Riscos x Controles
A queda da Bolsa é um exemplo. Mas o mercado
apresenta outras fontes externas de risco. Um banco
emissor pode vir a não honrar um CDB (certificado
de depósito bancário); uma empresa pode ter dificuldades
para arcar com
o pagamento de
debêntures; um
locatário pode
atrasar o pagamento
do aluguel.
Para cada qual,
a PREVI vem
aprimorando
processos de análise
que permitem
identificar
se estão ou não
dentro de limites aceitáveis de risco, ponderados
a possibilidade da ocorrência desses imprevistos
e o impacto que eles acarretariam. No que se
refere a esses impactos, são adotados modelos
matemáticos que determinam o valor máximo
de exposição a risco que a Instituição admite para
seus investimentos.
A PREVI lida também com o risco de liquidez.
Grosso modo, é o risco de vender algo a preço
baixo diante da urgência de “fazer dinheiro” para
cumprir suas obrigações. O “Caixa Mínimo”,
instrumento adotado pela PREVI, é um controle
eficaz contra essa situação, na medida em que
verifica constantemente se o fluxo de vencimento
dos títulos de renda fixa está casado com o fluxo
de pagamento de benefícios para os próximos
seis meses. Os títulos de renda fixa têm que ser
suficientes para que haja dinheiro em caixa na
hora dos desembolsos de curto prazo.
Ao comprar títulos que vencemdaqui a 20, 30
anos, também são feitos controles minuciosos.
O objetivo é verifi car se a PREVI pode ou não
esperar tanto tempo para resgatá-los. Como base
em exames meticulosos, são definidos limites para
aquisição de títulos de longo prazo sem comprometer
o caixa da Instituição.
Estudos também são desenvolvidos para definir
critérios de venda. Um dos aspectos ponderados é não vender títulos de renda fixa a ponto de
concentrar signifi cativamente recursos em renda
variável. Paralelamente, a venda de ações cotadas
em Bolsa deve respeitar diretrizes estabelecidas, de
maneira a evitar riscos de concentração.
Na elaboração das Políticas de Investimentos dos
planos, são efetuados estudos exaustivos que visam
a reduzir a exposição da PREVI aos riscos já mencionados
e também a outros que afetam o passivo
atuarial. Planos de incentivo à aposentadoria, que
podem aumentar subitamente as despesas, e variação
da taxa de juros, que pode reduzir a rentabilidade
dos investimentos, são exemplos de risco para o
passivo atuarial. Busca-se, dessa forma, aumentar a
probabilidade de a Entidade satisfazer todas as suas
obrigações com o máximo de segurança.
Fiscalização – Supervisão
baseada em Riscos
A construção do plano anual de fiscalização da
SPC para 2010 fundamenta-se no conceito da
Supervisão Baseada em Riscos, a partir da definição
de fatores de riscos (rentabilidade, riscos de
mercado nas aplicações e eficiência administrativa,
entre outros) e de mitigação (por exemplo, estrutura
de gestão de riscos). A defi nição desse modelo,
pela SPC, cria a oportunidade de a PREVI passar a
avaliar seus mecanismos internos de controle com
base nos mesmos critérios do órgão fiscalizador.
Essa análise, produzida fator a fator e a partir de
definição de metas, indicará aquelas situações em
que a PREVI já atingiu nível adequado e aquelas
que eventualmente precisarão ser aprimoradas.
O que se pretende, naturalmente, é elevar o grau
de confiabilidade da gestão operacional. Nesse
sentido, destaca-se também o cuidado com a elaboração
das demonstrações financeiras da PREVI,
todas submetidas a auditores independentes. As
contas também são analisadas pelo Conselho Fiscal,
cujo trabalho extrapola a área contábil e chega à análise periódica dos princípios, regras e práticas
de governança, assim como da gestão de riscos e
de controles adotados nos negócios realizados.
O trabalho diário dos auditores da PREVI é igualmente importante: eles avaliam se as práticas
adotadas em investimentos realizados atendem às
políticas e diretrizes da Instituição. Resumindo:
há riscos para todo lado, na medida em que eles
fazem parte do negócio. O importante é tê-los
sob controle, de forma que se possa atingir um
alto nível de desempenho operacional. E issoé exatamente o que a PREVI vem fazendo. |