no centro cirúrgico a energia elétrica é imprescindível, na sala dos médicos pode ser
temporariamente dispensável. O exemplo vale para
instituições em geral, inclusive fundos de pensão.
Todas correm riscos. A questão é saber como podem
enfrentá-los e reduzi-los.
Conhecer os riscos das atividades pode determinar
o grau de desempenho de uma instituição.
Portanto, é preciso esforçar-se para antever o
número máximo de ocorrências – operacionais
ou financeiras – que podem vir a causar algum
tipo de prejuízo. Somente dessa forma, é possível
preparar-se para evitar situações indesejadas,
revertê-las ou abrandá-las.
Detalhe importante: controlar riscos não quer
dizer deixar de aproveitar oportunidades. Pelo
contrário. Podemos imaginar que os carros da
Fórmula 1 têm freios ótimos exatamente para
que possam correr mais, com maior segurança.
O desafio crescente no dia a dia da PREVI é exatamente
o de procurar conciliar esses dois fatores:
desempenho e segurança, sempre de acordo
com o conjunto de leis e normas que envolvem
as atividades.
Dá para controlar riscos sem perder oportunidades?
Até dentro de casa há riscos e certamente não pensamos
nisso o tempo
todo. Mas, com fundos
de pensão, a conversa é outra. A PREVI busca aproveitar oportunidades
que aliem segurança (das operações e dos procedimentos
internos) e resultado. Para isso, são
feitas análises constantes dos fatores envolvidos
em assuntos afeitos à Instituição, antes de ser
tomada qualquer decisão a respeito. Duas questões
norteiam essas análises: o cumprimento da legislação e a busca por um alto nível de desempenho
operacional.
Cumprimento à legislação
As atividades dos fundos de pensão são fortemente
regulamentadas. Para manter-se sempre
informada e capaz de cumprir as normas fixadas,
a PREVI conta com mecanismos internos que
acompanham as atualizações promovidas pelos órgãos normatizadores. Esse acompanhamento
permite que procedimentos e produtos estejam
permanentemente ajustados às normas vigentes.
Exemplo disso são as Políticas
de Investimentos dos
planos, elaboradas com base
em todas as disposições do
Conselho Monetário Nacional
(CMN) para aplicação dos
recursos dos participantes e
nas regras específicas do Conselho
de Gestão da Previdência
Complementar (CGPC). O
bom funcionamento de mecanismos
de acompanhamento
da legislação é fundamental,
visto que eventual não cumprimento de uma norma
pode acarretar perdas a partir de aplicação de
multas. E esse é um risco que não se quer correr.
Devido à influência da legislação nos processos
de trabalho, um dos objetivos estratégicos que a
PREVI adotou para 2010 é o de procurar assumir
papel mais ativo, que vai além do acompanhamento
das mudanças regulamentares. A Instituição vai
procurar participar mais da fase de elaboração
das normas, de forma a antecipar oportunidades
e contribuir, com sua experiência, para o aperfeiçoamento
do sistema previdenciário.
Alto desempenho operacional
A PREVI procura não se limitar ao cumprimento
da lei. A adoção de modelos próprios de
gestão de riscos e controles é um exemplo. Antes
mesmo da divulgação das normas que atualmente
regulam o tema, a PREVI já havia criado sua área
de controles internos.
Naquela oportunidade, a partir de discussões que
se consolidaram, ficou evidente que o principal risco
que envolve a PREVI está vinculado a sua própria
missão de assegurar o pagamento de benefícios. Nos
processos de trabalho do dia a dia, que envolvem
diferentes áreas, os riscos são diversos e precisam
ser identificados, avaliados, tratados e monitorados
de forma a garantir o cumprimento da missão da
Instituição. Um dos projetos prioritários para
2010 é integralmente voltado para a gestão de alto
desempenho, na qual metodologias e ferramentas
de identificação e avaliação de riscos e controles
têm papel fundamental.
Trocando em miúdos: não
dá para evitar uma eventual
queda da Bolsa, mas é possível
se preparar para esse risco mediante
a previsão de atitudes
que poderão ser adotadas na
prática. Isso só é possível (e
foi possível em 2008) graçasà existência de um conjunto de
controles, parâmetros e diretrizes,
elaborados previamente,
fruto da identificação dos
riscos envolvidos. Todo esse
mecanismo resulta na indicação de ações
específicas a serem executadas, da mesma forma
como ocorre no hospital, quando se alinham os
seguintes fatores: “riscos possíveis” (falta de luz), “solução” (gerador) e “aplicação” (onde instalar). |