Novos tempos na previdência
Aumento da longevidade e diminuição da natalidade impactam a previdência e a relação dos participantes com os fundos de pensão
O crescimento da população de idosos e
a diminuição do número de jovens trazem
mudanças decisivas para o sistema
previdenciário. Os dados demográficos
impactam diretamente as contas da
previdência pública e privada e influenciam a
própria relação dos participantes dos planos de
contribuição definida com os fundos de pensão.
O IBGE divulgou em agosto os Indicadores Demográficos
e de Saúde que abrangem estatísticas
de fecundidade, natalidade e mortalidade de 1960
a 2005, dentre outras informações. Esses dados são
importantes para a definição de prioridades na área de políticas públicas, inclusive com relação
à previdência.
O estudo aponta que a esperança de vida ao
nascer dos brasileiros vem aumentando paulatinamente.
Em 2000, a expectativa era de 70,4 anos.
Em 2005, já havia subido para 72,1 anos.
Com relação às mulheres verifica-se que aumentou
o nível da instrução delas e diminuiu o
número de filhos. Até 1960, o número médio de
filhos nascidos vivos era pouco maior que seis
filhos por mulher. Em 2006, a mesma estimativa
era de 1,99 filho. Esse declínio vertiginoso no Brasil
contrasta com a realidade de países desenvolvidos,
que demoraram mais de um século para atingir
patamares similares.
Na previdência pública, que funciona sob o
regime de repartição simples, com uma menor
natalidade e uma longevidade maior, o que
acontece é que aqueles que se aposentam vivem
por mais tempo recebendo os benefícios a que
têm direito. E, na outra ponta, é menor o número
de pessoas que começa a contribuir para
a previdência.
O livro “Envelhecimento e Dependência: Desafios
para a Organização da Proteção Social”, de
autoria das pesquisadoras do Ipea Analía Soria
Batista, Luciana de Barros Jaccoud, Luseni Aquino
e Patrícia Dario El-Moore, aponta que, em 2040,
55 milhões de brasileiros terão mais de 60 anos.
Isso equivalerá a 27% da população. Em 2050, o
percentual deve subir para 30%. Nesse mesmo
ano, estima-se que os idosos acima de 80 anos
representem 6% dos brasileiros. Para ter uma
ideia desse crescimento, no início desta década
os octogenários eram cerca de 1% da população.
De maneira resumida, teremos menos pessoas
na ativa contribuindo para a previdência social
e, que terá que pagar benefícios por mais tempo
a uma população que vive mais.
Em suas premissas atuariais, a PREVI utiliza a
tábua AT-83. Quando aplicada à população da
PREVI, a tábua tem como expectativa de vida dos
participantes as seguintes idades:
|
Homens |
Mulheres |
Plano 1 |
82,75 anos |
85,66 anos |
PREVI Futuro |
79,99 anos |
84,83 anos |
A diferença de expectativa de vida entre os participantes
de cada plano ocorre porque os participantes
do PREVI Futuro, por serem mais jovens,
estarão, teoricamente, expostos a riscos por mais
tempo. Com o passar do tempo, a expectativa de
vida desses participantes tende a aumentar.
De maio de 2006 para cá, a idade média com que
os participantes do Plano 1 da PREVI requereram
aposentadoria foi de 50,77 anos para as mulheres
e de 52,07 anos para os homens. Grosso modo,
podemos supor que uma mulher receberá o benefício
de aposentadoria por 35 anos e um homem
o receberá por 30 anos, em média.
Aposentar-se em boas condições de saúde e
com uma renda que permita a manutenção da
qualidade de vida é o objetivo – ou até mesmo o
sonho – de milhões de trabalhadores. A atuação
das entidades de previdência complementar,
como a PREVI, contribui para a realização dessa
meta. A intenção é sempre que o trabalhador se
aposente com uma renda próxima à que recebia
na ativa, quando somados o benefício do INSS e
o complemento da PREVI.
Não basta ser participante. Tem que participar.
A referência ao célebre anúncio que tinha como
slogan “Não basta ser pai, tem que participar”
ilustra a importância da mudança de cultura nas
relações entre associados e planos de previdência.
Nos planos de benefício definido, como o Plano
1, os últimos 36 meses na ativa são os mais importantes
para a definição do valor do benefício
a ser recebido na aposentadoria.
Já nos planos de contribuição defi nida, como o
PREVI Futuro, essa importância se dilui ao longo
de todo o período na ativa. Nesses casos, o que
mais influencia o benefício a que o participante
terá direito quando se aposentar é o saldo de sua
conta. Para que esse saldo seja sufi ciente para
garantir uma renda satisfatória na aposentadoria,
são fundamentais o valor das contribuições, a
regularidade dessas contribuições feitas ao longo
da fase laboral e a rentabilidade acumulada sobre
esses valores.
Os planos de previdência hoje são mais flexíveis,
como é o caso do PREVI Futuro, no qual o participante
pode fazer contribuições adicionais e pode,
se desejar, escolher o percentual do seu saldo de
conta que será aplicado em Renda Variável.
Com essas opções, o Plano fica mais ajustado às
expectativas e necessidades de cada participante.
Por sua vez, o participante deve ser mais atuante,
ciente das possibilidades de como pode fazer crescer
o seu patrimônio, e exigente na gestão que a
Instituição faz de seus recursos. Afinal, o que está
em jogo é a sua qualidade de vida no futuro. |